terça-feira, fevereiro 23, 2010

Como Será o Mundo Daqui a 100 anos?



Pesquisadores de diversos países afirmam que devido à
excessiva emissão de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera a
temperatura média do planeta está aumentando significativamente. Até
2100 a temperatura média da terra poderá ter um aumento de
aproximadamente 10°C.

Imagine a cidade onde você vive 10°C mais
quente! Lugares como o Rio de Janeiro, onde a temperatura facilmente
chega aos 40°C poderão atingir mais de 50°C! Imagine ter que
suportar uma temperatura superior a 50°C durante o verão de todos os
anos!

O desmatamento das vegetações naturais é outro grande
crime cometido por nossa espécie. Estudos científicos comprovam que a
alteração da paisagem natural pode afetar seriamente o clima de uma
região. Temos várias provas disso e cito como exemplo o nordeste
brasileiro, que antes da colonização portuguesa possuía um rico
ecossistema e vários cursos d’água.

Os portugueses desmataram quase
toda a região e hoje grande parte do nordeste brasileiro é
deserto…Para se ter uma noção da enorme destruição causada pelo
homem basta pensar no volume de florestas que tínhamos há 100 anos
atrás e no que temos hoje.

Em 1850, o território onde hoje se
encontra Belo Horizonte, uma das cem maiores metrópoles do mundo, era
uma bela paisagem natural povoada por inúmeras espécies. Hoje, no
mesmo território se encontra uma selva, mas de cimento e asfalto. O
caso de Belo Horizonte não é único. Lugares que hoje são enormes
cidades eram lindas florestas há poucos anos atrás. Com base nesses
dados, podemos concluir que se tudo continuar assim, daqui a 100 anos
a maior parte do globo terrestre poderá ser um grande deserto!

É evidente o mal que nós da espécie humana causamos ao
nosso próprio planeta. Há alguns milhares de anos atrás vivíamos em
comunhão com todo o planeta, mas desde que começamos a nos
preocuparmos com nosso próprio conforto passamos a destruir os demais
seres vivos.

Agora estamos próximos de destruirmos a nós mesmos! O
planeta já não suporta mais! A cada ano que se passa alterações
drásticas ocorrem. Se a humanidade não tomar providências
enérgicas, poderá pagar o mal que faz há milhares de anos com a
própria extinção!

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

NOVO GOLPE POR TELEFONE





Repasso pois, se não tivéssemos sido avisados pelos amigos da net,
teríamos sido vítimas dessas pessoas, portanto, vamos fazer nossa
parte. NOVÍSSIMO golpe do telefone - Diferente dos outros ... Um
sujeito pilantra liga para sua casa e se identifica como Policial
(delegado). Alega estar recebendo ameaças por telefone e que o número
registrado na bina é o seu. Ele, então, sugere que sua linha foi
clonada, e ACONSELHA você, a solicitar um reparo à sua operadora. E diz que vai ligar mais tarde,para saber se você fez a solicitação. Em
caso afirmativo (se vc fez a reclamação à operadora), no dia seguinte
ele estará na sua casa com uniforme e crachá da firma operadora.. Daí em
diante você será presa fácil para ele. Se receber essa ligação, não
solicite o reparo e dê queixa imediatamente à Polícia. Se ele voltar a
ligar, diga que já comunicou à polícia. - Repasse a todos os seus
contatos, URGENTE!!!! PS.: comuniquem também a seus familiares,
vizinhos e etc.. que não tiveram acesso a este e-mail

sábado, fevereiro 20, 2010

A Quarta Feira de Cinzas


Com as cinzas começou uma estação espiritual particularmente relevante para todos os cristãos que querem se preparar para viver com dignidade no mistério pascal, isto é, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

Este poderoso tempo do ano litúrgico é caracterizada por uma mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: “matanoeiete”, que significa “arrepender”. Esta exigência é proposta nas mentes dos fiéis pelo austero rito da imposição das cinzas, que, com as palavras “Arrependei-vos e crede no Evangelho” e as palavras “Lembre-se que somos pó e ao pó voltarás”, convida todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

A bela cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que Deus nunca deixa, no início e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão é na verdade nada mais do que um retorno a Deus, tornando-o mais das realidades terrestres na luz de sua verdade infalível. Uma recuperação que envolve uma consciência crescente de que brilho nós nesta viagem cansativa na terra e que nos impulsiona e estimula o emprego até o final, para o reino de Deus está dentro de nós e entrar em triunfo sua justiça.
Sinônimo de “conversão” é assim mesmo a palavra “penitência” …
Penitência como mudança de atitude. Penitência como um esforço positivo para a livre expressão seguir a Cristo.
Tradição

Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começou a seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Esse resultado foi determinado apenas 36 dias de jejum (exceto domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma, estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era uma prática comum em Roma que os penitentes para começar sua penitênica pública no primeiro dia da Quaresma. Chuveiros estavam com cinzas, vestidos com saial e forçados a ficar afastado até reoconciliassem com a Igreja na Quinta-Feira Santa ou sexta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do oitavo ao décimo), no início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.

Hoje a Igreja, quarta-feira Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e luterana. Ortodoxa Quaresma começa na segunda-feira anterior e não celebra a quarta feira de cinzas.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Curiosidades Sobre o Carnaval


Sabe por que o Carnaval tem datas diferentes todo ano?

O primeiro domingo após o 14º dia de lua nova é o domingo de Páscoa. Ou, o primeiro domingo após a lua cheia, posterior ao equinócio da primavera, é o domingo de Páscoa. Se o 14º dia da lua nova ou da lua cheia posterior ao equinócio da primavera cair no dia 21 de março e for sábado, o domingo de Páscoa será no dia 22 de março.

