quarta-feira, agosto 08, 2012

Mais de meus poemas




Prosa, pesar e existir
(Marcos Henrique Martins)

Quero sair de meu corpo, esse templo ruído que se tornou. Há grades, não há chaves, apenas trancas e contas e mais contas. Apenas tédio.

Minhas trancas não se abrem para me deixar sair, nem para banhar-me ou tomar um pouco de sol. Fico sujo. Impuro. Burocrático. Foi para isso que fomos modelados? Para sempre sentirmos sujeira em nosso existir? Esse foi o trato entre o criador e o diabo para que no inferno existisse um porteiro, trabalhando todos os dias do ano, até em feriados santos.

Somos obrigados a sentir uma batalha dentro de nossa essência que nunca cessa. Olhar, sem nunca enxergar o horizonte. 

Muitos acham que o inferno é um lugar de punição e sofrimento eterno, mas no inferno, existe apenas uma fila, uma interminável fila e ao chegar ao início dela, nada acontece, se pega outra senha, para outra fila e tudo fica como exatamente está. Os anjos decaídos riem e se misturam, dando lições de moral para tudo se tornar ainda mais pesaroso e todos permanecerem com seus ombros caídos, esperando mais uma vez sua vez na fila chegar. 

Algumas pessoas dizem que o inferno é cheio de livros e mais livros de autoajuda, de autores diferentes, e todos têm que ser lidos em vos alta, tudo ao mesmo tempo. Tem quem diga que o inferno é aqui mesmo e fica em seus lares, outros, que fica numa rua sem saída, numa casa sem banheiros e vez por outra, anjos vem com rolos de papel higiênico para distribuir e se simpatizam com você, te levam para os bosques do Éden e te deixam por lá, se escondendo das serpentes, que hoje são muitas e que sabem como ninguém plantar árvores e nos despir de nossas inquietações. 

Prosear é tão fácil, existir um mistério que não se encontram as respostas em bulas de remédios, nem em anúncios de jornais. Prosear é preciso, é um mal necessário para suportar o existir.

segunda-feira, agosto 06, 2012

Cientistas apontam a razão que faz os homens dormirem após o sexo



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Não é segredo que muitos homens adormecem logo após o sexo. E, para suas parceiras, o zumbido alto do ronco depois de um encontro apaixonado acaba com o humor. Mas agora os cientistas podem dar aos homens a desculpa perfeita para eles se sentirem sonolentos: não é culpa deles. As informações são do Daily Mail.Uma pesquisa que envolveu a digitalização dos cérebros de homens durante e após o orgasmo descobriu que o córtex cerebral – que desempenha um papel vital na consciência de atenção, e sensibilização perceptual – se desliga quase que imediatamente após o orgasmo.Serge Stoleru, cientista francês, disse que a pesquisa oferece os primeiros sinais do que acontece no cérebro masculino durante o sexo. Ele disse ao Sunday Times que para as mulheres acontece diferente. “Elas não parecem ter um período refratário tão forte e por isso se perguntam por que o parceiro pensa imediatamente em descansar”, disse.

O estudo também mostrou que o cérebro desliga quase todo o desejo sexual após o orgasmo. Os homens passam a ter os seus cérebros inundados com substâncias químicas de indução do sono, como a serotonina.Em 2005, pesquisadores descobriram que a corrida de sangue depois do clímax esgota os músculos de energia produtora de glicogênio. Como os homens geralmente têm maior densidade de massa muscular do que mulheres, ficam mais cansados depois do sexo.

Dr. Neil Stanley, diretor da University of Surrey, disse que os homens não os únicos culpados. “Os seres humanos são os únicos animais em que o sono e o sexo estão ligados e, por isso, há razões científicas do motivo pelo qual os homens se sentem cansados após o sexo”, disse. A pesquisa mostrou que a maioria dos homens que se sentem mais relaxados logo após o ato.No estudo, 80% dos homens disseram que se sentiam capazes de divagar sem problemas depois do sexo, em comparação com apenas 46% das mulheres.



Fonte: Terra

sexta-feira, agosto 03, 2012

Sedentarismo é o principal motivo de 34% dos jovens sofrerem de dor nas costas

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Passar muito tempo sentado em frente à TV ou ao computador, vida sedentária e postura incorreta fazem com que as pessoas tenham dores nas costas cada vez mais cedo. O problema incomoda 34% dos jovens de 16 a 24 anos, segundo uma pesquisa realizada pela empresa Mintel, do Reino Unido. Os dados são do jornal Daily Mail.

