Adorar
Ato com que se atesta a excelência de alguém e diante de quem se prostra em piedosa submissão.
Em sentido mais estrito, significa o gesto com que se reconhece Deus como princípio e fim, e Senhor soberano de todas as coisas.
Ágape
O termo vem do grego: agápe, que significa amor. Com o sentido de banquete, foi usado pelo cristãos, nos quatro primeiros séculos, comemorando a ceia de Cristo.
Atualmente, a palavra ágape é empregada para significar a santa comunhão, o banquete eucarístico.
Alamar
Termo empregado para designar a presilha que mantém atada a capa de asperges.
Também significa o torçal que une a estola sacerdotal sobre o peito do que dela faz uso.
Álapa
Uma leve tapa na face do confirmando, por ocasião da administração da crisma. Historiadores eclesiásticos dizem que, a princípio, o Bispo dava um beijo no rosto do crismando. Posteriormente, o ósculo foi substituído por uma suave bofetada para significar a intrepidez da fé.
Aleluia
Aclamação litúrgica, tirada do hebreu, que significa “louvai o Senhor”. É frequente nos salmos. Na liturgia, é empregada como expressão de alegria e louvor. Não é usada na Quaresma, mas é muito frequente no Tempo Pascal.
Alfa e ômega
Primeira e última letra do alfabeto grego, respectivamente. São usadas na Bíblia para designar Jesus Cristo como o começo e o fim de tudo.
Na liturgia da Vigília Pascal emprega-se esta imagem na bênção do círio pascal.
Altar
Ara ou pedra destinada aos sacrifícios. Para os cristãos é, além disso, mesa para o banquete comunitário. O altar fica no presbitério e deve ser o centro da atenção. O altar representa o Cristo. É por essa razão que lhe é prestada honra (beijo, incenso…) e que não se pode colocar sobre ele um objeto qualquer.
Alva
Em latim, significa “branca”. É uma vestimenta litúrgica, utilizada pelos bispos, presbíteros, diáconos e outros ministros, em forma de túnica branca, que cobre desde o pescoço até perto do calcanhar. Alva significa limpeza.
Ambão
Vem do verbo grego “anabainer” que quer dizer: subir. No caso, é a estante, situada em local de destaque, onde são efetuadas as leituras, na liturgia da palavra, e realizada a pregação. Ao final da idade média, o ambão evoluiu para o púlpito, usado pelos pregadores, e localizado sempre do lado onde se proclama o evangelho.
Âmbula
Cálice com tampa com a finalidade de conservar e distribuir as partículas consagradas. Enquanto contém o Santíssimo, costuma ser coberta com um tecido conhecido como “véu de âmbula”. Na Idade Média sua forma era de uma pequena caixa. O modelo redondo surgiu no século XVI. Seus outros nomes são: píxide e cibório
Amém
Palavra hebraica que expressa a confirmação do que foi dito, e que pode ser traduzida popularmente por: assim seja.
Compete à comunidade de fé responder, com ele, às orações de quem as dirige, manifestando, assim, sua união espiritual ao seu conteúdo de fé e aos celebrantes. O termo amém pode significar também: eu creio.
Amito
É a primeira das vestes litúrgicas internas. Trata-se de um pano branco, pequeno, quadrangular, que o sacerdote católico põe sobre os ombros e ao redor do pescoço, antes de vestir a alva. É uma peça de origem egípcia, que São Bento trouxe para os monges de sua ordem.
Ângelus
Toque das Ave-Marias pela manhã, ao meio-dia e à tarde, com suas respectivas orações.
Sua origem se deve ao franciscano São Boaventura, com a finalidade de cultuar o mistério da Incarnação do Verbo e honrar a Santíssima Virgem. O Papa Bento XIV prescreveu a antífona Regina Coeli em substituição ao Ângelus, no tempo pascal.
Ano Litúrgico
O ano litúrgico é formado por três ciclos: o do Natal, o Pascal e o Tempo Comum (este com dois períodos). Ao longo dessas três etapas se desdobra o mistério de Cristo: seu nascimento, sua vida pública, sua paixão, morte e ressurreição.
(Fonte: Livro da Família/2003)
Assunsão do Senhor
Segundo o Dicionário Aurélio, a Ascensão do Senhor significa “festa eclesiástica, comemorativa da glorificação de Cristo logo após a morte, representada, especialmente, como subida aos céus”.
