quinta-feira, dezembro 30, 2010

PARA DESCONTRAIR!!!




No médico...


Um casal de aposentados vai ao médico fazer seu exame anual de saúde. Depois de tê-lo examinado, o médico diz ao velho:


- O senhor está com uma saúde excelente! O senhor tem algo em especial que gostaria de discutir comigo?


- De fato eu tenho! Depois de fazer sexo com minha mulher, na primeira vez, eu sinto muito calor e fico todo suado, mas na segunda vez eu sinto muito frio e tremo todo!


- Interessante! Vou anotar isso, e depois lhe dou um parecer. Aí o médico examina a mulher e termina dizendo:


- Sua saúde está excelente! A senhora tem algo em especial que gostaria de discutir comigo? Ela responde que não. O médico então acrescenta:


- Seu marido veio com um problema estranho... Ele me disse que a primeira vez que faz sexo com a senhora, ele sente calor e sua, e que na segunda vez ele sente frio e treme. A senhora imagina o que possa ser?


- Ah, é lógico! A primeira vez é em Janeiro e a segunda é em Julho!

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Sinistromano


Canhoto ou Sinistromano é a palavra usada para definir todas aquelas pessoas que são canhotas, ou seja, que se utilizam mais da mão esquerda para os seus afazeres, como por exemplo escrever, abrir uma lata de refrigerante, cortar um pedaço de carne com uma faca e etc, assim como os jogadores de futebol que se utilizam da perna esquerda para chutar a bola, como Rivelino, Gerson e Everaldo (ex-jogadores da seleção brasileira) e tantos outros jogadores que atuam no futebol mundial.(fatos&fotos)
Demografia:

Em 1977, aproximadamente 8 a 15% da população adulta era canhota. Estudos indicaram que canhotismo é mais comum em homens do que em mulheres. Canhotismo, em comparação com a população em geral, também aparenta ocorrer com mais freqüência em gêmeos idênticos, e diversos grupos de desordens neurológicas (como pessoas sofrendo de epilepsia, Síndrome de Down,[ autismo, retardo mental e dislexia). Estatisticamente, o gêmeo idêntico de um canhoto tem 76% de chance de ser canhoto, identificando a causa como parcialmente genética e parcialmente social. Pessoas do Sudeste Asiático, Leste Europeu, Sul da Ásia são mais comumente canhotas do que outros grupos étnicos pelo mundo, enquanto pessoas do Europa Ocidental, Europa Setentrional e África são menos comumente canhotas.

Canhotos famosos:

Apesar da opressão, existem muitas pessoas canhotas famosas, e a associação com o hemisfério direito do cérebro é dita ser mais ativa em canhotos, e geralmente é associada a genialidade e é correlacionada com habilidade artistica e visual.
Como o pensamento visual é muito mais promovido atualmente, canhotos não podem deixar de começar a ganhar mais e mais respeito. Também, em certos campos, canhotismo é vantajoso; por exemplo, em baseball, onde existem muito mais destros do que canhotos, é comum um batedor canhoto ser mais bem sucedido contra um lançador destro, do que um batedor destro contra um lançador destro. No futebol, jogadores canhotos são frequentemente mais habilidosos em se jogar com o pé esquerdo (apesar do fato de ser canhoto não implica necessariamente em ser "pé-direito"), o que faz com que eles sejam mais valiosos já que eles podem jogar melhor no lado esquerdo do campo do que jogadores destros. Interessantemente, no esporte de hockey de gelo, há um número muito maior de atiradores canhotos, e a maioria dos defensores de gol pegam com a mão esquerda (forçando muitos deles a atirarem com a mão esquerda também)
Na esgrima, um destro esgrimista é mais acostumado a ficar face à face com outro destro esgrimista simplesmente porque ser destro é mais comum. Um esgrimista canhoto está mais acostumado a ficar face à face com um destro pelos mesmos motivos. Então quando um destro esgrimista enfrenta um canhoto esgrimista, o destro não está acostumado a lutar com o canhoto, porém o canhoto está acostumado a lutar com o destro, causando em uma notavel vantagem. A mesma vantagem pode estar presente para a maioria dos esportes de um-contra-um.
Diversos esportes, como o futebol, privilegiam os canhotos para sua prática, em determinadas posições: Garrincha,Gerson. No boxe existe uma dificuldade natural para a defesa, pelos destros, ao lutarem contra canhotos: é como se o boxeador tivesse de lutar diante de um espelho.
Dentre os canhotos famosos, o gênio renascentista Leonardo da Vinci chegou a elaborar um sistema de escrita que durante muitos séculos permaneceu obscuro. Acreditava-se que era um código secreto usado pelo artista/inventor, a fim de ocultar suas anotações - e cuja decifração somente ele seria capaz de fazer. Entretanto, ao ser colocada diante dum espelho, constatou-se que era a escrita normal, feita da direita para a esquerda: Da Vinci, escrevendo com sua canhota, passara a grafar puxando o instrumento de escrita, tal como fazem os destros.
Outros canhotos famosos: Albert Einstein, Ramsés II, Napoleão Bonaparte, Charlie Chaplin, Mahatma Gandhi. No meio desses canhotos famosos não podemos esquecer também do nosso Americo Jacomino, um dos maiores violonistas já conhecido e Jimi Hendrix, considerado por muitos o melhor guitarrista de todos os tempos e muito menos de Airton Senna, um dos mais famosos canhotos do Brasil.