Entretanto, se a primeira lua cheia (isto é, o 14º dia após o equinócio da primavera) for 29 dias depois do 21 de março, o domingo de Páscoa só poderá ser 25 de abril, isto é, o mais tarde possível. Como o primeiro dia da lua nova, antes de 21 de março, situa-se, necessariamente, entre 08 de março e 05 de abril, a Páscoa só pode cair entre 22 de março e 25 de abril.

O domingo de carnaval cairá sempre no 7º domingo que antecede ao domingo de Páscoa.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

A Técnica de Stop Motion


Stop motion (que em Inglês significa o movimento permanente) é uma técnica de animação frame by frame (ou quadro a quadro), usando uma câmera de vídeo, maquina fotográfica ou computador. Por geral, têm desenhos em papel ou computador, ou mesmo modelos reais em diversos materiais, dentro dos mais comuns são de barro, argila ou concreto. O filme usa material deve ser mais elástica e flexível, uma vez que os modelos têm que durar meses, porque cada segundo de filme que requer cerca de 24 quadros (frames).

Os modelos são movidos e fotografados quadro a quadro. Esses quadros são acoplados em um catálogo de filmes, criando a impressão de movimento. Esta fase pode adicionar efeitos sonoros como fala ou música. Um dos muitos filmes feitos usando stop-técnica de movimento foi Nightmare Before Christmas (1993), dirigido por Tim Burton.

Outros, como A Fuga das Galinhas, Noiva Cadáver, Wallace e Gromit, The Fantastic Mr. Fox (2009), Wes Anderson, são exemplos de filmes em stop motion. Há vários aspectos do filme criado por esta ideologia, obras mais animação, assim, trabalhar com uma torção diferente.

Atualmente, o maior produtor do Brasil Animaking está produzindo um filme sobre a técnica de stop motion chamado Worms, onde o Brasil será o primeiro país da América Latina a produzir uma técnica.

Portugal também tem algo em animação stop motion VedadEira ou boneca cartoon “, o último que é relevante para o curta-metragem vencedor suspeito José Miguel Ribeiro.

sábado, fevereiro 13, 2010

Até quinta

Olá pessoal gostaria de desejar a todos um ótimo carnaval, vou aproveitar esses dias para descansar, quinta-feira estou de volta com mais postagens, pois aqui em Pernambuco o povo só respira carnaval.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Desordem



Desordem


Agonia dor no peito;
Pleonasmo, gotas de sol caem em meu peito;
Risos de bebês animam meu inconformismo passageiro;
Egoístas, doces, lábios cortados, tesão, falta de desejo.

Os cordões umbilicais servem para que? Para mim fogo, forca, desordem, desapreço.

Minha cultura é inculta, ou pura de mais para vaguear por entre pernas de loucas vadias e travestis que sonham em ter um útero para gerar mais que desejo?

Desordem me afora, me deixa louco, às vezes me acalma e posso voltar a respirar esse gás que inflama todo meu peito.

Te desejo mais, te vejo menos.

Gatos negros não temem a noite, nem a fome que a noite nos provoca - insanos desejos -.

Escrever é uma arte que esqueço quando me toco e sinto que estou só, nesse grande enigma que é ser, que é o fazer.

Drenos e bonecos secos. Sei que já me peguei dessecando bonecos sem sentimento, mas o que fica? O que fica são abstrações, loucura ou sentimentos por coisas fúteis? Não sei, não sou Deus, nem deus, nem ateu, nem judeu, nem sei se sou eu, quando sou eu.

Desordem, córtex cerebral, intuito, coração, suor, medo, medo, desejo, círculos, desordem acaricia meus seios.

Marcos Henrique.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Origem dos Sinais Matemáticos



Adição ( + ) e subtração ( – )

O emprego regular do sinal + ( mais ) aparece na Aritmética Comercial de João Widman d’Eger publicada em Leipzig em 1489. Entretanto, representavam não à adição ou à subtração ou aos números positivos ou negativos, mas aos excessos e aos déficit em problemas de negócio. Os símbolos positivos e negativos vieram somente ter uso geral na Inglaterra depois que foram usados por Robert Recorde em 1557.Os símbolos positivos e negativos foram usados antes de aparecerem na escrita. Por exemplo: foram pintados em tambores para indicar se os tambores estavam cheios ou não.

Os antigos matemáticos gregos, como se observa na obra de Diofanto, limitavam-se a indicar a adição juntapondo as parcelas – sistema que ainda hoje adotamos quando queremos indicar a soma de um número inteiro com uma fração. Como sinal de operação mais usavam os algebristas italianos a letra P, inicial da palavra latina plus.

Multiplicação ( . ) e divisão ( : )

O sinal de X, como que indicamos a multiplicação, é relativamente moderno. O matemático inglês Guilherme Oughtred empregou-o pela primeira vez, no livro Clavis Matematicae publicado em 1631. Ainda nesse mesmo ano, Harriot, para indicar também o produto a efetuar, colocava um ponto entre os fatores. Em 1637, Descartes já se limitava a escrever os fatores justapostos, indicando, desse modo abreviado, um produto qualquer. Na obra de Leibniz escontra-se o sinal sinal_math1.gif para indicar multiplicação: esse mesmo símbolo colocado de modo inverso indicava a divisão.

O ponto foi introduzido como um símbolo para a multiplicação por G. W. Leibniz. Julho em 29, 1698, escreveu em uma carta a John Bernoulli: “eu não gosto de X como um símbolo para a multiplicação, porque é confundida facilmente com x; freqüentemente eu relaciono o produto entre duas quantidades por um ponto . Daí, ao designar a relação uso não um ponto mas dois pontos, que eu uso também para a divisão.”

