sexta-feira, janeiro 29, 2010

Buraco negro no centro da Via Láctea




Após 16 anos de estudos, astrônomos alemães, juntamente com pesquisadores do Instituto Max-Planck para Física Extraterrestre, confirmaram que há um enorme buraco negro no centro da Via Láctea, galáxia onde fica a Terra.

O release do estudo, publicado na página do Max-Plank, conta que os especialistas rastrearam, por 16 anos, o movimento de 28 estrelas que circulam no centro da galáxia e conseguiram até medir a massa do buraco negro.

As órbitas estelares no centro da galáxia mostram que a concentração central de massa de 4 milhões de massas solares é um buraco negro, acima de qualquer dúvida.

Os buracos negros são objetos cuja gravidade é tão forte que sequer a luz lhes consegue escapar, por isto, são vistos como objetos extremamente perigosos de se lidar.

Embora os estudos lhes ratifiquem o poder destrutivo, absolvem-lhes pelo poder criativo: o cientista Robert Massy, da Sociedade Real Astronômica, confirma que as galáxias se formam em volta de buracos negros gigantescos e sem eles, dificilmente haveria concentração de massa suficiente para tal formação.

Não se assuste, todavia, com a comprovação do evento. Os pesquisadores do Max-Planck também calcularam a distância do centro da Via Láctea, onde está o buraco negro, para a Terra, e chegaram à grandeza de 27 mil anos-luz: não há probabilidade científica de a Terra cair nele.

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Entrevista - TV NAÇÃO (Meu amigo e cantor)



Tony Maciel


É um cantor e compositor que possui influências da MPB e da Pop Music, além de grandes artistas nordestinos, podendo citar como exemplo, Luiz Gonzaga. O trabalho traz como base o violão, característica da MPB e Bossa Nova, e tem a junção de elementos percussivos, dando uma influência pop e ao mesmo tempo alternativa ao seu som. Iniciou sua carreira em coral e, logo em seguida, começou a compor e a criar suas próprias músicas. Como compositor, Roberto Carlos é a sua grande referência: “sempre admirei o fato de não ser apenas autor de música romântica, gosto dos sambas que ele já escreveu e desse lado eclético, de ser Bossa, Rock in Roll...”. Começou a cantar pela necessidade que sentia em mostrar o que escrevia.

Quer conhecer mais sobre Tony Maciel seu blog:http://tonymacielrecortes.blogspot.com/

terça-feira, janeiro 26, 2010

A Doença Mais Antiga do Mundo




Atualmente, médicos e especialistas têm conhecimento acerca de inúmeras doenças, de todas elas a mais antiga é a hanseníase. Os primeiros registros dessa doença datam de 1350 a.C.. Apesar de ser muito antiga, o tratamento eficaz da doença só foi descoberto no começo dos anos 80, com o desenvolvimento da poliquimioterapia.

A hanseníase é provocada pela bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como Hansen, ela agride principalmente os nervos e a pele, podendo, em estágios mais graves, resultar em deformações. A lepra, como era conhecida, consome, resseca, agride e penetra na pele, deforma nervos, músculos e ossos.

No início ela provoca uma dor quase insuportável que logo passa e é substituída pela perda da sensibilidade e dos movimentos. O nome foi alterado por causa do preconceito com o qual os portadores da doença eram tratados, no Brasil a lepra passou a ser conhecida como hanseníase.

Em números absolutos de hanseníase, o Brasil é o segundo país no ranking, perdendo somente para a Índia.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Você sabe o que é PLANEJAMENTO?



Um garoto de 12 anos entra num bordel arrastando um gato morto por um barbante. Coloca uma nota de 50 no balcão e diz:

Quero uma mulher!


A cafetina, olhando para ele, responde: - Você não acha que é um pouco jovem para isso?


Ele baixa uma segunda nota de 50 no balcão e repete: - Quero uma mulher!


Tá certo, - responde ela. Senta aí que vem uma dentro de meia hora.


Ele põe outra nota de 50: - Agora! E ela tem que ter gonorréia!


A cafetina pergunta por que, mas ele saca mais uma nota de 50 e repete: - Gonorréia!


Alguns minutos depois chega uma mulher..


Eles sobem a escada (ele arrastando o gato morto).


No quarto ela faz seu trabalho... quando eles estão saindo, a cafetina pergunta: - Tudo bem, mas por que você queria alguém com gonorréia?


Quando eu voltar para casa, vou transar com a babá, e quando o papai voltar para casa, ele vai levar a babá para casa dela e vai transar com ela. Quando ele voltar para casa, vai transar com a mamãe, e amanhã de manhã, depois que o papai sair para o trabalho, a mamãe vai transar com o leiteiro.... aquele filho da puta que atropelou meu gato!!!


ENTENDEU O QUE É PLANEJAMENTO?

É aquilo que fode com todo mundo para se atingir um objetivo.

Tenham todos um ótimo fim de semana!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

sábado, janeiro 23, 2010

Insatisfeito (Aumente o som e Ouça em Braile)

sexta-feira, janeiro 22, 2010

A importância da foto no currículum!!!!!

presado Cenhor,


Quero candidatarme pra o lugar de ceqretária que vi no jornau. Eu teclo muito de pressa con um dedo e fasso contas ben.


Axo que sou boa ao tefone em bora seija uma peçoa sem muito extudo.


O meu salario tá aberto há discução pra que o cenhor possa ver o que mi pode pagar e o Cenhor axar qui eu meresso.



Pósso comessar imediatamente. Agradessida em avanso pela sua resposta.



Cinceramente,



Catia Vanessa Silva



PS: Como o meu currico é muinto piqueno, abaicho tem 1 foto minha.



Resposta do Empregador:

Querida Catia Vanessa,

O emprego é seu. Nós temos correção automática no word.

Compareça já amanhã...

Beijos!!!

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Martelo meu pensar



Martelo meu pensar


Martelo;
Centauro;
Sentado o vento sopra longe do acaso das virgens que sonham por quem nunca há de chegar.

Martelo;
Asfalto;
Vem vento descalço, sem roupas. Desnudo! Sem culpa da culpa que me foi doada em forma de peste e demência do que há por lá.