Lista de canhotos famosos:

Marcos Henrique (sim, sou eu mesmo o cara que posta nesse blog. : ) )
· Adolf Hitler, ditador alemão.
· Albert Einstein, cientista judeu
· Alexandre, o Grande, conquistador
· Angelina Jolie, atriz.
· Anthony Kennedy, político americano.
· Ayrton Senna, piloto brasileiro de F1
· Bill Clinton, (n.1946) - 42º presidente americano.
· Bill Gates, empresário, fundador da Microsoft
· Ben Stiller, ator
· Benjamin Franklin, inventor e político americano.
· Benjamin Netanyahu, político israelense.
· Bob Dylan, Músico.
· Bruce Willis, ator norte-americano
· Charlie Chaplin, ator.
· Chester Bennington, músico
· Christie Marie Melonson - Cantora de ópera
· Colin Powell, ex-secretário de defesa americano - General.
· Edgar Scandurra, músico vocalista e guitarrista do Ira!
· Eric Clapton, Músico.
· David Rockefeller - Empresário e banqueiro americano.
· Diego Armando Maradona - Jogador de Futebol argentino
· Eminem, músico.
· Friedrich Wilhelm Nietzsche, filósofo - Alemão.
· George H. W. Bush, (n.1924) - 41º presidente americano
· Gerald Ford, (n.1913) - 38º presidente americano.
· Greta Garbo, atriz sueca
· Herbert Hoover, (1874-1964) - 31º presidente americano - Há até uma represa com seu nome no Rio Colorado.
· Harry S. Truman, (1884-1972) - 33º presidente americano.
· Hugo Hoyama, mesa-tênista brasileiro.
· Hugo Rafael Chávez Frías, (1954-) - presidente da República Bolivariana da Venezuela.
· Isaac Newton, cientista ing
· James A. Garfield, (1831-1881) - 20º presidente americano.
· Jânio da Silva Quadros, político brasileiro
· Jean-Paul Boucher, Ator que atuou em peças na França, Itália e no Brasil.
· Jerry Seinfeld, Humorista - Americano.
· Jimi Hendrix, músico, considerado por muitos como um dos melhores guitarristas na época.
· Julia Roberts, atriz norte-americana
· Kiko Loureiro, músico, guitarrista do Angra.
· Leonardo da Vinci, cientista e pintor renascentista.
· Ludwig van Beethoven - Compositor alemão.
· Machado de Assis, escritor.
· Marilyn Monroe, atriz norte-americana
· Martina Navratilova, tenista
· Matt Dilon, ator norte-americano
· Monica Seles, tenista
· Michelangelo Buonarroti, pintor, escultor, poeta e arquitecto renascentista italiano.
· Milla Jovovich - atriz.
· Napoleão Bonaparte, imperador da França.
· Natalie Cole, cantora norte-americana
· Nicole Kidman, atriz australiana.
· Noel Gallagher, músico da banda Oasis.
· Norman Schwarzkopf - General comandante americano
· Oprah Winfrey, apresentadora norte-americana
· Paul Gray, músico (baixista do Slipknot)
· Paul McCartney, músico (ex-baixista e vocalista dos Beatles).
· Ringo Starr, músico (ex-baterista e vocalista dos Beatles).
· Tibério, imperador romano.
· Tom Cruise, ator.
· Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath.
· Ronald Reagan, (n.1911) - 40º presidente americano.
· Paul Simon, Simon & Garfunkel.
· Peter Fonda, ator norte-americano
· Robert Plant, Led Zeppelin.
· Joey Ramone,The Ramones.
· Janick Gers, Guitarrista do Iron Maiden
· Rainha Vitória, monarca inglesa.
· Rodrigo Scarpa(Vesgo), integrante do programa Panico na TV
· Shigeru Miyamoto, designer industrial e o mais famoso produtor de video-jogos, onde trabalha na Nintendo.
· Simone, cantora brasileira
· Tony Iommi Guitarrista do Black Sabbath
· Tilo Wolff, cantor alemão

Canhotos pensam mais rápido, diz pesquisa:

Uma pesquisa feita na Austrália indica que pessoas canhotas pensam mais rápido quando estão praticando certas atividades, como esportes ou jogando jogos de computador.

O estudo, da Universidade Nacional Australiana, indica que a transferência de informações entre os lados (ou hemisférios) direito e esquerdo do cérebro são mais rápidas em canhotos.
Nick Cherbuin, cientista que liderou a pesquisa, explicou que as pessoas tendem a usar os dois hemisférios para tarefas muito rápidas ou muito difíceis, e para tarefas que exigem muita informação, como jogos de computador, dirigir em ruas e estradas lotadas ou esportes.
No estudo, divulgado na revista especializada Neuropsychology, Cherbuin estabeleceu o tempo de transferência entre os dois lados do cérebro medindo os tempos de reação a pontos brancos que piscavam dos lados esquerdo e direito de uma cruz.
O pesquisador comparou estes resultados com a capacidade dos participantes de realizarem uma tarefa, encontrar letras semelhantes nos campos visuais da esquerda e da direita da cruz. Para isso seria necessário o uso dos dois lados do cérebro ao mesmo tempo.
Os testes nos 80 voluntários canhotos mostraram que há uma forte correlação entre a rapidez com que a informação era transferida entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro e a rapidez com que os voluntários localizavam as letras semelhantes.
Quando os testes foram repetidos em 20 voluntários canhotos, os pesquisadores descobriram que, quanto maior era a tendência da pessoa em usar a mão esquerda, melhor ela era em processar a informação pelos dois lados do cérebro.
”Bicerebrais”
Indivíduos extremamente canhotos eram 43 milésimos de segundo mais rápidos do que destros para localizar letras semelhantes nos campos visuais da esquerda e da direita.
"Estas descobertas confirmam nossa previsão de crescente eficiência da interação hemisférica à medida que o indivíduo é um canhoto mais extremo", disse Nick Cherbuin.
Mas o pesquisador acrescentou que não há um padrão claro de diferenças entre as pessoas que são extremamente canhotas, as pessoas que são ambidestras e os destros.
O psicólogo britânico Steve Williams afirmou que canhotos tendem a usar melhor os dois lados do cérebro.
"Sempre foi dito que canhotos são diferentes de destros (...). Isto parece ser a prova de que canhotos usam os dois lados do cérebro para linguagem, eles são mais bicerebrais. São mais rápidos pois precisam usar mais vezes os dois lados do cérebro", afirmou.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Aprenda a perdoa...


