Ó!
Eu. Dia claro e minha alma está escura, não tem sacrários mais aqui, expulsei todos os indesejáveis dias claros; só esse que me desobedece e torna, me trás um recado que não quero ouvir.
Meu doce azedume, minha vã vida derradeira, meu espaço mínimo, minha tortura não passageira, és escárnio de minhas vísceras.
Ó! Sorte derradeira!
Ó! Azar que se aloja aqui e jaz, aqui e sempre, em minha doce alma morta.
Cecílio Martins
Recife 02 outubro de 1932.
Recife 02 outubro de 1932.
Nenhum comentário:
Postar um comentário