As formas a/b e sinal_math2.gif , indicando a divisão de a por b, são atribuídas aos árabes: Oughtred, e, 1631, colocava um ponto entre o dividendo o divisor. A razão entre duas quantidades é indicada pelo sinal :, que apareceu em 1657 numa obra de Oughtred. O sinal ÷, segundo Rouse Ball, resultou de uma combinação de dois sinais existentes – e :

Sinais de relação ( =, <> )

Robert Recorde, matemático inglês, terá sempre o seu nome apontado na história da Matemática por ter sido o primeiro a empregar o sinal = ( igual ) para indicar igualdade. No seu primeiro livro, publicado em 1540, Record colocava o símbolo sinal_math3.gif entre duas expressões iguais; o sinal = ; constituído por dois pequenos traços paralelos, só apareceu em 1557. Comentam alguns autores que nos manuscritos da Idade Média o sinal = aparece como uma abreviatura da palavra est.

Guilherme Xulander, matemático alemão, indicava a igualdade , em fins do século XVI, por dois pequenos traços paralelos verticais; até então a palavra aequalis aparecia, por extenso, ligando os dois membros da igualdade.

Os sinais > ( maior que ) e < ( menor que ) são devidos a Thomaz Harriot, que muito contribuiu com seus trabalhos para o desenvolvimento da análise algébrica.

Vi primeiro aqui

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Você conhece a História do Carnaval?



Festa popular, o carnaval ocorre em regiões católicas, mas sua origem é obscura. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal. Hoje é uma das manifestações mais populares do país e festejado em todo o território nacional.

Conceito e origem. O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.

O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.

A própria origem do carnaval é obscura. É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio — o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.

Período de duração. Os dias exatos do início e fim da estação carnavalesca variam de acordo com as tradições nacionais e locais, e têm-se alterado no tempo. Assim, em Munique e na Baviera (Alemanha), ela começa na festa da Epifania, 6 de janeiro (dia dos Reis Magos), enquanto em Colônia e na Renânia, também na Alemanha, o carnaval começa às 11h11min do dia 11 de novembro (undécimo mês do ano). Na França, a celebração se restringe à terça-feira gorda e à mi-carême, quinta-feira da terceira semana da Quaresma. Nos Estados Unidos, festeja-se o carnaval principalmente de 6 de janeiro à terça-feira gorda (mardi-gras em francês, idioma dos primeiros colonizadores de Nova Orleans, na Louisiana), enquanto na Espanha a quarta-feira de cinzas se inclui no período momesco, como lembrança de uma fase em que esse dia não fazia parte da Quaresma. No Brasil, até a década de 1940, sobretudo no Rio de Janeiro, as festas pré-carnavalescas se iniciavam em outubro, na comemoração de N. Sra. da Penha, crescia durante a passagem de ano e atingia o auge nos quatro dias anteriores às Cinzas — sábado, domingo, segunda e terça-feira gorda. Hoje em dia, tanto em Recife (Pernambuco), quanto em Salvador (Bahia), o carnaval inclui a quarta-feira de cinzas e dias subseqüentes, chegando, por vezes, a incluir o sábado de Aleluia.

Carnaval no Brasil. Nem um décimo do povo participa hoje ativamente do carnaval— ao contrário do que ocorria em sua época de ouro, do fim do século XIX até a década de 1950. Entretanto, o carnaval brasileiro ainda é considerado um dos melhores do mundo, seja pelos turistas estrangeiros como por boa parte dos brasileiros, principalmente o público jovem que não alcançou a glória do carnaval verdadeiramente popular. Como declarou Luís da Câmara Cascudo, etnólogo, musicólogo e folclorista, "o carnaval de hoje é de desfile, carnaval assistido, paga-se para ver. O carnaval, digamos, de 1922 era compartilhado, dançado, pulado, gritado, catucado. Agora não é mais assim, é para ser visto".

Entrudo. O entrudo, importado dos Açores, foi o precursor das festas de carnaval, trazido pelo colonizador português. Grosseiro, violento, imundo, constituiu a forma mais generalizada de brincar no período colonial e monárquico, mas também a mais popular. Consistia em lançar, sobre os outros foliões, baldes de água, esguichos de bisnagas e limões-de-cheiro (feitos ambos de cera), pó de cal (uma brutalidade, que poderia cegar as pessoas atingidas), vinagre, groselha ou vinho e até outros líquidos que estragavam roupas e sujavam ou tornavam mal-cheirosas as vítimas. Esta estupidez, porém, era tolerada pelo imperador Pedro II e foi praticada com entusiasmo, na Quinta da Boa Vista e em seus jardins, pela chamada nobreza... E foi livre até o aparecimento do lança-perfume, já no século XX, assim como do confete e da serpentina, trazidos da Europa.

O Zé-Pereira. Em todo o Brasil, mas sobretudo no Rio de Janeiro, havia o costume de se prestar homenagem galhofeira a notórios tipos populares de cada cidade ou vila do país durante os festejos de Momo. O mais famoso tipo carioca foi um sapateiro português, chamado José Nogueira de Azevedo Paredes. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foi ele o introdutor, em 1846, do hábito de animar a folia ao som de zabumbas e tambores, em passeatas pelas ruas, como se fazia em sua terra. O zé-pereira cresceu de fama no fim do século XIX, quando o ator Vasques elogiou a barulhada encenando a comédia carnavalesca O Zé-Pereira, na qual propagava os versos que o zabumba cantava anualmente: E viva o Zé-Pereira/Pois que a ninguém faz mal./Viva a pagodeira/dos dias de Carnaval! A peça não passava de uma paródia de Les Pompiers de Nanterre, encenada em 1896. No início do século XX, por volta da segunda década, a percussão do zé-pereira cedeu a vez a outros instrumentos como o pandeiro, o tamborim, o reco-reco, a cuíca, o triângulo e as "frigideiras".