Ninguém vai para frente se não abrir mão do orgulho.
Aprendam com esse exemplo:

Ao aproximar-se do balcão da recepção de um hotel, um homem tem a suaatenção atraída por um barulho e, ao virar-se, esbarra o cotovelo no seiode uma linda mulher.Meio sem graça, meio envergonhado ele diz:
- Mil desculpas. Se o seu coração for macio como seu seio, tenhocerteza de que me perdoará.A mulher lisonjeada responde:- E se o seu pinto for duro como seu cotovelo, meu apartamento é 114.

ISSO QUE É PERDÃO!!!!!!!!!

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Céu ou Inferno? Brasil atual.



Um senador (de Alagoas, de óculos, com furinho no queixo (Que fofo!), casado, ( com uma filha fora do casamento), está andando tranqüilamente quando é atropelado - POR CINCO ADOLESCENTES DE CLASSE ALTA QUE ESTAVAM BRINCANDO DE MATAR ALGUÉM, NÃO RECONHECERAM O SENADOR, PENSAVAM QUE FOSSE UM QUALQUER - , e morre.

A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

-"Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro
-"Antes que você entre, há um probleminha.

Raramente vemos parlamentares por aqui (NO CÉU), sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

-"Não vejo problema, é só me deixar entrar", diz o antigo senador, EU SOU PRESIDENTE DO SENADO BRASILEIRO!

-"Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:

-"Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.

-"Não precisa, já resolvi. Eu quero ficar no Paraíso diz o senador.
-"Desculpe, mas temos as nossas regras e elas servem igualmente para todos ou você tá pensando que está no Senado?!!"

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe, um aeroporto com diversas áreas de escape, com todos os vôos chegando e partindo, uma paz total. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.

Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Surge até uma conversa que, estão se reunindo para aprovar um projeto de lei infernal, com a seguinte redação:

- Todos os que vierem para o inferno, terão a possibilidade de voltar ao mundo terreno, ou seja, retroceder a morte.
Parágrafo ÙNICO:
Quem voltar a terra, terá que viajar de avião no Brasil, durante 06 meses, pousando duas vezes por dia, no Aeroporto de Congonhas. É só relaxar, receita da D. Marta Suplício (segundo o dicionário, pessoa ou coisa que aflige muito, tortura. Acho que combinou com a proposta da desastrada ministra)
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.

Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele. Agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
-" E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna." Ele pensa um minuto e responde:
-"Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno."

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.
-" Não estou entendendo",
- gagueja o senador

- "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo.

Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!"O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

-"Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto..."

PARA DESCONTRAIR E TENTAR SUPORTAR!!!

GRANDES EXECUTIVOS...


Três amigos aposentados conversam, todos com mais de 50 anos.

- O que você tá fazendo na vida, Toninho ? ( ex-executivo da Pirelli )

- Bem... eu montei uma recauchutadora de pneus. Não tem aquela estrutura e organização que havia quando eu trabalhava na Pirelli, mas vai indo muito bem.

- E você, José ? ( ex-gerente de vendas da Shell ) - Eu abrí um posto de gasolina. Evidentemente também não tenho a estrutura e a organização do tempo que eu trabalhava na Shell, mas estou progredindo.

- E você Antônio ? ( ex-alto funcionário do Congresso Nacional )

- Eu montei um puteiro. - Um puteiro???

- É, um puteiro!!! É claro que não é aquela zona toda que é o Congresso Nacional mas já tá dando lucro!!!

sexta-feira, dezembro 24, 2010

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Lembra Desse? O Especial de Natal de Star Wars



Todo mundo tem um esqueleto no armário. Para os atores, o esqueleto ele costuma ser aquele filme feito há muito tempo e que todos preferem esquecer.


Para Star Wars, o esqueleto chama-se O Especial de Natal. Para nós, os mais velhos (relíquias pré-DVD, pré-videocassete, pré-celular, pré-internet e pré-qualquer coisa hoje considerada normal), o especial foi uma oportunidade única para ver mais um pouco do universo que conhecemos em Guerra nas Estrelas (sim, a saga nessa época ainda levava seu nome traduzido) e tem um valor nostálgico. Mas, vamos ser sinceros, a coisa é dura de engolir. E se transformou num esqueleto não só para Star Wars, como também para Harrison Ford, Carrie Fisher, Mark Hamill e George Lucas em pessoa. Considerado tão ruim que chega a ser bom, qualidade dos trashs de raiz, o especial, exibido uma única vez e jamais lançado oficialmente em qualquer formato, transformou-se imediatamente em ícone cultuado pelos fãs.


Claro que hoje em dia, em tempos de YouTube, cópias e mais cópias não autorizadas do programa passeiam pela Internet, ao alcance de qualquer pessoa que queira ver a que ponto chega a ânsia de Hollywood de ganhar algum dinheiro com uma marca conhecida. O ápice mais recente da aparição do esqueleto aconteceu ano passado, quando Harrison Ford precisou suportar em silêncio enquanto o apresentador Conan O’Brien exibia trechos do especial em seu programa. Como George Lucas comentou em uma entrevista, o especial é algo que aconteceu e os envolvidos têm de viver com isso. Algo como aquilo que você fez no colégio. Ou naquela festinha de final de ano da empresa.


Exibido originalmente em 17 de novembro de 1978 nos Estados Unidos, o especial é visto como cafona e um demérito ao universo criado por Lucas. Oficialmente, o programa se chama The Star Wars Holiday Special, sem nenhuma ligação com o Natal, seja no título ou no roteiro. A exibição original, na verdade, está mais próxima do Dia de Ação de Graças, um feriado de grande importância nos Estados Unidos e ignorado por aqui.


O objetivo da estratégia - ceder o uso dos personagens para um programa de TV - era manter Star Wars vivo na mente do público, numa época em que as seqüências não podiam contar com o lançamento do vídeo ou DVD para aquecer os fãs até o próximo capítulo chegar às telas.


