A gripe aviária, também conhecida pelo código H5N1 (não
confundir com a gripe suína – H1N1), mata mais de 50% dos infectados.
Mas, desde que foi descoberta, em 2003, somente 332 pessoas morreram
vitimadas por ela. Isso porque a doença ainda não é transmitida pelo ar,
mas somente através de contato direto entre aves e seres humanos. Mas
isso pode mudar. Saiba por que a seguir:
Dúvida mortal
Acaba
de ser publicado um trabalho considerado pelo site da Wired (1) como um
dos mais importantes de 2011 e que trata de uma descoberta
aterrorizante: cinco mutações bastavam para que o vírus H5N1 passasse a
ser transmitido pelo ar. E isto já aconteceu. Uma gripe tão mortal
causará uma pandemia (epidemia planetária), se puder ser transmitida por
espirros e tosse.
Assim
que o cientista Ron Fouchier (foto), do Erasmus Medical Centre, em
Roterdã, Holanda, anunciou que havia identificado as mutações, surgiu a
dúvida: publicá-las ou não? Temia-se que laboratórios produzissem a cepa
com mutações para praticar o bioterrorismo (2) ou que um acidente ou
falha na segurança das amostras resultasse em um vazamento do vírus
letal para a atmosfera. Nos dois casos, terror e morte se seguiriam em
todo o mundo.
(1) A Wired é uma revista
norteamericana que trata de questões envolvendo a tecnologia e sua
influência sobre a sociedade, a cultura, a economia e a política.
(2) Bioterrorismo é o ato de espalhar vírus ou bactérias, com a intenção de provocar doenças e a morte de pessoas, animais ou plantas. Laboratórios criminosos são capazes de fabricar vacinas e praticar o bioterrorismo, para obrigar os governos a comprá-las deles. Que mundo, não?…
(2) Bioterrorismo é o ato de espalhar vírus ou bactérias, com a intenção de provocar doenças e a morte de pessoas, animais ou plantas. Laboratórios criminosos são capazes de fabricar vacinas e praticar o bioterrorismo, para obrigar os governos a comprá-las deles. Que mundo, não?…
Depois
de muita discussão, ficou decidida a publicação do trabalho, com todos
os detalhes sobre as mutações. A esperança dos cientistas é que a
divulgação possibilite a fabricação de vacinas e uma investigação das
mutações existentes, para verificar se alguma cepa na natureza possuía
alguma das mutações necessárias. Avalia-se que, se alguém for infectado
por uma versão com duas das mutações, nos cinco dias de infecção normal,
as outras três mutações poderiam ocorrer, e o vírus poderia passar a
ser transmitido por espirro e tosse.
Família complicada
O
Influenza A (foto microscópica) é uma “família” de vírus que ataca aves
e alguns mamíferos. Os membros desta “família” recebem um nome
relacionado à hemaglutinina (H) e à neuraminidase (N)
específicas. Existem 17 diferentes hemaglutininas, de H1 a H17, e 9
diferentes neuraminidases, de N1 a N9. A gripe suína tem a hemaglutinina
tipo 1 e a neuraminidase também tipo 1 e, por isto, sua nomenclatura é
H1N1. Mas continua sendo um vírus Influenza A. Diferentes combinações H e
N resultam em vírus que podem ser mais ou menos perigosos e que atacam
uma ou várias espécies. O vírus H5N1, da gripe aviária, por enquanto é
bastante perigoso para aves, tendo matado milhões delas. Também é letal
para seres humanos, mas não tão perigoso, porque (ainda) não é
transmitido por via aérea. E Deus queira que não seja nunca…
Os sintomas
Febre,
tosse, dor de garganta, dores musculares, conjuntivite e, em casos
severos, problemas respiratórios e pneumonia, que – dependendo do
sistema imunológico do paciente – pode levar a óbito. Aliás, a
severidade da infecção, de modo geral, depende do estado do sistema
imunológico da pessoa infectada. Depende também se ela já havia sido
exposta ao vírus anteriormente, porque isto a deixaria parcialmente
imune, funcionando como uma espécie de vacina. Ainda não se sabe se a
versão para humanos apresentará outros sintomas. Por enquanto, o vírus
que está causando mais problemas é o da gripe suína, a H1N1, que já está
causando mortes também neste inverno. Fique alerta aos sintomas desta
gripe e não deixe de se vacinar.
Endemia, Epidemia e Pandemia
Como
é possível que alguns leitores não saibam exatamente qual a diferença
entre uma endemia, uma epidemia e uma pandemia, o ”Você Sabia?” explica a
seguir:
Endemia
É
uma doença localizada em um espaço limitado denominado “faixa
endêmica”. Isso quer dizer que, endemia é uma doença que se manifesta
apenas numa determinada região, de causa local e tem existência
permanente. No Brasil existem doenças endêmicas, como, por exemplo, a
febre amarela na Amazônia ( região da América do Sul definida pela bacia
do rio Amazonas e coberta, em grande parte, por uma floresta
tropical ). As pessoas que viajam para aquela região precisam ser
vacinadas.
Epidemia
É
a manifestação de uma doença infecciosa e transmissível que ocorre
repentinamente numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente
para outras regiões, originando um surto epidêmico. A gripe aviária, por
exemplo, é uma doença “nova” que se iniciou como um surto epidêmico. Assim, com o tempo e um ambiente estável, a doença passa de epidêmica para endêmica e depois para esporádica.
Pandemia
A
pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se
espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando
inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras.
Recapitulando: quando uma doença existe apenas em uma determinada região é considerada uma endemia. Quando a doença surge repentinamente e é transmitida para outras populações, infestando mais de uma cidade ou região, chama-se epidemia. E, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada, espalhando-se pelos continentes, ou pelo mundo todo, ela é chamada de pandemia.
Recapitulando: quando uma doença existe apenas em uma determinada região é considerada uma endemia. Quando a doença surge repentinamente e é transmitida para outras populações, infestando mais de uma cidade ou região, chama-se epidemia. E, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada, espalhando-se pelos continentes, ou pelo mundo todo, ela é chamada de pandemia.
Fonte:http://www.vocesabia.net/saude/pandemia-de-gripe-aviaria-uma-terrivel-possibilidade/
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