Martelo;
Tempo;
Asilo;
Pecado, combinação de cofre arrombado, sem nada para ver de fato valioso, pois vida se esvai com ou sem rimas de virgens que sonham pecados entre seus rins.

Pecados no asfalto! Loucos de pedra que rasgam dinheiro e comem merda como se fossem deuses dessa vida morta moderna.

Martelo quebrado;
Cabeça quebrada;
Escândalo calado;
Martelo minha vida, sem tempo, sem vida de fato. O tédio, a impotência da morte é meu martelo, que martelo meu pensar.

Marcos Henrique.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Como Funcionam Os Vasos Sanitários




Pressionar a alavanca de descarga puxa uma corrente que libera a válvula de descarga.

Cerca de 7,5 litros (2 galões) de água correm da caixa de descarga para o vaso em aproximadamente três segundos. A válvula de descarga, então, volta a seu lugar.

Esse fluxo de água ativa o sifão do vaso.

O sifão suga tudo que está no vaso para o cano de esgoto.

Enquanto isso, o nível de água na caixa de descarga diminui e a bóia desce.

A queda da bóia aciona a válvula de reenchimento.

A água flui através da válvula de reenchimento e reenche a caixa.

Quando a caixa de descarga fica novamente cheia, a bóia sobe, e quando alcança determinada altura, a válvula de reenchimento desliga.

Se alguma coisa der errado e a válvula de reenchimento continuar acionada, o tubo de transbordo (ladrão) impede que a água inunde o banheiro.

Que aparelho maravilhoso!

Fonte: hsw.uol.com.br

segunda-feira, janeiro 18, 2010

O Edifício Mais Alto do Mundo ( Anova Torre de Babel que não caiu)



O mundo esticou o pescoço diante da Burj Dubai, a obra mais alta já construída pelo homem, inaugurada em Dubai nesta segunda (4). De concreto e aço por dentro, e vidro e alumínio por fora, sua altura oficial foi um segredo bem guardado até o último segundo: 828 metros.

Na comparação com outro prédio famoso – o Empire State, de Nova York, com 443,2 metros –, seria preciso botar dois “Empires”, um em cima do outro, para chegar à altura da torre de Dubai. O prédio mais alto do Brasil é o Mirante do Vale, no centro de São Paulo, com 170 metros. Uma Burj vale quase cinco Mirantes.

Um casal de visitantes brasileiros tem que fazer ginástica para encaixar o prédio na foto. “(É a) pequenez e a grandeza do homem ao mesmo tempo. Pequeno pelo tamanho e a grandeza de ter construído tudo isso”, comenta o pesquisador Renato Penteado.

“Eu sempre falo: o Brasil é o que Deus fez, a natureza do verde, do mar, da água. Aqui, não. Aqui é o que o ser humano consegue construir”, elogia a fisioterapeuta Maritza Steffenhagen.

A Burj Dubai ganha até da natureza brasileira: o Morro do Corcovado mede 710 metros. Com a estátua do Cristo Redentor chega a 748 metros. Nem assim supera o ediíficio árabe.

A torre pode ser vista a 95 quilômetros de distância, tem 167 andares e 12 mil operários trabalharam na construção. E muitos ainda cuidam de detalhes, como o nome oficial, Burj Khalifa. Burj quer dizer torre em árabe, e Khalifa é uma homenagem ao presidente dos Emirados Árabes. Mas todo mundo chama de Burj Dubai mesmo.

Fonte: G1.globo.com

sábado, janeiro 16, 2010

Eu, meu corpo e minha poesia



Eu, meu corpo e minha poesia


É difícil ser o que todos querem, nas esquinas tudo soa fácil e nada pode nós deter. Eu vi o que eu queria para mim e isso doeu tanto.

Eu quero ser eu;
Eu quero ter corpo, quero ter vida, mas nada me habita.

Talvez uma cor mais clara possa me dizer o que sempre quis ouvir, mas o carimbo para o lado bom quebrou, só restou burocracia.

Eu quero tentar, quero sorrir, quero ter fé, mas tudo é tão, injusto...

Há certas coisas que não devem ser questionadas, só cumpridas, só cumpridas e com o tempo tudo ficara melhor, todo ficara mais claro, tudo e eu nada. Tudo...

Estou melhor depois do desabafo que fiz, às vezes é bom se confessar, obrigado por tudo o que você não fez isso me ajudou a ver o mundo mais claro.

Eu sempre fugi, mas nunca encontrei, pois o que busco esteve sempre aqui, bem aqui, bem dentro de mim.


Marcos Henrique

sexta-feira, janeiro 15, 2010

A muralha da China é visível do espaço?



“A Grande Muralha da China é a única obra humana que pode ser vista do espaço a olho nu.” Tudo isso foi por água abaixo quando em 2004, o primeiro astronauta chinês a ficar em órbita na Terra, Yang Liwei, declarou que a Muralha da China não era visível naquelas condições.

A NASA anunciou que o que eles achavam que fosse a construção era, na verdade, o traçado de um rio entre as montanhas, tendo reconhecido publica e oficialmente que a Grande Muralha da China não é visível do espaço sem ajuda de aparelhos.

Aliás, segundo a Academia de Ciências da China (ACC), outras grandes obras, como as pirâmides do Egito ou até mesmo a hidrelétrica de Itaipu podem ser vistas do espaço de acordo com alguns fatores: as condições atmosféricas, a capacidade de interpretar as estruturas vistas da órbita terrestre e, obviamente, a localização do observador.

Fonte: www.brasilescola.com

quarta-feira, janeiro 13, 2010

O que significa a palavra “Status”?




Statu quo é uma redução da expressão latina [in] statu quo [ante], que significa, literalmente, “no mesmo estado em que se encontrava antes”. A diplomacia teria sido o principal responsável pela difusão da expressão, empregada principalmente para referir-se às condições em que tudo se encontrava antes de determinado fato. Por exemplo: duas nações que se engajam numa guerra de fronteiras

podem concordar em cessar fogo desde que as duas partes voltem ao statu quo ante – entenda-se, às posições territoriais que ocupavam antes do início do conflito (notem que aqui, devido à idéia temporal, o advérbio latino ante pode ser usado, se quisermos).