Envolvido na produção de O Império Contra Ataca, George Lucas aprovou o especial e escreveu o roteiro básico do programa. Como toda produção, entretanto, o roteiro passou por várias mudanças, creditadas aos infames produtores Ken e Mitzie Welch. Assim, o primeiro filme derivado de Star Wars foi adiante, custando mais de um milhão de dólares para ser feito, o que o tornou um dos programas mais caros da TV na época. Originalmente, a direção estava a cargo de David Acomba, um amigo de universidade de Lucas. Após dirigir apenas uma seqüência, no entanto, Acomba foi demitido por “diferenças criativas”, jargão hollywoodiano para “não concordamos em nada e a briga está para chegar às vias de fato” e os produtores colocaram Steve Binder na direção.


O roteiro mostra a família de Chewbacca aguardando a chegada do wookie para uma comemoração em seu planeta natal, Kashyyyk. A comemoração dos peludos é mostrada como um momento de reunião familiar como a Ação de Graças. Enquanto seu pai, esposa e filho aguardam, Chewbacca está ao lado de Han Solo a bordo da Millenium Falcon fugindo da armada do Império. Preocupada com o atraso da dupla, a esposa de Chewie entra em contato com Luke, que aparece consertando um caça ao lado de R2D2. Ela também entra em contato com Leia, que aparece ao lado de C3PO. A história inclui, ainda, uma cena com Darth Vader ordenando uma busca pelos rebeldes, o que garante a presença desta “jóia” também no currículo de James Earl Jones. David Prowse, que interpretou Vader em grande parte das cenas no cinema, e Kenny Baker, ficaram de fora dos créditos, e devem estar agradecidos até hoje. Em Kashyyyk, soldados do Império invadem a casa de Chewbacca, fazem uma busca e por pouco deixam de notar o comunicador oculto na sala. A presença dos personagens de Star Wars mais a perseguição do Império daria uma aventura bacana, se não fosse o roteiro ridículo e os clipes musicais e números de equilibrismo e acrobacia. Um dos clipes tem a participação especial do grupo Jefferson Starship cantando "Light the Sky on Fire". Se você não assistiu e sente que usaram o nome Star Wars para nada, tem toda a razão. Para coroar o desastre, Carrie Fisher aparece cantando o tema de Star Wars. Sua expressão abobada e olhos dilatados deu origem a todo tipo de comentário de que a atriz estava drogada durante as filmagens.


Mas nem tudo está perdido: Enquanto sua casa é revistada com a delicadeza adequada aos soldados do Império, o filho de Chewbacca assiste a um desenho animado de uma aventura de seu pai, ao lado de Han Solo, Luke e Leia. Em meio ao especial, que ganhou o primeiro lugar no livro What Were They Thinking?: The 100 Dumbest Events in Television History (O Que Eles Estavam Pensando? Os 100 Eventos Mais Estúpidos da História da TV), o desenho animado transformou-se no momento de salvação. Ele mostra a estréia de Boba Fett, o caçador de recompensas que só seria visto em O Império Contra Ataca e se transformaria num dos maiores índices de sucesso por segundo em cena da história do cinema. O desenho animado foi produzido pela Nelvana Studios, que mais tarde produziria Droids e Ewoks, ambos de 1985, e parece ter escapado da sina de esqueleto no armário do Especial de Natal. Em 2002, cenas do desenho foram incluídas em um dos documentários exibidos na Internet como parte da estratégia de lançamento de O Ataque dos Clones. "Cabeça de Balde", narrado por Jeremy Bulloch, explica as origens e o fascínio por Boba Fett e foi depois incluído nos extras do DVD de Ataque dos Clones.
A animação como porta de entrada de Boba Fett, entretanto, não foi suficiente para garantir ao Especial de Natal uma posição de maior respeito na história de Star Wars ou no currículo de George Lucas. O especial não aparece citado em A Guide to the Star Wars Universe, nem mesmo na biografia de Boba Fett. O programa não é mencionado também em George Lucas – The Creative Impulse, livro de Charles Champlin sobre os primeiros 20 anos da Lucasfilm. Vale dizer que outro desastre da carreira de Lucas, Howard, o Pato, ocupa sete páginas do volume! O nome do cineasta também não aparece nos créditos do programa como roteirista do argumento original. Supõe-se que ele tenha exigido a retirada de seu nome depois de ver o resultado da produção. O especial de Natal também foi cortado do documentário Empire of Dreams (Império dos Sonhos). Produzido e dirigido por Kevin Burns, com autorização de George Lucas e acesso aos arquivos da Lucasfilm, o documentário mostra a produção dos três primeiros filmes da saga. Nele, nada menos do que dez minutos eram dedicados ao especial de Natal como exemplo do que podia acontecer quando o controle do universo Star Wars era cedido aos executivos de estúdio. A seqüência, no entanto, foi cortada sob a alegação de não se encaixar na premissa do documentário.


O único lugar onde o programa jamais é esquecido é na Internet, onde cópias são oferecidas diariamente, e nas listas dos piores da TV. Além do primeiro lugar em What Were They Thinking?, o Especial ficou no 59o. lugar entre os cem momentos mais inesperados da TV das revistas TV Guide e TV Land. Uma das lendas ligadas ao programa diz que George Lucas tentou comprar todas as cópias existentes (no melhor estilo Xuxa Meneghel ou Roberto Carlos), e teria comentado numa convenção na Austrália que se tivesse tempo e uma marreta, ele destruiria pessoalmente todas as cópias não autorizadas existentes no planeta. Procurada pelo Omelete, a Lucasfilm garantiu que o comentário foi uma brincadeira do diretor e que a empresa jamais fez qualquer esforço para destruir cópias do Especial de Natal. Mas, a empresa também informou que não há planos de lançar o programa em DVD nem mesmo em comemoração aos 30 anos de Star Wars.

segunda-feira, dezembro 20, 2010



O "Gaseador Louco" de Mattoon
Robert E. Bartholomew, publicado em
REALL News, abril/1999