O levantamento realizado com britânicos constatou que a proporção de jovens com dores na coluna é semelhante à dos aposentados, já que 38% dos voluntários com mais de 65 anos relatam o desconforto. Dois quintos dos britânicos de todas as idades sofrem de dor nas costas.

“Muito tempo sentado enfraquece o tônus muscular e isso pode levar a dor nas costas”, disse a porta-voz da empresa de pesquisa, Michelle Strutton. “Muitos jovens levam uma vida sedentária e a falta de esporte pode muito bem contribuir para a dor nas costas, bem como a má postura”, completou.

quinta-feira, agosto 02, 2012

Meditação: O Poder da Leitura


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Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. 2 Timóteo 3:15

Certo dia apareceu uma estranha criatura no campus do Bethel College, uma pequena instituição presbiteriana de ensino superior no Tennessee, Estados Unidos. Ele tinha um metro e oitenta de altura, cabelos ruivos despenteados e vestia uma blusa de frio tão velha que havia alfinetes por toda parte para mantê-la em condições de uso. Havia buracos nos sapatos e os dentes da frente já não existiam mais. Ele veio da minúscula vila de Rosser, constituída por apenas três casas, onde morava numa casa de fazenda caindo aos pedaços, sem encanamento interno. Ele nunca andou de bicicleta, entrou em um shopping center ou namorou. E nunca frequentou a escola.

Robert Howard Allen, 32 anos, apareceu para matricular-se na faculdade. Assim que a administração aplicou um teste para averiguar o conhecimento de Robert, todos se surpreenderam. Ele “arrasou”. Sua mente estava repleta de conhecimento em literatura clássica e histórica. A abrangência de seu conhecimento estava muito além do que o de qualquer professor da instituição. A administração o dispensou da maioria das matérias do primeiro ano de faculdade.

Dez anos mais tarde, Robert Allen concluiu a educação formal, graduando-se pela altamente prestigiada Universidade Vanderbilt em Nashville, Estados Unidos, com PhD em inglês. Ele começou a lecionar inglês para a faculdade.

A história desse homem me inspira. Ela mostra o poder do espírito humano para se erguer e ser bem-sucedido em face das situações mais desafiadoras. E que situação desafiadora! Os pais de Robert se divorciaram quando ele ainda era bem jovem. Ele foi criado por parentes de idade avançada que fizeram um acordo com a administração da escola local para que ele estudasse em casa. A princípio, um professor o visitava ocasionalmente, mas logo Robert foi esquecido.

Mesmo assim, aos 12 anos Robert já tinha aprendido a ler sozinho e logo começou a ler a Bíblia na versão King James para a tia Ida, que era deficiente visual, completando duas vezes a leitura de capa a capa do Livro Sagrado.

Em pouco tempo, estava lendo tudo o que podia encontrar, desde Shakespeare até Will Durant. Ele leu praticamente todos os livros da biblioteca pública de sua cidade e aprendeu também a ler em grego e francês. E começou a escrever poemas. Essa é uma história mais forte do que a ficção – e mais maravilhosa. E tudo começou com a leitura da Bíblia.

Fonte: William G. Johnsson – Casa Publicadora Brasileira

quarta-feira, agosto 01, 2012

Mais poesia




Tu
(Marcos Henrique Martins)


Se te contar como eu meu sinto te fizesse mais compassível comigo, abriria o verbo, gritaria tudo o que quero externar, mas deixo meus dizeres retraídos em meu peito. Doo-me de corpo e alma, mas esse doar não é recíproco, como todos que amam almejam em seus cúmplices.

Mais uma vez só tenho a mim para me acalentar, só tenho a mim para reconfortar a cabeça e limpar as lágrimas que descem em límpidas cachoeiras pelas corredeiras de minhas pálpebras.   

Sou único, o último de minha espécie, um gramático sem palavras novas para ofertar a seus alunos. Sou só. 

Sou único, o último dos homens que sonha em compartilhar bem mais que prazeres carnais, e por isto mesmo vago só, sendo tocado por esta multidão que me toca, mas não me senti. Sou só.

Se te contar como eu me sinto me fizesse mais vivo, hoje, desejaria morrer, por que sei que desistisse de mim, que desiste do amor e das flores que um dia roubei para te presentear.