Pouco a pouco, esta expressão, além de “estado anterior”, passou também – e principalmente – a significar o estado atual, a situação vigente, ou, no jargão dos anos 60, o sistema. É o que vemos nas frases abaixo:

“Enquanto Marat e Sade são personagens pró-revolução (Marat na revolução externa, política, e Sade, na interna, erótica), Napoleão é o reacionário, que representa o statu quo.”

“As tendências da esquerda brasileira e seus aliados ainda agem, infelizmente, como se a agremiação devesse limitar-se a contestar o statu quo, tal como ocorrera até o final dos anos 70.”

Estranhamente, diz o dicionário Aurélio XXI que a forma status quo seria preferível a statu quo. Essa é também a lição de alguns dicionários ingleses, mas não tem qualquer razão de ser. Na expressão latina completa – in statu quo ante -, a palavra status (em Latim, “o estado”) não aparece no nominativo, mas no ablativo statu, e como tal deve figurar na forma reduzida. Para quem perdeu o seu Latim, acrescento: teríamos status se a palavra fosse aqui o sujeito; contudo, temos statu porque é um adjunto adverbial (que corresponde, grosso modo, ao ablativo latino).

Status, usado isoladamente, é vinho de outra pipa: é um latinismo usado até na linguagem coloquial, com o significado de (1) situação, estado ou condição ou (2) grau elevado de distinção e prestígio social:

São Paulo estuda a possibilidade de reivindicar o status de cidade internacional.
Há dois anos apenas, portar um telefone celular era um indiscutível símbolo de status.

Tanto statu quo, quanto status, devem ser colocados entre aspas ou escritos em letra de destaque (itálico ou negrito). Agora, faço questão de reproduzir a cáustica advertência dos irmãos Fowler para quem gosta de empregar expressões latinas: “Ninguém deve usá-las se não tiver certeza de que não estará, assim, apenas proclamando sua ignorância”.

terça-feira, janeiro 12, 2010

RIR FAZ BEM !



RIR FAZ BEM !




O segredo da minhoca


O avô observa o neto brincando no quintal e vai perguntar o que ele está fazendo.


O neto diz:- Enfiando as minhocas de volta para a toca delas...


- E como é que você consegue, meu neto, o bicho é todo molenguento?


- É segredo vovô!


- Te dou dez reais para você me ensinar a fazer isso.


- Bem eu passo laquê, espero secar esticando a minhoca... aí é só colocar no buraco.


- Toma os dez reais...


No dia seguinte o avô chega para o neto, tira cem reais do bolso e dá pro neto..


- Tá ficando esquecido, vô? O senhor já me deu os 10 reais.


- Eu sei. Esses 100 foi a tua vô quem mandou...

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Trecho de Poemas Suicidas - Diário de um Moribundo



Coração - músculo vazio


Meu músculo não bate, não bombeia, não me ajuda em nada, se ele não faz nada, para que usa-lo? Para que senti-lo?

Socorro! Socorro! Meu músculo é um tolo, meu tolo, só você se entusiasma com tamanho esforço! Não precisa se preocupar pode ir, vá! Quando você bombeia sangue para mim, acho que é só nas horas que a vejo, meu doce anjo, é só nessas horas que percebo que você está lá, não só lhe percebo como todo o resto, meu corpo inteiro, sai o sangue frio e entra o morno que logo fica frio, logo fica morto.

Meu anjo prostituto; procuro o crescimento, me sinto mais profundo, me sinto cada dia mais perto das vozes que me assustam gritam quase me deixando surdo. Tenho um anjo aqui comigo, aquele que foi banido, aquele lindo anjo que outro dia chorou para mim, minha Ruth, meu anjo sem céu, meu céu sem estrelas, sem lua cheia, minha Ruth, como anseio por ela nessa noite sem estrelas.

Encontrei uma palavra antiga que nunca usei, fiquei feliz por uns instantes, fiquei eufórico, mas logo cessei, n
Negritoão posso usá-la, nunca poderei, que droga!

Só me resta escrever meu lixo, me resta passar para o papel meu desprezo, meus anseios, minha falta de pudor.

VIII


Jogado ao mar de sêmen no cio ovulante como uma coelha parideira, ouço o som do sexo, é só a lembrança que tenho.

Minha úlcera incomoda quando me masturbo, vomito quando ejaculo, uma mistura de dor e prazer me acolhe como a um filho.

A geladeira está como meu estômago, vazia e ferida, estou com fome e sono. Meus parasitas não deixam meu rosto, é o rosto do desgosto, meu corpo se alegra por ainda sentir prazer e se entristece por toda dor.

Meu amor ainda não chegou, torço para que ela não tenha sofrido com sua profissão de risco, pelo menos não nessa noite tão feia, só a tenho para me dar o belo, não quero curar suas feridas hoje, só quero tentar amá-la.

Quero deitar com ela sem dormir, sentir seu cheiro me faz lembrar do que sempre esqueço, sem ela, só há para mim vazio e olhos negros me vigiando, torcendo por mais uma queda.

Hoje vou amá-la, eu juro que vou tentar, hoje não tem a lua para me amedrontar. Eu temo tanto, acho que meu coração não suportaria mais, não esse tipo de dor.

Sinto frio me consumindo o peito, me cortando como uma navalha, me moendo os ossos, me deixando tonto, fora da razão, que razão? É simples e complexo, é luxo, aconchego, fornicação, desejo, medo, solidão, um turbilhão de sentimentos que não domino, não domino...

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Sabia que a Voz Envelhece?



A voz é um som produzido pela vibração do ar que é retirado dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas cordas vocais sofrendo alterações influenciadas pela boca, lábios e língua.

Como as demais partes do corpo, a voz também envelhece. Este envelhecimento é provocado pela ação natural do desenvolvimento do organismo onde há o engrossamento das cordas vocais, a redução de movimentos das articulações, alterações hormonais e emocionais, maus hábitos, calcificação das cartilagens, atrofia da musculatura laríngea e a perda da capacidade pulmonar.