Com a exceção do pânico marciano em 1938 desencadeado pela dramatização radiofônica de Orson Welles de Guerra dos Mundos, Mattoon em Illinois provavelmente possui a honra de ter sido palco da ilusão em massa do século vinte mais amplamente discutida nos EUA -- pelo menos entre aqueles que se especializam em estudar tais fenômenos. Durante agosto de 1944, vários residentes de Mattoon disseram ter sido atacados por um gaseador misterioso que temporariamente fazia suas vítimas ficarem doentes. Em anos recentes alguns autores até mesmo afirmaram que o gaseador louco de Mattoon era uma entidade paranormal ou envolveu um sujeito ou gaseador real que iniciou o incidente. Porém, estas afirmações foram feitas sem uma compreensão completa do contexto do episódio e teorias básicas de psicologia social. Deste modo, o incidente do Geaseador de Mattoon se assemelha a avistamentos em massa de aeróstatos imaginários sobre o estado de Illinois durante 1897.


1 Para pessoas que desconhecem psicologia social básica e o contexto da onda de aeróstatos, pode parecer perfeitamente lógico que os aeróstatos eram na verdade discos voadores mal interpretados por uma população influenciada pela mídia popular e esperando ver aeróstatos. De fato, muitos pesquisadores de OVNIs defendem esta idéia. Uma Breve Descrição do Gaseador de Mattoon Virtualmente todo estudante de cursos sobre comportamento coletivo ouviu falar do episódio de Mattoon, que é facilmente o caso mais amplamente citado de histeria em massa durante os últimos cinqüenta anos. Logo após ter aparecido pela primeira vez como um artigo em uma edição de 1945 do Journal of Abnormal Psychology, o caso foi rapidamente reconhecido como um clássico. Foi citado na vasta maioria de livros de ensino sobre psicologia social introdutória e sociologia que contêm discussões sobre comportamento coletivo, e a maioria dos livros dedicados somente a comportamento coletivo.2 Era perto de meia-noite em uma quinta-feira, 31 de agosto de 1944, quando a polícia de Mattoon recebeu um telefonema de uma mulher e sua filha que diziam ter sido atacadas por uma figura espreitando nas sombras próxima de sua casa. Depois que elas abriram uma janela do quarto, a casa foi supostamente borrifada com um gás nauseante de cheiro doce que as deixou tontas e atordoadas. A mãe também disse que sofreu uma leve paralisia temporária em suas pernas. A polícia investigou, mas não encontrou nenhuma evidência do intruso. Duas horas depois a polícia novamente correu para a casa depois que o marido da mulher, ao voltar para casa, viu um homem suspeito correndo perto da janela onde o incidente original tinha acontecido. Novamente a polícia não encontrou nada relevante. No dia 2 de setembro os editores do Mattoon Daily Journal-Gaztte publicaram a manchete: "Rondador Anestésico à Solta". Depois de ler a história, duas famílias de Mattoon contataram a polícia com relatos semelhantes de serem gaseadas em suas casas pouco antes do incidente. Durante os próximos dias, a polícia foi inundada com numerosos relatos de gaseamento, que com o tempo diminuíram e cessaram completamente depois de 12 de setembro. 3 Durante as primeiras duas semanas de setembro, a polícia de Mattoon recebeu um total de 25 relatos separados envolvendo 27 mulheres e dois homens afirmando ter sido borrifados com o enigmático gás debilitante por alguém que se tornou amplamente conhecido como "o anestesista fantasma" e "o gaseador louco de Mattoon". Johnson descreveu a série de relatos como um episódio de histeria em massa, notando que 93 por cento das "vítimas" eram mulheres de baixo status socioeconômico que não eram críticas ao avaliar a situação, e concluindo que elas estavam exibindo reações de conversão histéricas. Os sintomas passageiros informados por aqueles "gaseados" estavam limitados a náusea, vômito, boca seca, palpitações, dificuldade em caminhar e, em um caso, uma sensação ardente na boca. Estes sintomas podem ser explicados como ansiedade gerada pela publicidade do "gaseador", enquanto uma série de casos iniciais envolveram a redefinição de reações físicas mundanas que ordinariamente teriam passado sem nota, mas que foram subseqüentemente atribuídas ao anestesista fantasma. Johnson fornece dois exemplos deste último processo. 4 O sociólogo de Illinois David L. Miller reexaminou os informes originais de imprensa do Mattoon Daily Journal-Gazette e descobriu alguns achados interessantes. Miller disse que vários repórteres que vieram a cobrir o episódio relataram ter dores de cabeça que eles acreditavam ter sido causadas pelo gaseador, contudo eles não foram contados como vítimas por serem homens. Miller também descobriu que durante vários "ataques", os maridos estavam acompanhando suas esposas, e enquanto ambos sofreram os efeitos do gás, só as esposas foram contadas como vítimas, lançando suspeita na presença de histeria epidêmica. Por que isto é importante? Porque Johnson confirmou a presença de desordem de conversão (histeria epidêmica) ao observar que a maioria das vítimas era do sexo feminino (mulheres são supostamente mais propensas a sofrer histeria, mas esta alegação permanece contenciosa entre a maioria dos sociólogos e feministas, por razões muito detalhadas para abordar aqui). Miller também notou que à luz destes pontos, a mídia inicialmente definiu as mulheres como os objetivos percebidos, o que pode ter levado a uma profecia que cumpre a si mesma.


