Referência CeticismoAberto, publicada também na revista Galileu, Agosto 2004
A “Área 51” é parte de uma base de testes da Força Aérea Americana, ao norte de Las Vegas, Nevada. Seu surgimento em meados dos anos 50 está ligado à CIA e à companhia de aviação Lockheed, e em particular com a criação e testes do avião espião ícone da Guerra Fria, o U-2. Mas o famoso nome foi designado pela Comissão de Energia Atômica, por nenhum grande motivo em especial: outras partes da base de testes de Nevada eram designadas como outras áreas numeradas pela comissão. Que a “Área 51” fosse referência a um 51o estado americano é mais uma das histórias em torno da mais famosa base “secreta” do mundo.
De concreto, sabe-se que além do U-2, aviões como o A-12, o SR-71, o F-117A, entre outros, foram testados e desenvolvidos na base. Da sopa de letrinhas e números, basta dizer que o SR-71 é detentor do recorde de velocidade e altitude de um avião tripulado, e o F-117 é o avião “invisível” ao radar. A base de testes de Nevada também foi palco para experimentação de diversas armas, incluindo testes nucleares na atmosfera e aviões soviéticos capturados.
O que realmente lançou a base ao estrelato foram as alegações de um homem chamado Robert Lazar, que em 1989 disse ter trabalhado com a “engenharia reversa” de naves alienígenas dentro da base. Mas, além de histórias repletas de problemas, como um material radioativo que ele teria levado no bolso até sua casa e deveria tê-lo matado se existisse, ele não forneceu nenhuma prova. Suas credenciais acadêmicas eram falsas, e ele havia declarado falência pessoal pouco antes. Nada disso impediu que a “Área 51” entrasse para a cultura popular em filmes como “Independence Day”.
Curiosos que se aproximam da base, e adentram o terreno circundante – também reservado – são abordados e detidos por seguranças, podendo ser multados. Há placas que advertem sobre o “uso de força letal autorizado” contra intrusos, mas não se conhece nenhum incidente em que o aviso foi algo além de um espanta-turistas. O estado de Nevada distribui pôsteres turísticos sobre a visita às proximidades da “Área 51”, e a estrada próxima foi oficialmente nomeada em 1996 a “Rodovia Extraterrestre” pelo governador do estado.
Mas o governo americano não reconhece nem nega a existência da “Área 51”. Em resposta a processos ambientais, anualmente o presidente americano renova uma determinação de isenção de regulamentos ambientais do “local de operações da Força Aérea próximo de Groom Lake, Nevada”. Em 2001, funcionários da base chegaram a entrar em greve por dois dias. Algo bem terrestre.
A “Área 51” é parte de uma base de testes da Força Aérea Americana, ao norte de Las Vegas, Nevada. Seu surgimento em meados dos anos 50 está ligado à CIA e à companhia de aviação Lockheed, e em particular com a criação e testes do avião espião ícone da Guerra Fria, o U-2. Mas o famoso nome foi designado pela Comissão de Energia Atômica, por nenhum grande motivo em especial: outras partes da base de testes de Nevada eram designadas como outras áreas numeradas pela comissão. Que a “Área 51” fosse referência a um 51o estado americano é mais uma das histórias em torno da mais famosa base “secreta” do mundo.
De concreto, sabe-se que além do U-2, aviões como o A-12, o SR-71, o F-117A, entre outros, foram testados e desenvolvidos na base. Da sopa de letrinhas e números, basta dizer que o SR-71 é detentor do recorde de velocidade e altitude de um avião tripulado, e o F-117 é o avião “invisível” ao radar. A base de testes de Nevada também foi palco para experimentação de diversas armas, incluindo testes nucleares na atmosfera e aviões soviéticos capturados.
O que realmente lançou a base ao estrelato foram as alegações de um homem chamado Robert Lazar, que em 1989 disse ter trabalhado com a “engenharia reversa” de naves alienígenas dentro da base. Mas, além de histórias repletas de problemas, como um material radioativo que ele teria levado no bolso até sua casa e deveria tê-lo matado se existisse, ele não forneceu nenhuma prova. Suas credenciais acadêmicas eram falsas, e ele havia declarado falência pessoal pouco antes. Nada disso impediu que a “Área 51” entrasse para a cultura popular em filmes como “Independence Day”.
Curiosos que se aproximam da base, e adentram o terreno circundante – também reservado – são abordados e detidos por seguranças, podendo ser multados. Há placas que advertem sobre o “uso de força letal autorizado” contra intrusos, mas não se conhece nenhum incidente em que o aviso foi algo além de um espanta-turistas. O estado de Nevada distribui pôsteres turísticos sobre a visita às proximidades da “Área 51”, e a estrada próxima foi oficialmente nomeada em 1996 a “Rodovia Extraterrestre” pelo governador do estado.
Mas o governo americano não reconhece nem nega a existência da “Área 51”. Em resposta a processos ambientais, anualmente o presidente americano renova uma determinação de isenção de regulamentos ambientais do “local de operações da Força Aérea próximo de Groom Lake, Nevada”. Em 2001, funcionários da base chegaram a entrar em greve por dois dias. Algo bem terrestre.
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