O período de melhor desempenho vocal está entre os 25 e os 40 anos de idade, mas pode haver exceções quando se possui boa saúde física e psicológica, além de fatores genéticos, sociais, ambientais e raciais.

As alterações vocais também podem variar de acordo com o sexo. Pessoas do sexo masculino tendem a iniciar o processo de alteração vocal por volta dos 30 anos de idade, enquanto pessoas do sexo feminino semente iniciam este processo por volta dos 50, quando ocorrem alterações no organismo decorrentes à menopausa.

  • Para evitar o envelhecimento vocal ou atrasá-lo é necessário:
  • Usar a voz corretamente;
  • Beber no mínimo dois litros de água por dia;
  • Evitar bebidas destiladas;
  • Evitar o fumo e a cafeína;
  • Evitar falar alto ou baixo, rápido, descompassadamente e por muito tempo;
  • Evitar pigarrear.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Trecho de meu livro Poemas Suicidas - Diário de um Moribundo



UMA BRISA FRIA VINDA DO INFERNO ME REFRESCOU O ROSTO


- Vamos comer – disse Ruth com um sorriso angelical.
- É claro, estou morto e com fome também – falou Pablo rindo.
- Sabe; eu estava no supermercado pensando em tudo que aconteceu – disse Ruth.
- Tudo o que? – perguntou Pablo curioso.
- No modo como a gente se conheceu, como estamos hoje e... – Ruth, parou de falar por uns instantes, deixando Pablo ainda mais curioso.
- Como assim? – disse Pablo pegando um pouco da comida que Ruth lhe havia preparado.
- Esse nosso modo de viver Pablo, não é tão legal – disse Ruth com um semblante meio triste.
- Nossa vida? Vivemos e só Ruth; sem regras impostas para nós por essa sociedade hipócrita que mata em nome da paz; isso é uma piada, somos nossos deuses, não esses homens que falam palavras doces e cagam veneno em nós – disse Pablo olhando Ruth.
- Mas Pablo, você quer um filho, isso mudaria nossas vidas, teríamos que mudar – disse Ruth tocando a mão de Pablo.
- Ruth, eu quero realmente um filho seu, mas não seria um bom pai, então eu já fiz minha escolha, eu queria muito que fosse você, porque eu te amo, te amo tanto que chego a ficar enjoado, e quando você está longe, me sinto como se estivesse com abstinência e isso faz meu estômago doer muito – disse Pablo, olhando Ruth como se pudesse enxergar sua alma.
- Você é o cara mais louco que eu conheço Pablo – disse Ruth.
- Olha Ruth, eu não tenho nada contra Deus, mas se ele nos deu livre arbítrio, fiz minha escolha – disse Pablo, acariciando o rosto de Ruth.
- Eu tenho medo de te perder Pablo, muito medo – disse Ruth com os olhos cheios de lágrimas.
- Você não vai me perder, somos um só, e quando eu for, não irei de verdade, estarei sempre dentro de você, Ruth, eu sou seu câncer e você minhas víceras, somos poluição e nada, somos um Ruth, e não precisamos de um corpo para continuar assim – disse Pablo com um brilho nos olhos.


Tive que mentir para ela; mas numa coisa eu não menti; eu amo do fundo de meu inferno e do auge de minha lucidez.

Está quente aqui, não importa, no inferno também está, como eu queria gritar e correr! Correr! Correr! Então me cansaria e assim que passasse o cansaço voltaria a correr, igual ao tempo em que corria livre pela casa da vovó, lá tinha sorvete, bicicletas, vídeo game e um grande televisor colorido, mas tinha também saudade.

Quarenta e seis dias;
Quarenta e seis vidas;
Quarenta e seis mortos num desastre;
Quarenta e seis drogados, fogem do centro de reabilitação;
Quarenta e seis, é um numero grande para ser escrito rápido;
Quarenta e sete crianças nascem; mas a minha nem foi fertilizada; esperar, logo, logo você vira meu doce sonho.

Tive um sonho negro, era dia e o sol não brilhava, era dia, mas ventava, com a brisa da noite, a lua saiu em pleno meio dia e estava na cor de sangue, um homem grávido saiu das nuvens com uma grande lança manchada de...

Acho que era uma espécie de sangue preto; demônios furiosos o seguiam, suas caudas eram longas, suas vestes profanas, tinham tantos anjos enforcados, todos com suas asas cortadas, era assustador, uma garota morta com suas viceras expostas era abusada sexualmente.
Tudo era loucura, tudo era tortura, homens e mulheres pulavam de precipícios. Velhas; mulheres muito velhas, davam a luz a criaturas deformadas.
Eu me levantei e vi um grande trono vazio, não podia ajudar, não tinha forças, era inútil e triste.

Eu gritei o mais alto que pude, eu gritei tanto que cheguei a sangrar, ah, pai! Minha dor não foi o suficiente, tudo foi destruído, não restou mais nada na terra, nem um ser vivo, então veio a paz e o diabo chorou tanto que soluçou, uma brisa fria e triste veio do inferno e me tocou a face, então acordei.

Ouvi sons de línguas estranhas, vozes tristes e roucas, vozes trêmulas, vozes falhas, eram tantas que não podia entende-las, só pude sentir suas dores, ouve um grande grito, e então, aquele homem grávido tinha dado a luz, quando me aproximei, para meu espanto, o bebê tinha meu rosto, eu já estava acordado e mesmo assim via tudo com uma clareza aterrorizante, então chorei; tentei fazer uma oração, mas havia esquecido como se fala com o criador. Escrevi algo para que pudesse me acalmar:


XII


Meu doce lar, minha doce esposa sem rosto, meu filho deformado, meu cão raivoso, essa é minha família, nela me fortaleço e esqueço de todos os problemas do mundo normal.

Quero colocar meu filho no colo e dar-lhe de comer, amamentá-lo com meus mamilos atrofiados, ele crescerá lindo e forte, serei todo orgulho e todo presente.
Minha esposa é linda, é compreensível, passo horas admirando sua beleza, gosto de lhe acariciar os cabelos e sentir seu seio.