Por conseguinte, seguindo o caso inicial sensacional e a subseqüente procura da polícia pelo gaseador que recebeu cobertura de jornal espetacular, residentes, especialmente as mulheres, podem ter reinterpretado ocorrências mundanas como sombras noturnas, odores químicos de numerosas fábricas locais e estados de ansiedade. Ilusão em massa ou Histeria em Massa? Antes de continuar, é necessário clarificar entre os termos histeria em massa e ilusão coletiva. Estas são duas entidades separadas que são freqüentemente usadas como equivalentes por cientistas e o público em geral. Histeria em massa (também chamada histeria epidêmica, histeria contagiosa e doença psicogênica em massa) envolve a expansão espontânea, patológica de sintomas de conversão. "Histeria" é um termo ambíguo que foi usado para descrever nada menos que dez anormalidades de comportamento individuais distintas, incluindo desordem de dor psicogênica, personalidade histriônica e tipos de psicose.5 Ela envolve o prejuízo ou perda de função sensória ou motora que não tem nenhuma base orgânica.6 O nome mais moderno para histeria é "desordem de conversão", um termo extensamente usado por médicos, psiquiatras, psicanalistas e psicólogos. Um exemplo seria um fuzileiro que é profundamente contrário a matar e cujo braço fica paralisado temporariamente ao tentar usar uma arma em uma situação de guerra. "Histeria epidêmica" se refere à expansão rápida de sintomas de conversão dentro de um conjunto particular de pessoas.


Em contraste, ilusões coletivas são tipicamente não-patológicas e envolvem processos normais tais como a expansão rápida de crenças falsas mas plausíveis (rumores), conformidade a normas do grupo e falibilidade perceptual humana. Certas vezes, participantes de ilusões coletivas podem exibir sintomas de conversão individuais ou epidêmicos. Muitos cientistas sociais não incluem vários comportamentos imitativos dentro de grupos religiosos carismáticos como histeria ou conversão em massa uma vez que não se originam de uma maneira organizada, ritualizada ou institucionalizada. Dado o papel influente dos jornais em Mattoon, pode ser que as vítimas estavam redefinindo processos mundanos como relacionados ao gaseador, como ataques de pânico, cheiros químicos, a perna de uma pessoa ficando "dormente" e várias conseqüências físicas ambíguas da ansiedade como náusea, insônia, brevidade de respiração, fragilidade, boca seca, vertigem, etc. Também deveria ser enfatizado que os psiquiatras e médicos tipicamente usam a palavra ilusão para descrever uma crença patológica persistente associada com perturbação mental séria, normalmente psicose. Eu uso o termo ilusão coletiva ou em massa para descrever a expansão espontânea e temporária de falsas crenças em uma determinada população. Este é o modo em que a maioria dos sociólogos e psicólogos sociais emprega o termo.7 Por que o Caso se Conforma à Literatura de Histeria/Ilusão em Massa Baseado em uma revisão da literatura em histeria epidêmica e ilusões coletivas, há vários fatores chave envolvidos desencadeando episódios. Estes incluem a presença de ambigüidade, ansiedade, a expansão de rumores e falsas crenças e uma redefinição da ameaça potencial de geral e distante para específica e iminente. Fatores exacerbadores incluem o papel crucial da influência de meios de comunicação de massa em espalhar o medo, a falibilidade da percepção humana e reconstrução de memória, eventos geopolíticos recentes e reafirmações insuficientes de figuras de autoridade como líderes de comunidade ou o representante de um grupo cético local (espero eu!), e instituições de controle social como a polícia e exército. A Importância do Contexto Para mim, o único mistério que cerca o episódio do Gaseador Louco de Mattoon é a pergunta relativamente secundária sobre se era um caso de histeria epidêmica ou ilusão em massa.


Os sintomas expressados pelas pseudo-vítimas eram o resultado de ansiedade e uma redefinição de processos mundanos exacerbada pelos meios de comunicação de massa, ou eles estavam experimentando reações de conversão? O caso do episódio de Mattoon poderia ter sido desencadeado inicialmente por um rondador ou gaseador fantasma real, ou poderia ter sido causado por uma entidade paranormal como alguns sugeriram? Teorias envolvendo um real rondador ou gaseador são altamente especulativas e foram feitas ignorando teorias básicas de psicologia social (especificamente, dinâmica de conformidade, teste de realidade, falibilidade perceptual e de memória) e a literatura científica em histeria epidêmica e ilusões coletivas. E, é claro, sugestões da existência de uma entidade paranormal como um fantasma gaseando os residentes sofre muitos contratempos, o menor dos quais é a ausência de evidência convincente e reproduzível de um único evento paranormal; assim eles permanecem sem comprovação.8 O caso do gaseador louco pode parecer único nos anais do comportamento de massa, mas em realidade é apenas um em uma série longa de histerias epidêmicas e ilusões em massa ocorrendo durante o século vinte que coincide com percepção maior da poluição ambiental e preocupações de guerra química ativadas por ameaças de contaminação imaginárias ou exageradas.


Este é um tema especialmente comum em casos de histeria epidêmica. A maior parte dos relatos de histeria epidêmica durante o século vinte compartilha um único desencadeador destacado - um cheiro ou odor incomum sendo descoberto pouco antes do incidente, tanto em grupos isolados9 quanto em uma comunidade.10 Este é o contexto no qual o episódio aparentemente bizarro do gaseador de Mattoon deveria ser entendido. A forma só parece bizarra àqueles que estão pouco familiarizados com os elementos subjacentes básicos, que são muito familiares.

sábado, dezembro 18, 2010

Como pegar filmes de sacanagem na locadora e sair com fama de intectual!!!


























Você sempre teve vontade de pegar filmes de alta sacanagem sexual na locadora mas ficou grilado com o que a balconista iria pensar de você? Pois seus problemas acabaram. Aqui neste post vou te dar 10 dicas sobre como alugar filmes da mais pura safadeza explícita e ainda impressionar a balconista com a sua cultura de homem contemporâneo intelectual! Muito chique, né não?

Preste atenção:

VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Último Tango em Paris (1972)

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: A clássica cena de sexo anal entre Marlon Brando e Maria Schider onde ele, na falta de vaselina, lubrifica o local com manteiga e a cena em que ele a esfrega enquanto ela toma banho.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Adoro essa visão intimista retratada na melancolia do personagem Paul com a morte de sua mulher. Fora que Brando (ah, chame os atores e diretores pelo sobrenome nome para demonstrar intimidade por conhecimento de causa) vai sutilmente demonstrar a forte carga afetiva de dominação que há num relacionamento entre uma moça e um homem mais velho. Grande figuração para o complexo de Édipo freudiano nos tempos modernos”.



