quinta-feira, março 29, 2012

Um de meus poemas


 Os conselhos da vida são imitados por todos os que temem não conseguir viver com ar suficiente

(Marcos Henrique Henrique)

Olho nos olhos da morte, que me olha fraternalmente, e me diz que não é chegada minha hora. “Não, ainda não é hora de partir, fique um pouco mais e deixe seu sorriso amarelo registrado no livro de visitas” – Ela diz.

Meus olhos começaram a doer quando pude enxergar de verdade pela primeira vez.
Meu ventre paterno atrofiou, não tenho mais um feto para me fazer Companhia em noites sem conhaque. Só sinto frio agora.

Olho nos olhos da morte que ri, sabe que está acima do bem e do mau. É uma mensageira que nunca atrasa a correspondência, uma coletora, a guerreira que não conhece derrotas, com um vasto troféu de homens empalhados.

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