A família perfeita é utópica, minha família é minha e verdadeira, sou um guardião, sou pai, sou marido, sou feliz em meu trono decadente, aqui posso ser eu mesmo.

(continua...)

terça-feira, janeiro 05, 2010

Apnéia do Sono



O termo apnéia refere-se à interrupção da respiração pela boca e/ou pelo nariz, por um período maior do que 10 segundos. Normalmente, durante o sono, ocorrem alguns episódios de apnéia, mas quando esses episódios são muito freqüentes e prolongados, a ponto de interferirem na qualidade do sono da pessoa, configura-se o quadro denominado Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS).

Existem basicamente três tipos de apnéia:

* Apnéia central: não ocorre entrada e nem saída de ar dos pulmões porque a pessoa não faz nenhum esforço para respirar.
* Apnéia obstrutiva: a pessoa tenta respirar, mas não consegue porque alguma região da garganta está obstruída.
* Apnéia mista: inicialmente a pessoa não faz esforço para respirar; depois, quando começa a tentar respirar, não consegue porque existe uma obstrução.

A SAOS é uma doença relativamente comum, atingindo cerca de 2% das mulheres e 4% dos homens, na idade adulta. Muitas dessas pessoas são roncadoras, mas frequentemente não suspeitam da doença porque os sintomas são muito inespecíficos e poderiam ser explicados por outros problemas. A doença é crônica e progressiva e causa repercussões neurológicas e comportamentais. A associação com a obesidade é marcante.
Por que ocorre?

A SAOS é causada pelo fechamento anormal da via aérea, durante o sono. Os músculos que fazem parte da garganta auxiliam na fala e na alimentação, porém exercem também um papel fundamental na respiração, pois mantêm as vias aéreas superiores abertas e permitem a passagem do ar.

Se durante o sono esses músculos relaxam-se de maneira inadequada, ou se a garganta é muito estreita, o fluxo de ar é parcialmente obstruído. Esse fenômeno resulta no famoso ronco, e também em uma redução do fluxo de ar para os pulmões. Quando esse fechamento da via aérea é completo, ocorre a parada de todo o fluxo de ar, originando a apnéia obstrutiva.

Essas paradas na respiração fazem com que ocorram alterações na quantidade de oxigênio no sangue e com que a pessoa faça um esforço maior para respirar. O cérebro detecta esses problemas, e faz com que a pessoa acorde, o que leva à contração dos músculos da garganta, levando à sua abertura e permitindo o fluxo do ar. A pessoa volta a dormir rapidamente, e nem percebe que acordou. Ao dormir novamente, ocorre o mesmo processo de novo, e esse ciclo pode repetir-se por dezenas de vezes durante a noite. Todos esses fatores fazem com que a pessoa tenha um sono de má qualidade.

Nos indivíduos obesos, o peso da gordura do pescoço associa-se ao relaxamento da musculatura, favorecendo a ocorrência dos episódios de apnéia obstrutiva. Além disso, algumas drogas podem tornar esses episódios mais freqüentes e de maior duração: álcool; calmantes; anestésicos; narcóticos (morfina, codeína).
Quais são os sintomas?

Os principais sintomas da SAOS são os roncos e a sonolência diurna, porém muitos pacientes não percebem esses sintomas. A sonolência diurna é explicada porque os vários episódios de apnéia que levam o paciente a acordar fragmentam o sono e impede que o mesmo progrida para as fases mais profundas, aquelas nas quais o descanso é maior. Com isso, o sono do paciente não é reparador, fazendo com que ele sinta muito sono durante o dia.

Outros sintomas da síndrome são:

* Acordar com sensação de sufocamento, ofegante;
* Acordar com dor no peito ou desconforto;
* Acordar pela manhã com a boca seca ou dor de garganta;
* Acordar confuso;
* Dor de cabeça ao acordar;
* Alterações da personalidade;
* Dificuldade de concentração;
* Problemas de memória;
* Impotência sexual;
* Acordar frequentemente durante a noite para urinar;
* Suar muito durante a noite;
* Irritabilidade.

Como é feito o diagnóstico?

O médico suspeita da doença frente ao relato dos sintomas acima descritos. É importante que o companheiro compareça à consulta, pois ele pode fornecer informações importantes sobre o sono do paciente. De posse de todas essas informações, o médico então solicita um exame chamado “Polissonografia”, que consiste na observação do sono do paciente.

A polissonografia avalia os seguintes dados:

* A quantidade de oxigênio no sangue, durante a noite;
* A freqüência cardíaca e o eletrocardiograma;
* O esforço que a pessoa faz para respirar e o fluxo de ar que entra para os pulmões;
* A duração das várias fases do sono;
* A posição na qual o paciente dorme;
* O movimento das pernas durante o sono.

Esse exame permite o diagnóstico da SAOS.
Como é feito o tratamento?

O tratamento é definido especificamente em cada caso, pois vai depender dos sintomas e de sua gravidade, e também dos resultados da polissonografia. Existem alternativas não-cirúrgicas e cirúrgicas.

Entre os tratamentos não-cirúrgicos, podemos destacar:

1) Terapia Comportamental

Consiste em mudanças dos hábitos de vida, o que pode reduzir significativamente a gravidade da doença. É importante que o médico que acompanha o paciente, saiba que ele é portador da síndrome, de maneira a evitar a prescrição de medicamentos, indutores da ocorrência dos episódios de apnéia. Outro aspecto importante é que essas mudanças dos hábitos de vida não levam à cura da doença, e frequentemente outros tratamentos são necessários.

As medidas recomendadas incluem:

* Perda de peso;
* Evitar o consumo de álcool pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
* Evitar medicamentos que favorecem a ocorrência da apnéia;
* Dormir de lado, evitando dormir de barriga para cima;
* Evitar o consumo de refeições pesadas antes de dormir;
* Evitar fumar pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
* Evitar ficar sem dormir;
* Procurar manter horários regulares de dormir e acordar;
* Elevar a cabeceira da cama aproximadamente 15-20 cm .