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: O Império dos Sentidos (1976)

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: Quantos filmes com sexo explícito ambientado no Japão feudalista você viu? Pois é.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “O cinema japonês é conhecido por ser tradicionalista e recatado. Mas numa revolução temática, Oshima consegue elevar o sexo ao patamar dramático. Aproveitando já que estamos falando de Oshima, aqui tem Tabu?”



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Calígula (1980)

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: Se não me engano 90% do casting foi composto por modelos, atrizes e atores da Penthouse. Preciso dizer mais?



O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Realista degradação de um império pelas mãos psicóticas de um louco, que não tinha outro propósito senão o de satisfazer suas vontades pessoais dando vazão à sua índole egoísta e cruel. Depois de “Laranja Mecânica” de Kubrick (sempre é bom, após dizer o filme, ressaltar o diretor, pois vai parecer que você sabe contextualizar espaço e tempo de produção) foi a última boa atuação de Malcolm McDowell antes de ele ser esquecido em produções de 3ª”.



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Filmes do Larry Clark como “Kids”, “Bullit” e “Ken Park”

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: Cenas com altos teores de felação semi-explícitas, fetichismo e orgias.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Clark sempre manifesta em seus filmes esse espírito crítico na crueza com que expõe a situação de toda uma geração perdida e sem perspectiva. Frutos impensados do grande sonho americano. Fora que ele lança no mercado vários atores e atrizes jovens que se tornam, geralmente, promessas de sucesso (o que não é verdade, mas é bonito de se falar e dá uma boa impressão)”.



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Baise-moi (2000)

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: Aí sim a coisa dá pé. Tem cena de estupro e tudo. Tudo bem que a cena é super má interpretada (aliás, como a grande maioria do filme), com o estuprador fazendo cara de ator de teste de fidelidade, mas o que vale é a intenção.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Absurdo a classificação desse filme ter sido “X” (é X mesmo, a mais alta categoria restritiva) na França! Godard é que teve razão em prestigiar o lançamento dessa obra, que é referência no que diz respeito à atitude feminina de decisão e de tomar seu caminho pelas próprias mãos!”



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Je vous salue, Marie! (1985)

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: As tomadas altamente convenientes que Godard realiza na belíssima atriz principal que faz o papel de Maria.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Godard transpõe para a modernidade a situação bíblica do nascimento do Salvador, enfocando o dilema vivido pela garota que vê sua vida transformada por essa operação do ‘Espírito Santo’. Tem que ver como o arcanjo Gabriel é personalizado por um doidão pé-rapado totalmente pornográfico. E também o modo ao qual José, seu namorado, vai encarar com desconfiança esse fato inusitado da gravidez”.



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Os Sonhadores (2003)

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: Só há um: Eva Green. Eva Green como irmãzinha virgem e safadinha, Eva Green recebendo uma provada por baixo do lençol, Eva Green sem nada etc.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Bertolucci ataca outra vez (sim, Último Tango também é dele) retratando aqui um tema polêmico, mas que certamente ultrapassa, nesse caso em específico, os domínios da simples moralização comum: o incesto. E ainda coloca como pano de fundo a revolução de Maio de 68 em Paris regado à uma característica, e por isso ótima, trilha sonora”.



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Pornochanchadas Brasileiras

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: A grande maioria dessas clássicas atrizes globais que hoje posam de boas-moças podem ser encontradas realmente posando de maneiras bem mais produtivas e reveladoras. Xuxa, claro, não escapa.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Depois de ‘Terra em Transe’, o cinema brasileiro caiu numa fase obscura de experimentalismo (note o uso da metonímia ao trocar sacanagem por experimentalização). No entanto, vale a pena peneirar algumas pérolas desse período, fundamental para a linha dinâmica e técnica as quais o circuito nacional se encontra hoje”.



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Uma Adolescente de Verdade (1975)

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: A vida de uma garota mostrada da forma menos ortodoxa possível. Ela se utiliza de todos os meio possíveis para ganhar o amor de um homem que trabalha na marcenaria. Destaque para os sonhos dela com o mancebo (conteúdo quase escatológico).

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “A diretora Catherine Breillat, nesse filme em especial, retrata de uma maneira deveras nostálgica e meticulosa a essência dos anseios de uma jovem na década de 60. O final surpreendente sempre me faz revisar como a narrativa pode influenciar na estética da obra”.



VOCÊ PÕE NO BALCÃO: Desenhos hentai como “La Blue girl”, “Black Bible”, etc…

O SEU VERDADEIRO MOTIVO: Os japoneses se mostram realmente bons aproveitadores dessa linguagem gráfica. Para quem gosta, acontece de tudo com o adicional da não rara intervenção do mundo sobrenatural.

O QUE COMENTAR COM A BALCONISTA: “Tenho que assistir para aprimorar meus traços no curso de desenho de animes. Falando nisso, já citei que, fora inglês e francês, já estou terminando meu curso de japonês? Animes normais não têm a liberdade de enredo que é conferida aos hentais, pois esses últimos podem enriquecer a trama psicologicamente, já que não há uma restrição em relação à narrativa”.


Ou seja, agora você não vai ficar mal visto quando pegar um filme de conteúdo adulto na locadora, pois você é um cara super intectual que entende muito de filme!!!!! Demais!!!!!!!!!

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Invenção demoníaca



DRAUZIO VARELLA


DESCONFIO QUE Satanás inventou o e-mail só para me infernizar.Desde que caí nessa armadilha criada pelo Maligno com o objetivo precípuo de transformar minha existência num vale de dívidas eternas, vivo sufocado pelas mensagens que chegam feito nuvens de gafanhotos.Anos atrás, embasbacado com essa ousadia da informática que jurava simplificar a rotina, acabar com cartas, selos, rolos de fax e com o tempo desperdiçado ao telefone, além de colocar em rede a humanidade inteira, atirei-me em seus braços com determinação.