É uma festa móvel, no calendário cristão, que acontece 40 dias após o Domingo de Páscoa.
Ave Maria
Oração com que os cristãos veneram a Santíssima Virgem. Primeiramente, compunha-se das palavras do Arcanjo e de Santa Isabel: “Ave Maria, cheia de graça…” Posteriormente, acrescentou-se a segunda parte: “Santa Maria mãe de Deus…” de origem franciscana.
Ázimo
É o pão não fermentado, prescrito para a consagração das hóstias na igreja ocidental. Provavelmente a partir do século VIII todos os ritos se servem dele.
O direito canônico permite que os fiéis recebam a eucaristia em qualquer rito. O uso do pão ázimo remonta à páscoa dos judeus.
Cadeias de Pedro
Festa em honra das cadeias com que São Pedro esteve preso, em Jerusalém e em Roma.
Conforme a tradição, as duas uniram-se numa só, quando postas em contato na ocasião em que a filha do Imperador Teodósio ofereceu a de Jerusalém ao Papa. Assim são conservadas até hoje.
Calendário eclesiástico
Do verbo grego Kalein (publicar), o termo calendário significava, na antiguidade, a publicação, no primeiro dia de cada mês, das festas a celebrar. Mais tarde, os cristãos adotaram o “calendário” para o catálogo das festas litúrgicas da Igreja Católica. Chama-se também calendário romano.
Cálice
Vaso sagrado que abriga o vinho, que, após a consagração, torna-se no Sangue de Cristo. Este vaso já era utilizado na celebração da Páscoa judáica. Por isso, ao instituir a Eucaristia, durante a celebração da Última Ceia, com seus apóstolos, Jesus tomou “um cálice…”
Fonte: Dicionário da Missa,Itamar de Souza
Campainha
Pequeno instrumento de percussão, feito de metal, que o acólito toca antes da consagração do pão e do vinho, chamando a atenção da assembléia para aquele momento. Às vezes, em algumas igrejas, é tocada a campainha durante a elevação da hóstia e do cálice.
Fonte: Dicionário da Missa, do Prof. Itamar de Souza
Capelão
Sacerdote encarregado de atender uma capela ou um grupo de fiéis, normalmente menor que uma paróquia, como por exemplo, um colégio, uma universidade, uma corporação militar.
Caráter Sacramental
É o sinal espiritual e indelével, impresso na alma com a recepção dos Sacramentos do batismo, da crisma e da ordem, em virtude do que tais Sacramentos não podem ser recebidos mais de uma vez. Quem é batizado, crismado ou ordenado e se torna infiel à graça, pode recobrá-la com a penitência sem de novo o mesmo Sacramento.
Cardeal
Termo que vem do latim: cardinalis, que, por sua vez, vem de cardo que significa: eixo.
O cardeal faz parte de um colégio que forma o senado do Papa, e lhe assiste no governo da Igreja.
Cardeal é um eixo que une.
Carrilhão
Conjunto de sinos de diversos tamanhos e afinados com precisão, o que permite a execução de melodias.
O carrilhão é tocado manualmente ou através de um mecanismo eletro-eletrônico. Foi inventado em Flandres, na Holanda, e hoje se encontra nas torres de diversas igrejas do mundo.
Catedral
É a Igreja mãe e sede de uma Diocese ou Arquidiocese. Nela, o Bispo ou Arcebispo exerce o seu Magistério Episcopal, a sua função ministerial de ensinar a reta doutrina cristã. Na Catedral, a cadeira onde o Bispo se senta, na presidência das celebrações litúrgica, é chamada de Cátedra. Daí, o nome Catedral.
Cíngulo
É de origem romana e funciona como peça complementar da túnica. Na Idade Média, era feito de linho, em formato de uma faixa com seis ou sete centímetros de largura. O uso do Cíngulo, em forma de cordão, generalizou-se depois do século XV.
Cinzas
A cinza usada na quarta-feira que dá início à Quaresma é feita com a queima dos ramos bentos, no Domingo de Ramos. É guardada de um ano para outro e colocada sobre a cabeça dos fiéis, na celebração da Quarta-feira de Cinzas. Na ocasião, o celebrante lembra a passagem bíblica: “Tu és pó e ao pó tonarás” (Gn 3, 19).