As fantasias. O uso de fantasias e máscaras teve, em todo o Brasil, mais de setenta anos de sucesso — de 1870 até início do decênio de 1950. Começou a declinar depois de 1930, quando encareceram os materiais para confeccionar as fantasias — fazendas e ornamentos –, sapatilhas, botinas, quepes, boinas, bonés etc. As roupas de disfarce, ou as fantasias que embelezaram rapazes e moças, foram aos poucos sendo reduzidas ao mais sumário possível, em nome da liberdade de movimentos e da fuga à insolação do período mais quente do ano.

E foram desaparecendo os disfarces mais famosos do tempo do império e início da república, como a caveira, o velho, o burro (com orelhões e tudo), o doutor, o morcego, diabinho e diabão, o pai João, a morte, o príncipe, o mandarim, o rajá, o marajá. E também fantasias clássicas da commedia dell’arte italiana, como dominó, pierrô, arlequim e colombina — de largo emprego entre foliões e que já não tinham razão de ser, depois que a polícia proibiu o uso de máscaras nos salões e nas ruas... Aliás, desde 1685 as máscaras ora eram proibidas, ora liberadas. E a proibição era séria, bastando dizer que as penas, já no século XVII, eram rigorosíssimas: um proclama do governador Duarte Teixeira Chaves mandava que negros e mulatos mascarados fossem chicoteados em praça pública, e brancos mascarados fossem degredados para a Colônia do Sacramento...

Quer saber mais? Este link vai te revelar mais curiosidades sobre o carnaval História do Carnaval

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Galo da Madrugada vem ai!



O Galo da Madrugada é um bloco carnavalesco que sai todo sábado de carnaval do bairro de São José, um dos bairros do centro da cidade do Recife, capital estado de Pernambuco, nordeste do Brasil.

É considerado pelo Guinness Book - o livro dos recordes - o maior bloco de carnaval do mundo. Em 2009, o desfile do bloco Galo da Madrugada, no centro do Recife, arrastou mais de 2 milhões de foliões. O bloco foi criado por Enéas Freire1978 e surgiu na rua Padre Floriano nº 43, no bairro de São José.

O trajeto do Galo começa em frente ao Forte das Cinco Pontas, passando pela Avenida Dantas Barreto, Praça Sérgio Loreto, Rua da Concórdia (via mais estreita), e terminando na Avenida Guararapes.

Vários barcos se posicionam no Rio Capibaribe para acompanhar a passagem do bloco.

A movimentação de pessoas no centro do Recife no sábado de carnaval do Galo da Madrugada dura todo o dia. Os foliões começam a chegar de manhã - por volta das 7 horas da manhã - e o bloco tem sua saída oficial por volta das 10 horas; os trios elétricos tocam até cerca de 18 horas e até a noite ainda sobram muitas pessoas voltando para casa ou seguindo direto para outra aglomeração de carnaval do Recife, a maioria delas localizadas no perímetro do Recife Antigo.

O Galo da Madrugada é composto por carros alegóricos, freviocas e vários trios elétricos (cerca de vinte e sete em 2009).

O principal ritmo tocado no bloco é o frevo, mas vários outros ritmos são executados pelas dezenas de trios que cruzam a cidade animando os foliões.

Como Funcionam os Guindastes de Torre


O guindaste é provavelmente invenção grega ou romana, da qual não existem registros anteriores ao século I a.C. Os grandes monumentos de pedra anteriores a essa época – as pirâmides do Egito, por exemplo – foram edificados sem auxílio de nenhum mecanismo de suspensão

A maior parte do conhecimento sobre os guindastes antigos vem dos escritos do arquiteto romano Vitrúvio (século I a.C.) e de Héron de Alexandria (século I d.C.). O mais simples dos guindastes descritos compunha-se apenas de uma única estaca fincada no chão, que era erguida e sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, prendia-se a roldana por onde corria a corda utilizada para suspender os materiais. Essa corda era normalmente operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base.

Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Apesar de a carga poder ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à direita ou à esquerda, sem o guindaste se desequilibrar, era muito restrito. Além disso, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro problema era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada etapa da construção. Os construtores medievais conseguiram superar a maioria desses problemas.

A força humana - utilizada para fazer funcionar o molinete – permaneceu insubstituível até o advento das máquinas a vapor.

Embora exista uma grande variedade de guindastes em uso, essas máquinas podem ser divididas em dois grupos principais: os guindastes de ponta e os de lança. Qualquer modelo, porém, utiliza numerosos acessórios para os trabalhos de suspensão: nos ganchos de aço adaptam-se redes, tramas, cordas, cabos de aço, etc. Para operar com materiais a granel, de pequeno porte, mas soltos e em grande quantidade (tais como minérios ou grãos), os guindastes são equipados com uma garra (ou concha) composta de duas mandíbulas articuladas.

O funcionamento de um guindaste depende de uma relação matemática entre a força utilizável no cabo de aço e o ângulo em que se encontra o material a ser erguido. A segurança de toda a operação, bem como a capacidade da máquina, subordinam-se sempre a essa relação matemática.

Os modelos mais indicados para uso interno em grandes galpões, tais como os de oficinas de usinagem, usinas siderúrgicas e outros tipos de fábricas, são os elétricos de ponte rolante. O guindaste propriamente dito movimenta-se de um lado para o outro sobre uma ponte que atravessa toda a largura da área de trabalho.

Ao contrário dos guindastes de ponte tradicionais, os de lança são quase sempre autônomos, destinados à utilização ao ar livre e impulsionados por motores diesel, ao invés de elétricos. A lança oferece grande mobilidade para realizar as operações, porque tanto pode ser erguida ou baixada verticalmente quanto girar horizontalmente, em círculo, acompanhando sua superestrutura.