2) Dispositivos de Ventilação

Esses dispositivos são representados pela chamada “Ventilação com pressão positiva contínua” (CPAP). Esses aparelhos mantêm uma pressão constante na via aérea, fazendo com que a garganta fique sempre aberta, durante o sono. São utilizados na forma de máscaras que se adaptam ao nariz e à boca. O aparelho deve ser usado sempre que o paciente for dormir, e é bem tolerado pelos pacientes, desde que a máscara adapte-se bem. A melhora do quadro é significativa e rápida.

3) Prótese Dentária

Funciona elevando a mandíbula e retendo a língua, durante o sono, evitando que a mesma “caia” e obstrua a garganta.

Quanto ao tratamento cirúrgico, a traqueostomia já foi indicada como de primeira escolha. Ela consiste na realização de uma abertura na traquéia, na região anterior do pescoço, comunicando a via aérea diretamente com o ar atmosférico. Porém, é um procedimento cirúrgico e apresenta riscos e complicações, de forma que atualmente é indicada apenas em casos mais graves e em pacientes selecionados. Outras técnicas de cirurgia podem ser utilizadas, dependendo do caso, devendo as opções ser discutidas com seu médico.

Fonte: boasaude.uol.com.br

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Poesia de meu livro Deus e o diabo me odeiam (heterônimo)




Ó!


Eu. Dia claro e minha alma está escura, não tem sacrários mais aqui, expulsei todos os indesejáveis dias claros; só esse que me desobedece e torna, me trás um recado que não quero ouvir.

Meu doce azedume, minha vã vida derradeira, meu espaço mínimo, minha tortura não passageira, és escárnio de minhas vísceras.

Ó! Sorte derradeira!

Ó! Azar que se aloja aqui e jaz, aqui e sempre, em minha doce alma morta.


Cecílio Martins
Recife 02 outubro de 1932.

sábado, janeiro 02, 2010

A História da Invenção do Avião



A História da Invenção do Avião

A cena: Paris, a “Cidade-Luz”, capital da França, exibindo suas aspirações e frutos de uma continuada e, ainda, efervescente Revolução Industrial e Cultural. O ano: 1906, o dia: 23 de outubro, às 16h45min; inúmeras pessoas, com os seus chapéus nas mãos, vibrando, acenando ao alto, extasiadas pelo que presenciavam, enquanto Santos Dumont cruzava, em vôo, o Campo de Bagatelle, com o seu Mais-Pesado-Que-o- Ar: o 14-Bis.

Este relato descreve, de forma sucinta, o motivo de comemorarmos em 23 de outubro, o Dia do Aviador. Porém, sua importância vai além de representar apenas a data magna da Aeronáutica – aqui entendida como a Ciência da Navegação Aérea – e da Força Aérea Brasileira. Essa data é carregada de inquestionável valor histórico; porém para desfilarmos seus motivos, torna-se imprescindível falarmos do ilustre brasileiro Alberto Santos Dumont.

Toda história teve início quando, aos 24 anos de idade, o jovem engenheiro de formação e ascendência francesa, Dr. Henrique Dumont conheceu a jovem Francisca de Paula Santos e, se casaram, a 6 de setembro de 1856, na cidade de Ouro Preto-MG.

Em 1872, o Dr. Henrique Dumont foi contratado para trabalhar na construção da Ferrovia Pedro II, posteriormente conhecida como Estrada de Ferro Central do Brasil, que ligaria o Rio de Janeiro a Minas Gerais, particularmente o trecho localizado na Serra da Mantiqueira.

Para não ficar longe da família, o Dr. Henrique trouxe sua esposa, os cinco filhos, instalando-se em uma casa próxima às obras, na Fazenda Cabangu, entre os Distritos de João Ayres e João Gomes; local onde nasceu, a 20 de julho de 1873, data em que o Dr. Henrique completava seus 41 anos, o sexto, dos oito filhos do casal, batizado como Alberto Santos Dumont.

Concluída as obras em 1875, a família Dumont mudou-se para a cidade de Valença-RJ e, posteriormente, em 1879, para Ribeirão Preto-SP, onde se estabeleceu na Fazenda Arindeúva, ocupando-se com plantio e beneficiamento de café, através da empresa Dumont Coffee Company.

Em 1891, Santos Dumont viajou com seus pais para Paris. Os dez últimos anos do século XX foram marcados por inúmeras evoluções tecnológicas, como o gramofone, a linotipia, a turbina a gás, o cinema e o cinerama.

O motor a gasolina, ou seja, de explosão, também conhecido como motor de combustão interna, era a sensação do momento, fazia o maior sucesso e, devido a isto, exposições da época mostravam-no em múltiplas versões e funcionando sob os mais variados princípios. Ao visitar uma dessas exposições, o então jovem Santos Dumont ficou fascinado, pois sempre se viu interessado em entender aquele mecanismo.

A família Dumont voltou para o Brasil e, juntamente, Alberto, mas não para ficar muito tempo, pois tinha em mente uma séria de idéias e concluíra que Paris seria o local ideal para colocá-las em prática.

Seu pai, que além de engenheiro era fazendeiro e abastado cafeicultor, fez todo o possível para facilitar o empreendimento do filho. Além de emancipá-lo com apenas 18 anos, deu-lhe, antecipadamente, sua herança, composta de ações e títulos de renda que lhe permitiram viver folgadamente e financiar, sem ajuda de terceiros, todas as suas experiências.

Em 1892, Santos Dumont voltou para Paris, disposto a aprender tudo sobre Mecânica e, em especial, sobre motores a explosão, objetivando colocar em prática um plano que vinha articulando desde criança.

Embora não primasse pela originalidade, o projeto era arrojado: consistia em criar um aparelho que permitisse ao homem voar, controlando o seu próprio curso.

Podemos acrescentar que, a passagem do século XIX, até, aproximadamente, os dez primeiros anos do século XX, marcou Paris com uma idéia e vontade fixa de grande parte da população: voar! Várias pessoas tentaram a proeza e tiveram um resultado final funesto, outras, com melhor sorte, apenas não obtiveram os resultados esperados. Muitos continuaram a tentar das mais diferentes maneiras.

