quinta-feira, março 20, 2008

Bundas!!!

É ou não é verdade que os brasileiros ficam enlouquecidos com bunda?



A principal diferença entre a revista Playboy americana e a Playboy brasileira é a lingua? Errado. É a bunda.
Na americana, temos seios, úberes, verdadeiras tetas que mal cabem nas páginas duplas. Na nossa, temos bundas. Bundinhas de penugem loira, bundinhas de contorno marrom, até bundinhas cor de rosa.
Americano não gosta de bunda? Eu diria que americano não conhece a bunda. Aliás, no mundo inteiro, não existem bumbuns como os nossos, ou melhor, como as nossas. A bunda é um produto interno e bruto tipicamente brasileiro. Às vezes, a revista americana faz edições especiais sobre seios. Aqui, fazemos verdadeiros compêndios sobre (e sob) bundinhas. Narcisamente, o brasileiro adora a própria bunda.
Mas de onde veio a nossa bunda? Não das alvas portuguesas, muito menos das esparramadas italianas e, menos ainda, das desbundadas japonesas. Muito menos das amassadas índias. Sempre me intrigou esta tanajúrica pergunta. Quem arrebitou com pincel de ouro, com formão de prata, a bundinha brasileira?

Foi em Cabo Verde que surgiram as primeiras mulatas. Apesar da palavra mulata ter origem espanhola, o conteúdo foi uma criação dos ingleses, holandeses, e dos franceses que por lá passavam desde o começo do século XVI com seus navios negreiros trazendo escravos para o Brasil. Lá era o point no meio do Atlântico. E lá os brancos deixaram o sêmen (do latim semen, que significa semente) para a fabricação das mulatas com suas respectivas bundas. Gostavam tanto das cabo-verdianas que Sir Francis Drake, pirata-mór daqueles tempos, chegou até a saquear o país em 1590 a mando da tal Companhia das Índias Ocidentais. O saque durou sete anos e milhares e milhares de sementes foram im(plantadas). Tinham sacado a bunda.
Esta mistura deu a cor atual das nativas. Não são negras como as vizinhas senegalesas, são marrons. Ou castanhas, como preferem elas. E lindas. As cabo-verdianas são lindas. Uma espécie de Sônia Braga bem queimada. Olhos claros como dos piratas bisavós. Uma porção de Patrícia França.
Fica difícil descrever a bunda das mulheres de Cabo Verde. Tem que ver para crer. São Tomé não acreditaria em seus próprios olhos. Mas olhando uma delas passar, você percebe que ela está no doce balanço a caminho do mar (do Brasil).








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