Em quase todos os modelos de guindaste, a maior parte da ação de levantamento de carga é executada por um ou mais cabos de aço que se enrolam em um tambor situado dentro da superestrutura.

Quando o solo é plano e firme, os guindastes de lança movimentam-se usualmente sobre pneumáticos. Em solos instáveis ou irregulares, porém, costumam apoiar-se sobre esteiras, como as dos tanques militares.

Importante para todos os tipos de guindastes, o problema do equilíbrio torna-se crítico nos modelos de torre, muito empregados na construção civil. Sua torre serve de suporte para um braço horizontal que se prolonga em direções opostas e em comprimentos distintos. A extremidade mais curta do braço possui um contrapeso; na outra, o mecanismo de suspensão movimenta-se sobre um trole. A capacidade de carga aumenta à medida que o trole trabalha mais próximo da torre central.

Serviços portuários de carga e descarga de navios valem-se de diferentes equipamentos, especialmente destinados a trabalhos específicos. Contudo, um dos guindastes de emprego mais generalizado em docas é o que possui a lança conectada com um braço articulado, ou seja, o modelo mais conhecido como grua.

Outro tipo de guindaste comum nos portos é o de garra, especialmente projetado para a carga e descarga de material a granel. Sua lança assemelha-se a uma meia ponte que se projeta para fora do cais, permitindo que os navios atraquem embaixo do trole que conduz o mecanismo de suspensão da garra. Assim, a garra desce verticalmente até os porões das embarcações, recolhe e ergue o material. Depois, o trole leva a garra com o material para o interior do cais onde a carga é depositada.

Em estaleiros há guindastes com mais de 120 metros de altura que suspendem 1500 toneladas numa única operação.

Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

A Origem da Expressão “Uai”


Segundo o odontólogo Dr. Sílvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que os incentivou a lhe pesquisar a origem.

Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação provavelmente confiável.

Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam- se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana.
Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos.

Lá de dentro, perguntavam:
- Quem é ? – e os de fora respondiam:
- UAI – as iniciais de ‘União, Amor e Independência’ .
Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes.

Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as pessoas das Alterosas.

Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporaram ao vocabulário cotidiano, quase tão indispensável como ‘tutu’ e ‘trem’. Uai sô…

A material acima saiu no Jornal Correio Brasiliense.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

7 Curiosidades Sobre Adolf Hitler



1. Hitler era austríaco, acredita? Ele nasceu numa cidadezinha chamada Braunau am Inn localizada no norte da Áustria, que na época do nascimento de Hitler fazia parte do Império Áutro-Húngaro. Ele só se tornou cidadão alemão em 1932.

2. Hitler foi um sobrenome gerado pelo erro de um padre. O pai de Hitler era filho ilegítimo e, por isto, não tinha o sobrenome de seu pai. Depois que o avô de Hitler morreu, o pai dele conseguiu que um sacerdote lhe concedesse o reconhecimento da paternidade. Na hora de escrever o nome, trocou Hiedler por Hitler. Daí ficou assim mesmo.

3. Hitler reprovou um ano e deixou a escola aos 16. Sabe por quê? Seu pai queria que ele fosse um tipo de servidor público, Hitler queria ser… adivinha… pintor (não é de parede e sim de quadros). Depois que seu pai morreu, Hitler deixou a escola e foi se aventurar em Viena às custas da pensão que recebia por causa do pai. A Academia de Belas Artes de Viena rejeitou sua filiação duas vezes, argumentando que ele tinha mais talento para Arquitetura. Mas não é que Hitler conseguiu vender várias de suas pinturas?

4. Hitler foi um soldado que combateu na Primeira Guerra. Em 1918, já no final da Guerra, Hitler chegou a um hospital de campanha vítima de um ataque com gás mostarda (Sabe quem produzia este gás para os alemães na II Guerra? A Bayer). Alguns psicólogos dizem que, embora o gás pudesse causar cegueira, Hitler ficou cego por três dias como resultado de uma conversão histérica. Traduzindo: era algo criado por sua mente.

5. Hitler escreveu um livro chamado Mein Kampf (Minha Luta) que serviu de base ideológica para todas as suas loucuras. Ele queria tanto que seu livro fosse lido que dava cópias dele até como presente de casamento.

6. No dia 20 de abril de 1945, enquanto o exército soviético ia entrando em Berlim, Hitler comemorava seu 56º aniversário no seu abrigo. Um de seus generais mandou distribuir chocolates às tropas em honra ao aniversário do Führer.

7. Para garantir que o cianureto que tomaria para se matar era eficiente, Hitler fez um teste em sua cachorra. A coitadinha morreu, é claro.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Fazer malabarismo ajuda no bom desenvolvimento da mente



O malabarismo é a arte de manipular objetos com destreza. Ou executar um gesto complexo, lidando com situações difíceis e instáveis sem perder o domínio e o controle, usando um ou mais objetos, onde os métodos de manipulação não são misteriosos (como no ilusionismo). É uma das mais típicas artes de circo, apesar de não ser necessariamente relacionada a ele em sua história. A origem do malabarismo é incerta, mas há registros que indicam ser uma arte praticada desde a antigüidade.

Em geral malabaristas, dividem suas técnicas em categorias, agrupando o que realizam em função dos materiais que manejam, sejam estes: massas( clavas), bolas, aros, diabolos, etc...

Você certamente já tentou com laranjas ou bolas de tênis, não conseguiu passar da segunda laranja sem deixar tudo cair no chão, e deixou o exercício para lá. Mas se houver motivação suficiente, como a esperança de uma namorada impressionada ou de um trocado suado no sinal de trânsito, você e os meninos de rua conseguem aprender a manter três bolas no ar durante um bom minuto. Como?