Mas, até então, ninguém havia conseguido alçar vôo por seus próprios meios, manter-se no ar e, depois, retornar ao solo num aparelho dirigível, e era isso que Santos Dumont pretendia.

Na realidade, o projeto de Santos Dumont não era novo, pois já existiam balões.

Quando ainda menino, em Ribeirão Preto-SP, ele já ficava intrigado com os Sanhaços e Tico-Ticos que pousavam em seu quintal e depois ganhavam o ar, novamente, com a maior tranqüilidade, afinal – pensava ele – “as aves são pesadas e, se elas conseguem voar, por que não o homem?”.
EXPERIÊNCIAS INICIAIS

O primeiro balão construído por Santos Dumont não tinha motor, dependia do vento para deslocarse, mas acrescentou muito, no que tange o emprego de materiais, até então nunca utilizados. Ao vê-lo, houve muitos parisienses duvidaram do bom senso de Santos Dumont. O balão “Brasil”, como foi batizado, era diferente dos outros modelos conhecidos, tinha o formato esférico e um invólucro com diâmetro inferior a 5 metros, com capacidade para 113 m3 de gás; seu peso era de 15 kg e, a rede, que em outros balões chegava a pesar 50 kg, no “Brasil” não passava de 1.800 gramas; a barquinha, que geralmente pesava mais de 30 kg em outros balões, agora limitava-se a 6 kg, e como não bastasse toda essa economia de peso, até a âncora foi substituída por um arpão de ferro.

Mesmo com todas as previsões pessimistas, por ocasião de seu primeiro vôo, o menor aeróstato do mundo ganhou altura valentemente, provando que Santos Dumont, embora estreante, sabia muito bem o que fazia em matéria de construção aeronáutica. O sucesso do “Brasil” foi somente o primeiro passo. A dirigibilidade dos balões era o que realmente interessava a Santos Dumont; porém, para chegar a ela, teria que utilizar balões com propulsão própria.

Santos Dumont aprofundou seus estudos, concentrando-se, principalmente, em Mecânica e em motor de combustão interna, pelo qual se viu impressionado à primeira vista, tornando-o objeto constante de suas pesquisas, na busca de um motor ideal para propelir um veículo aéreo, com as seguintes características: pouco peso, muita força e o uso de combustível líquido, por ser mais fácil de ser transportado. O objetivo foi alcançado em 1897, quando construiu um motor de dois cilindros e o adaptou a um triciclo.

Depois de muitos estudos e planejamento, mandou construir um balão que foi batizado como “Santos Dumont Nº 1”, o primeiro de uma série de balões com a forma de “charutos voadores motorizados”. O número foi colocado propositadamente, para diferenciá-lo dos outros que certamente viriam, com inclusão de outras melhorias técnicas.

O novo balão foi criticado pelos especialistas da época. Segundo comentários, a seda japonesa utilizada na confecção do invólucro não era um material adequado para ser inflado com hidrogênio, um gás altamente explosivo. Além disso, instalar um motor a gasolina debaixo de um balão construído desta forma seria um verdadeiro suicídio, pois os gases quentes do escapamento fatalmente incendiariam o invólucro, fazendo explodir o hidrogênio.

Mais uma vez Santos Dumont estava certo. A 20 de setembro de 1898, depois de uma tentativa frustrada, o brasileiro pioneiro da aviação subiu aos céus e alcançou a altura de 400 metros, no comando do peculiar veículo que concebera. Ao pousar no mesmo ponto de onde partiu, deu prova definitiva que é possível impulsionar e dirigir uma embarcação aérea, mesmo contra o vento, em condições de absoluta segurança. Estava concluída mais uma etapa da conquista dos ares, a Ciência da Navegação Aérea.

Aberto o caminho, faltava explorá-lo, e Santos Dumont lançou-se com afinco à tarefa, construindo um balão após outro e realizando com eles, toda sorte de experiências, as quais lhe permitiram desvendar, gradualmente, os mistérios da navegação em veículos mais-leves-que-o-ar.

A cada novo balão que construía, Santos Dumont acrescentava aperfeiçoamentos, cuja falta se fizeram sentir no modelo anterior e, assim, os seus aparelhos iam se tornando cada vez mais funcionais e seguros.

No ano de 1900, o milionário francês Henri Deustsch de la Meurth, entusiasta e mecenas da aviação, lançou um desafio aos construtores de dirigíveis: quem conseguisse partir do Campo de Saint-Cloud, fazer a volta em torno da Torre Eiffel e retornar ao local de partida, no prazo de trinta minutos, sem tocar ano solo, faria jus a um prêmio 125.000 francos.

Pilotando o seu mais recente balão, o “Nº 6”, Santos Dumont levantou vôo do Campo de Saint- Cloud, a 19 de outubro de 1901, em disputa do prêmio que recebeu o nome de seu idealizador: Deustsch.

Antes do fim do prazo estipulado estava de volta. Dos 125.000 francos, distribuiu 50.000 entre os seus mecânicos e auxiliares. A outra parte, 75.000, foi entregue à polícia parisiense para ajudar os necessitados; ao autor da façanha coube, apenas, a satisfação de ter demonstrado, diante de uma assistência oficial, que o dirigível era um veículo perfeitamente manejável e seguro. Ainda, por ocasião deste feito, somou-se um outro prêmio, conferido a Santos Dumont pelo governo do Brasil, constituído de uma medalha de ouro assinada pelo então Presidente da República (1898-1902), Dr. Manoel Ferraz de Campos Sales (1841-1913); acompanhada do prêmio, em espécie, de 100 contos de réis, equivalente, na época, a 125.000 francos.

Depois do “Nº 6”, Santos Dumont construiu vários outros balões: o “Nº 7”. Projetado e construído exclusivamente para corridas, era uma obra-prima de elegância: delgado, esguio, alcançava a velocidade de 80 km/h; entretanto, nunca chegou a competir, pois não apareceram concorrentes com disposição e capacidade para enfrentá-lo.