Círio Pascal
Vela de cera, de maiores proporções, benta no sábado de aleluia, que representa o Cristo ressuscitado e a coluna de fogo que precedia o povo de Israel através do deserto.
Cinco grãos de incenso lhe são encravados, e simbolizam as chagas contidas no corpo glorioso de cristo.
Colação
Pequena refeição que nos dias de jejum era permitido se tomar. À tarde. O costume foi introduzido nos mosteiros, a partir do VI século. Tal refeição era tomada enquanto se fazia uma leitura das obras dos Santos Padres, no período quaresmal.
Confessor
Um termo como várias significações:
a) durante o tempo das perseguições, era sinônimo de mártir;
b) posteriormente, um santo que confessou sua fé em Cristo com virtudes heróicas;
c) sacerdote com jurisdição para ouvir a confissão sacramental dos fiéis.
Confraria
Associação pia que promove a vida cristã, aprovada pela autoridade eclesiástica.
Distinguem-se três espécies:
- Pia-União (sem constituição orgânica);
- Sodalício (organicamente constituída);
- Confraternidade (que promove o culto público). Sua expansão maior data do séc. XVI.
Cômputo
É o complicado cálculo que os liturgistas fazem para organizar o calendário litúrgico. Sua dificuldade resulta da diferença de 11 dias que existe entre o ano solar do qual dependem os meses, semanas e festas fixas em determinado dia, e o ano lunar que regula a páscoa e as festas móveis.
Cores Litúrgicas
Para cada tempo litúrgico é usada uma cor, que aparece nos paramentos dos celebrantes, nos panos do altar, na cortina do Sacrário etc. Cada uma tem seu significado. O uso das cores está definido nas normas das Instruções Gerais sobre o Missal Romano (nºs 308 e 309).
O verde - é a cor da esperança, usada nos ofícios e missas do tempo comum, que se celebra agora.
Branco - simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. É usado nos ofícios e missas do tempo pascal e do natal; nas festas e memórias do Senhor, exceto as da Paixão; nas festas e memória da Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não mártires, de Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro e conversão de São Paulo.
Vermelho - simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado no domingo de Ramos, na sexta-feira santa, no Pentecostes, na Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos, Evangelistas e Santos Mártires.
Roxo - simboliza a penitência. É usado no advento e na quaresma. Pode ser usado, também, nos ofícios e missas pelos mortos.
Credência
Pequena mesa, colocada nas proximidades do altar, sobre a qual se coloca objetos que vão ser utilizados durante a celebração, especialmente no momento do ofertório, como por exemplo: o pão, o vinho, o cálice, a patena, a água etc.
Cripta
Recinto subterrâneo, geralmente por baixo do presbitério da igreja, onde se colocam sarcófagos com corpos de santos, e se sepultam pessoas de distinção (como os bispos). Na cripta também se celebra a eucaristia. Suas formas arquitetônicas se desenvolveram a partir do século IX. São mais freqüentes nas igrejas de estilo romano.
Crucifixo
É uma cruz com o corpo de Nosso Senhor. A mais antiga representação existente da crucificação data do século V.
Depois de Gregório Magno, apresentava-se Jesus vivo na cruz, como vencedor. No IX século, o Senhor era representado como rei, interpretando as palavras da Escritura: “Dizei às nações que o Senhor reinou”… (Sl 95)
Cruz
Patíbulo sobre o qual Jesus morreu. Não se deve admirar que nos primeiros séculos a cruz não se encontrasse como símbolo da liturgia, a não ser veladamente (crux dissimulata), somente inteligível aos cristãos: era considerada sinal de vergonha e humilhação para pagãos e judeus…
Culto das Relíquias
Baseia-se na colaboração do corpo nas obras de virtude e no dogma da futura ressurreição, e, por isso, é tão antigo quanto a própria Igreja. De início, limitava-se às relíquias dos mártires: o seu sangue era guardado como lembrança preciosa. A partir do IV século, a veneração das relíquias se estendeu às dos santos, em geral.
Culto de Latrão
É o culto prestado somente a Deus e que se manifesta principalmente no reconhecimento de Deus como supremo senhor. É ato de adoração. Compete também à humanidade de Cristo, inseparavelmente, à segunda pessoa da Santíssima Trindade. A sagrada eucaristia também recebe o Culto de Latria em virtude da presença real de Cristo.