“Graças a mudanças funcionais no cérebro”, seria a resposta tradicional. Uma vez adulto, o cérebro não mudaria mais sua estrutura, embora continuasse capaz de alterar seu funcionamento, enquanto aprende uma nova palavra e seu significado ou como dedilhar um instrumento musical. Um simpático estudo alemão publicado na revista Nature, no entanto, mostra que o cérebro é capaz de fazer ainda mais: sua estrutura muda, sim, com o aprendizado.

Arne May e colaboradores, na Universidade de Regesburg, Alemanha, pediram à metade de um grupo de 24 jovens voluntários que aprendesse a manter três bolinhas no ar durante ao menos um minuto, naquela manobra clássica do malabarismo em que as mãos se alternam para jogar bolinhas para o alto, na frente do rosto. Antes de começar o treino, todos os voluntários — mulheres, na maioria — submeteram-se a uma sessão de ressonância magnética, para registrar em detalhes a estrutura pré-malabarismo de seus cérebros.

Passados três meses, durante os quais as jovens ficaram craques em manter as bolinhas no ar, todos os voluntários, novos malabaristas ou não, passaram por outra sessão de ressonância magnética, em busca de alterações estruturais em áreas do córtex cerebral que pudessem participar do novo talento. Resultado: enquanto o cérebro dos não-malabaristas não mostrava alteração alguma, duas regiões no córtex de todos os novos malabaristas tinham aumentado uns 3% de tamanho.

As duas regiões aumentadas com a prática da manutenção de bolinhas no ar participam do processamento visual: uma é responsável pela visão de movimento dos objetos, a outra pela sua localização espacial. Curiosamente, os pesquisadores não encontraram nenhuma alteração em áreas corticais responsáveis pelos movimentos das mãos. Por que não? “Aprender malabarismo envolve principalmente a percepção de objetos em movimentos e a antecipação de sua nova localização espacial a cada momento”, sugere a equipe, “e um controle motor apenas bom, o que todos os nossos voluntários já tinham.” Portanto, o treino deve levar a alterações em regiões visuais do córtex, e não em regiões motoras.

E se o treino com as três bolinhas faz regiões do córtex expandir, a interrupção do treino faz com que essas regiões… voltem ao normal. Após o exame que constatou a expansão cortical, os pesquisadores pediram aos novos malabaristas que não tocassem mais nas bolinhas: durante outros três meses, eles não deveriam nem praticar, muito menos tentar melhorar seus dotes com uma quarta bolinha.

Findos os três meses sem treino, todos os voluntários passaram novamente pela ressonância magnética para medir o tamanho daquelas áreas que haviam aumentado. Quem não havia aprendido malabarismo continuou com tudo bonitinho, do mesmo tamanho. Os que haviam aprendido mas deixaram de praticar ainda tinham uma ligeira expansão daquelas duas regiões do córtex visual, mas a expansão era mais discreta: pouco mais de 1% em relação ao estado inicial. Ou seja: as áreas visuais que provavelmente participaram do aprendizado estavam voltando às origens.

E as habilidades malabarísticas dos voluntários também. Para seu desapontamento — mas nenhuma surpresa –, eles agora deixavam as bolinhas cair no chão. Sinal de que a expansão do córtex não só é função do aprendizado, como também pode ser a diferença que permite a execução bem-sucedida da tarefa.

Mas além de demonstrar que o cérebro adulto ainda é capaz de mudar sua estrutura, o maior feito da equipe talvez seja confirmar o que neurocientistas de várias especialidades já vêm pregando há tempos: “seu cérebro/neurônios/sinapses: use-os ou perca-os”. A massa adicional de córtex — não se sabe se composta por novas conexões, células gliais ou, quem sabe, até por novos neurônios — adquirida com o aprendizado do malabarismo só se mantém enquanto servir para alguma coisa. Pare de praticar e seu córtex desaprende.

E então só resta começar tudo de novo. Mas com um consolo: em três meses de prática, as regiões necessárias do córtex deverão conseguir expandir de novo, e seus dotes malabarísticos serão recuperados. E aí, que tal ir correndo buscar três laranjas na geladeira e ver se você consegue expandir seu córtex visual?

Fontes: pt.wikipedia.org www.portal3d.com.br

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Você sabe o que é "Navalha de Ockham"



Uns dizem que Guilherme de Ockham (ou William de Ockham) foi o último dos pensadores medievais, outros, que ele foi o primeiro dos pensadores modernos. Seja como for, é deste frade franciscano do século XIV a honra de demarcar a virada do pensamento escolástico medieval em direção ao pensamento científico moderno.

Guilherme de Ockham (algumas vezes grafado Occam) nasceu no vilarejo de Ockham, na Inglaterra, entre 1280 e 1300. Completou seus estudos na Universidade de Oxford, onde lecionou por algum tempo, posteriormente mudando-se para Paris. Em 1324 foi chamado pela primeira vez diante do Papa para prestar contas por suas idéias pouco ortodoxas. Quatro anos depois foi excomungado devido ao seu apoio ao grupo conhecido como "Os Espirituais", a ala extremista da Ordem Franciscana que se opunha à opulência da Igreja, e fugiu para a corte do Imperador Luís em Munique (um rival do Papa), onde viveu até sua morte, possivelmente em 1349.

Ockham poderia ser classificado como empirista e cético. Empirista por defender a necessidade da experimentação como fonte do conhecimento, em oposição à crença corrente de que o verdadeiro conhecimento só poderia ser obtido pelo uso da razão pura; e cético, na medida que dizia ser impossível provar a existência de Deus através de qualquer ferramenta racional (embora não fosse por isso um descrente). Ao pregar a separação entre a religião e a razão, Ockham traçou uma linha divisória entre os assuntos da fé e da razão e permitiu libertar a filosofia, berço comum de todas as ciências, da teologia.