O “Nº 8” não existiu, pois Santos Dumont era bastante supersticioso, e evitava este número devido ao acidente ocorrido com o dirigível “Nº 5”, no dia 8 de agosto (oitavo mês do ano); então, em decorrência disto, saltou do 7 para o “Nº 9”.

O dirigível “Nº 9”, conferiu a Santos Dumont grande popularidade, pois abandonou sua antiga regra de segurança, passando a transportar pessoas de um lado para outro de Paris. Este gesto simpático, aliado à sua acanhada compleição física (1,50 m de altura e 50 kg), tornou-o carinhosamente conhecido como “Le Petit Santos”.

Para não ter de esvaziar os seus dirigíveis após cada vôo, em 1905 projetou e mandou construir um grande hangar, em Neuilly, Paris, que foi, aliás, o primeiro do mundo, onde recolhia seus “charutos voadores”, até a experiência seguinte, economizando tempo e dinheiro a ser gasto, com hidrogênio, para inflá-lo novamente.

O sucesso alcançado pelo “Nº 9” no transporte de pessoas, levou-o a projetar e construir um dirigível especialmente destinado para este fim. Surgiu, assim, o “Nº 10”, maior que todos os anteriores e chamado pelo próprio Santos Dumont de dirigível “Omnibus”. Seu invólucro tinha capacidade vinte vezes maior que a do primeiro balão, o “Brasil”, mas a potência de seu motor não ultrapassava 25 cavalos de força.

Já convicto da superioridade do veículo mais-pesado-que-o-ar sobre o balão dirigível, assim como todos os aeronautas da época, Santos Dumont passou a estudar a constituição física dos pássaros, o formato dos seus corpos e os movimentos que as aves faziam durante o vôo.
O 14-BIS

Depois de empreender catorze projetos, alguns não tendo apresentado os resultados esperados, além de passar dezenas de horas em vôo, Santos Dumont concluiu que os aeróstatos – forma genérica que designava os balões e os dirigíveis – eram lentos demais e, que para vencer a resistência do ar e voar mais depressa, teria que criar um aparelho mais pesado que o ar.

Então, Santos Dumont assim o fez: planejou, construiu o seu “Mais-Pesado-Que-o-Ar” e iniciou uma série de testes, que incluíram verificação de eficiência, comportamento no ar e estabilidade, feito por intermédio de um cabo de aço esticado entre dois postes e, após içar seu engenho, fê-lo deslizar sobre aquele, puxado por dois burrinhos.

Cauteloso e prudente que era, Santos Dumont não quis levantar vôo, correndo riscos; entretanto, apesar de suas limitações, o balão ainda era o meio de transporte aéreo mais seguro que existia, de modo que o inventor aproveitou esta qualidade num aparelho misto, apenas para fins experimentais. Consistia no conjunto composto pelo dirigível “Nº 14”, ao qual foi atrelado o seu novo engenho, uma aeronave feita de bambu, com ligas, interseções e cantoneiras de alumínio, revestimento de seda japonesa e, com as seguintes medidas: 11,5 metros de envergadura (medida das asas, tomada de uma ponta à outra), 10 metros de comprimento e 290 kg. Este conjunto foi denominado pelos amigos e pessoas que costumavam assistir às experiências de Santos Dumont, de 14-Bis.

Mesmo tendo em mente o caráter provisório do conjunto, Santos Dumont o manteve, pois enquanto o balão “Nº 14” erguia o aeroplano, evitava acidentes e protegia de possíveis falhas durante a decolagem, aterrissagem e o mantinha no ar, permitindo que fossem realizados os testes de comportamento em vôo, sem riscos de queda.

Em julho de 1906, o aeroplano de Santos Dumont foi emancipado do balão “Nº 14”, porém seu nome permaneceu: 14-Bis; ocorrendo após isto, seus primeiros testes. Pouco depois, seu construtor o inscreveu para disputar o Prêmio Archdeacom.

Ernest Archdeacom, aficionado da aviação, estabeleceu um prêmio, no valor de 3.000 francos para o piloto que conseguisse voar 25 metros, com um aparelho mais-pesado-que-o-ar. O Aeroclube da França acrescentou mais 1.500 francos, como prêmio, para o piloto que conseguisse cobrir a distância de 100 metros em vôo.

Ficou estabelecida a manhã do dia 23 de outubro de 1906, para a realização da prova do concurso.

Apenas Santos Dumont se apresentou, juntamente com o seu 14-Bis; porém, como o aeroplano teve problemas de ordem mecânica em seu trem-de-pouso, nos momentos que antecederam a prova; esta foi adiada para a parte da tarde e, até lá, Santos Dumont empreendeu todos os seus esforços nos reparos de seu avião, não parando nem mesmo para almoçar.

Chegada a tarde e, já tendo executado os ajustes necessários, Santos Dumont e o 14-Bis, realizaram o feito. Grande multidão que se encontrava no Campo de Bagatelle, assistiu à conquista do Prêmio Archdeacom, quando o 14-Bis, depois de tomar embalo e percorrer, em vôo, 60 metros a 80 centímetros do solo.

Era a primeira vez, diante de uma comissão oficialmente constituída – a Comissão Fiscalizadora do Aeroclube da França – que um aparelho mais-pesado-que-o-ar se elevava do solo e tornava a descer, depois de ter cumprir um percurso previamente determinado, sem recorrer a outros meios, além de sua própria força motriz.

A imprensa mundial aclamou a vitória do brasileiro e, a partir de então, Santos Dumont tornou-se tema de noticiários e comentários em toda a Europa. Logo, porém, apareceram descrentes de sua façanha, alegando ter sido, o vôo do 14-Bis, um “salto”. A estes, Alberto Santos Dumont respondeu no mês seguinte, a 12 de novembro, ao conquistar, também, o prêmio oferecido pelo Aeroclube da França e, desta vez, não deixou margem para dúvidas: dos seus 24 cavalos de seu motorzinho, o 14-Bis cruzou, novamente, no céu, a distância de 220 metros, erguendo-se à altura de 6 metros. Inaugurando assim, de forma inequívoca e definitiva, a Centenária Era da Aviação.