Hoje em dia o nome de Ockham se encontra imortalizado no famoso argumento dialético de sua autoria conhecido por "Navalha de Ockham", o princípio de que diante de duas teorias que explicam igualmente os fatos observados, a mais simples é a correta. A seguir analisamos um pouco melhor esta e outras idéias filosóficas de Ockham.

O pensamento de Ockham

Platão acreditava que existiam dois mundos, um mundo invisível ao homem constituído de idéias ou formas e o nosso próprio mundo constituído de objetos e coisas. As propriedades de um objeto em nosso mundo (cor, consistência, brilho, beleza, etc) seriam conseqüências da forma deste objeto no mundo das formas ou idéias. Por exemplo, uma cadeira poderia possuir algumas ou todas as propriedades da forma "cadeira" (serve para sentar, possui encosto, tem quatro pernas, etc) existente no universo das idéias. O homem somente poderia apreciar e tocar os objetos e coisas, mas deveria se lembrar que este não é o universo real. É sobre isso que trata a famosa alegoria da Caverna de Platão, onde pessoas acorrentadas numa caverna de costas para a entrada são capazes de ver somente as sombras projetadas pelo mundo externo e por isso acreditam que estas sombras são as coisas reais e que não há nada além da caverna. Como conseqüência, Platão acreditava que as coisas em nosso mundo eram irreais e imperfeitas, tanto mais irreais e imperfeitas quanto mais se distanciassem de sua forma do mundo das idéias (é fácil entender assim, o sentido original da palavra "ideal"). Daí, Platão negava que qualquer conhecimento verdadeiro pudesse advir da observação da natureza e da experiência, e que tentar aprender com o que os nossos sentidos nos mostram seria o mesmo que tentar aprender algo a partir das sombras na caverna. A razão e somente ela, segundo Platão, possibilitaria o conhecimento.

Aristóteles, discípulo de Platão, manteve em sua filosofia os universais (como eram conhecidas as formas) de seu mestre, mas acreditava que estas podiam ser alcançadas pelo exame e comparação das coisas em nosso mundo. Graças principalmente a Tomás de Aquino, que tomou a filosofia de Aristóteles e a conformou segundo a ótica cristã, esta visão prevaleceu no mundo medieval.

Ockham por outro lado era um Nominalista, ou seja, acreditava que os universais dos quais falavam Platão e Aristóteles não passavam de nomes, palavras, definições. O que importava para Ockham era o concreto, o palpável, o objeto passível de experimentação. O conhecimento deveria vir da experiência, dos sentidos, pois não poderia existir uma idéia sem que uma experiência sensível a gerasse. Este foi o nascedouro de uma discussão que se arrastou por séculos e ainda se arrasta dividindo empiristas e racionalistas.

Como decorrência de seu empirismo, Ockham acreditava que não se poderia produzir nenhuma prova racional da existência de Deus. Deus seria uma experiência sensorial e acreditar Nele dependeria da fé, e da fé somente. Divorciando a razão e a fé, Ockham prestou um inestimável serviço à filosofia e as ciências que dela nasceriam. Mas visto que o principal papel da filosofia na Idade Média era o de fornecer uma base lógica para a teologia, Ockham também prestou um igual serviço à teologia, que livre da obrigação de tentar justificar-se racionalmente, pode alçar vôos mais extravagantes. Em nome da fé tudo passaria a ser possível e o céu (literalmente) seria o limite.

Como franciscano, Ockham acreditava na tese de que Jesus em vida não havia tido posses e que portanto a Igreja e seus seguidores deveriam despojar-se de todos os bens materiais e viver na pobreza. Ockham, que se bom franciscano só devia possuir a túnica que vestia (tudo além disso seria uma extravagância), parece ter aplicado este ideal franciscano à filosofia e propôs retirar dela toda redundância, todo o peso extra, tudo o que lhe fosse supérfluo. Ockham em suas obras escreveu: "Pluralitas non est ponenda sine neccesitate" (Entidades não devem ser multiplicadas além do necessário), ou seja, é inútil fazer com mais o que pode ser feito com menos. Os estudiosos dos séculos posteriores aplicaram este pensamento ao método científico e uma versão modificada desta frase se tornou conhecida por "Navalha de Ockham".

Sobre a Navalha de Ockham

A Navalha de Ockham da maneira como foi popularizada pela ciência (um tanto diversa da sua formulação original) diz que entre duas teorias que explicam igualmente os mesmos fatos, a mais simples é a correta. Em outras palavras, se uma explicação simples basta, não há necessidade de buscar outra mais complicada. A Navalha também é conhecida por "Princípio da Economia".

Um exemplo clássico do uso deste principio pode ser visto na discussão histórica em torno da estabilidade do Universo. Isaac Newton, um gênio da física mas também um homem profundamente místico, estava convencido de que os planetas não poderiam permanecer imutavelmente em suas órbitas sem a interferência de Deus. Imaginava o Universo como um relógio (uma invenção relativamente moderna em sua época), o qual Deus teria posto em movimento na Criação e que precisava ser corrigido de tempos em tempos, tal qual um relógio que precisa de corda para continuar funcionando. Sem Deus agindo como um relojoeiro celeste, calculara Newton, os planetas, acabariam arrefecendo seu movimento devido às mútuas influências gravitacionais, desviando-se de suas órbitas até colidirem entre si. Foi somente um século depois de Newton, que Pierre Simon de Laplace mostrou, com a ajuda de métodos matemáticos de aproximação, que se os planetas não se desviavam de suas órbitas era porque as interferências gravitacionais entre eles se compensavam e anulavam-se a longo prazo. Quando indagado por Napoleão sobre por que Deus estava ausente de sua teoria, Laplace respondeu: "Sire, não precisei desta hipótese".

Laplace havia aplicado a "Navalha de Ockham" à sua cosmologia: entre duas teorias, uma que exigia a existência de uma superentidade vigilante para criar e manter o universo em movimento e outra que podia conter os fenômenos observados sem incluir hipóteses adicionais, Laplace escolheu a segunda, aquela com o mínimo de suposições necessárias para explicar todos os fatos observados, ou seja, aquela com o menor número de "razões suficientes".

Logicamente Isaac Newton não desconhecia a Navalha de Ockham, até mesmo tinha sua própria versão dela: "Não se deve admitir mais causas às coisas da natureza que aquelas que forem tanto verdadeiras quanto suficientes para explicar sua aparência."

Utilizando a Navalha de Ockham no estudo do paranormal.

Todas as alegações de fenômenos paranormais têm algo em comum: entre duas hipóteses que explicam igualmente os fatos "paranormais" observados, uma baseada em conhecimento bem fundamentado pela ciência e outra envolvendo seres de outros planetas, espíritos, anjos, demônios, magia, campos de energia misteriosos, ou simplesmente forças físicas desconhecidas, muitos preferem a segunda, mais "complicada", do que a primeira, mais "simples".

Um exemplo (dos mais pitorescos): Muitos querem crer que os círculos nas plantações inglesas (crop circles) têm sido feitos por alienígenas interessados em se comunicar conosco. Em 2001 foi encontrado na Inglaterra um círculo que reproduzia a mensagem enviada pelo radioteléscópio de Arecibo ao espaço em 1974 como parte do programa SETI (Search for Extraterrestrian Intelligence). A mensagem reproduzida no círculo era idêntica à original, exceto que os dados relativos à raça humana, como o DNA e uma figura humana, tinham sido trocados por dados e uma figura supostamente alienígenas. Enquanto os ufólogos ficaram exultantes, os cientistas do programa SETI disseram que o tempo necessário para que o sinal enviado em 1974 chegasse à estrela mais próxima (na direção em que o sinal foi enviado) mais o tempo que uma suposta raça inteligente levaria para vir desta estrela até a Terra seria muito maior do que o tempo decorrido desde a transmissão. Ou seja, mesmo que exista uma raça extraterrestre inteligente (o que é justamente o que quer descobrir o projeto SETI), ainda é cedo para que respondam a transmissão iniciada em 74. Seria mais fácil, disseram os cientistas, aceitar o fato de que aquele círculo, como outros, havia sido feito por pessoas em busca de aventura ou reconhecimento. Mas então os ufólogos replicaram (5thworld.com/Chilbolton/ChilboltonCode.html) dizendo que isto é apenas uma prova de que os alienígenas já estão entre nós há muito mais tempo do que supomos, provavelmente desde o início da vida humana. Bem, isso não é realmente um impedimento lógico, mas vemos que se aceitamos a hipótese dos aliens, somos obrigados também a incorporar o fato de que eles existem entre nós e que podem estar disfarçados como nossos vizinhos (ou isso, ou reformulamos as leis da física para que seja possível viajar numa velocidade maior do que a da luz). Mais adiante quando confrontados com a dificuldade de que, dada a diversidade que a vida pode assumir, seria uma coincidência incrível que estes aliens se parecessem com a figura humanóide retratada no círculo, os ufólogos responderam que uma raça suficientemente avançada para viajar pelo espaço, e que já se encontra na Terra há milhares de anos, certamente dominaria a engenharia genética necessária para alterar conforme seu desejo a vida local (nós). Resumindo: empurrados pela lógica através do tortuoso pensamento ufológico, a "hipótese alien" nos deixou nas mãos, não apenas alienígenas casuais, mas alienígenas vivendo entre nós, que alteraram geneticamente a vida na Terra para que nos desenvolvessemos à sua imagem e semelhança, e que a despeito de tanta tecnologia e disposição se comunicam com a raça humana através de códigos em plantações.

Eis o problema em se ser pródigo em pressupostos e ir além do estritamente científico.

Algumas advertências sobre o mau uso da Navalha

Como todo princípio científico mal compreendido e vulgarizado pela repetição (E=mc2, entropia, caos, herança genética, etc), a Navalha de Ockham se tornou um bordão utilizado indevidamente por leigos e por céticos ansiosos demais em descartar explicações incomuns.

Quando se diz que a teoria mais simples é a correta não se quer dizer que a teoria mais fácil de se entender é a correta. Em primeiro lugar porque simplicidade é um critério pessoal e subjetivo. Além disso a natureza certamente não tem vocação para a simplicidade; apesar de algumas leis fundamentais da física serem expressas de forma surpreendentemente simples (como as leis de Newton), isto não significa que a explicação mais simples seja sempre a correta, ou que seja correta num número maior de vezes. Na verdade, à medida que nos aprofundamos nos terrenos da física quântica ou da cosmologia, ocorre justamente o contrário e as explicações tornam-se cada vez mais complexas. Por isso é preciso compreender que a Navalha de Ockham não trata de descartar hipóteses só porque são mais difíceis de entender. O que ela propõe é que se descarte as hipóteses que em igualdade de condições com outras, possuem mais suposições ou mais pressupostos, já que quanto mais suposições, maior a chance de que alguma delas esteja errada.

Sendo assim, o princípio da economia de Ockham se revela uma diretriz, não uma regra; uma indicação de qual caminho seguir, não um sentido obrigatório; ou seja, apenas bom senso sistematizado, que no fundo é tudo do que trata o método científico.