Suportei com galhardia os dissabores das horas noturnas de trabalho extra anteriormente destinadas ao lazer e ao convívio familiar. O ganho de rendimento e a sensação de viver "online" com o mundo valiam o sacrifício.


Por meio do e-mail podia discutir os casos de meus pacientes, conversar com escritores, ter acesso a pessoas que jamais teria conhecido em outras circunstâncias e manter contato com amigos que não tenho tempo de ver.Com o passar dos anos, o correio eletrônico melhorou a performance e acelerou meu ritmo de trabalho com tanta fúria que se tornou imprescindível. Com o celular no bolso e a tela do computador à frente eu me sentia Clark Kent pronto para virar Super-Homem, assim que a ocasião se apresentasse.


Como eu, milhões de incautos embarcaram de corpo e alma nessa trama do Coisa Ruim, e a popularização trouxe a banalização, sua companheira inseparável.Basta um conhecido receber um desses malditos textos musicados ou uma gracinha qualquer, e você ter o infortúnio de fazer parte da lista de vítimas preferidas dele, pronto: é mais uma bobagem para ler, no meio dos assuntos sérios. Como não é fácil adivinhar o conteúdo do arquivo recebido sem abri-lo, você fica tamborilando na mesa enquanto aguarda aqueles bites inúteis se materializarem na tela.E a publicidade que chega em massa com promessas incríveis, como as de aumentar o tamanho de seu pênis, de revitalizá-lo com medicamentos e aparelhos e de fazer da sua a mais feliz das mulheres.A face mais cruel dessa praga escravocrata, entretanto, vem à tona quando alguém exclama com ar de contrariedade:


- Você não recebeu o meu e-mail?Ao ouvir essa pergunta sou invadido pelas culpas somadas de todos os judeus que passaram pelo mundo, dos cristãos diante de Jesus crucificado e de todas as mulheres que tiveram filhos.Meu Deus, como pude deixar de ver o tal e-mail? Devo ser vagabundo, irresponsável e incapaz de acompanhar a velocidade dos dias modernos. Se meu pai voltasse à vida, morreria de vergonha.


No início, até que os atrasos para esvaziar minha caixa de entrada eram razoáveis: um assunto menos importante, uma resposta que podia esperar ou um recado que ficava dois ou três dias sem ser lido; nada que tomasse muito tempo para colocar em ordem.Com o passar dos anos, no entanto, os tentáculos desse polvo eletrônico me enlaçaram até a asfixia. Minha caixa de entrada virou calamidade pública.Na semana passada, trabalhei até tarde todos os dias. Chegar em casa às dez da noite, tomar banho, jantar e ir para o computador. Não é tarefa alvissareira para quem acorda às 6h.Apesar de haver respondido algumas mensagens durante os dias da semana, domingo havia 128 à espreita para me enlouquecer.


Respondi quase 40 e deixei as demais para os dias seguintes.Não é fácil abrir o computador no meio da correria diária, mas imbuído dos melhores princípios cristãos fiz o que pude: consegui me livrar de 20 ou 30 por dia.Adiantou? É como navegar contra a maré em canoa furada: no fim de semana seguinte havia 132.Por isso, quero pedir desculpas a meus credores; procurei ser bom filho, bom pai, bom marido e cidadão cumpridor dos deveres, mas, antes de perder a razão, decidi comunicar-lhes que meu e-mail entrou em concordata por tempo indeterminado.Ele poderá argumentar que sou mal-agradecido, que sem ele não teria conseguido escrever livros nem fazer metade do que fiz. Estou de acordo, mas prefiro passar por ingrato e até por mau-caráter do que acabar no hospício.Além do mais, quem ele pensa que é? Meu patrão? Acha que passei a vida estudando para acabar escravo?Lamento o inconveniente, mas não estou em condições psicológicas de prever a duração da atual concordata. A julgar pelo estado de espírito em que me encontro, não descarto a possibilidade de que no final dela venha a ser decretada a falência do

quinta-feira, dezembro 16, 2010

A IMPORTÂNCIA DA GRATIDÃO



A IMPORTÂNCIA DA GRATIDÃO, HOJE EM DIA,
TÃO ESQUECIDA PELAS PESSOAS!

OBS: MESMO AQUELES QUE JÁ CONHECEM, VALE A PENA RELER!

Moshê!

No mês de agosto de 2001, Moshê , um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel a negócios.

Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George nocentro de Jerusalém. O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria,Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo.Indeciso e impaciente,pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente.

Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s.

Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria.

Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto. Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.

A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram ferida,algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada.
Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua,algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma.

Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda.

Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador"entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.

Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.

O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.

Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.

Moshê conversou com o filho daquele homem,que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momento, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.

Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.

Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.

Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito"Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceuum lugar na fila..."

Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.

Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim,pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

11 maneiras de descobrir se você é MALA!!!




Depois dessa eu quero saber quem não é uma mala...


Se você se encaixa em alguns desses itens, você é MALA :

1. Almoço em grupo. Mesa retangular. Um de seus colegas, o Fulano, se senta numa das pontas da mesa. A primeira coisa que você diz é: "O Fulano vai pagar a conta!".Você é um MALA .

2. Início da madrugada. 1h16 a.m. Alguém lhe diz: "cara, amanhã vou acordar às 7h". Você se apressa em dizer:" Amanhã não. Hoje!".Você é um MALA .

3. Quando você convida alguém para almoçar e esse alguém lhe esclarece que já almoçou. E você solta a frase: "Então você já está comido?". Você é um MALA.

4. Ou pior, o seu amigo chega atrasado no serviço e diz sorrindo: "Bom dia!!!" e você responde: "Boa tarde !!!"
Você é um MALA .

5. Quando as pessoas estão cantando parabéns, você tenta embolar a cantoria, gritando os versos do início da música, enquanto todos já estão no meio da canção. Além de manezão!
Você é um MALA .

6. Você fica rindo quando um homem diz que tem 24 anos, aludindo ao número do veado no jogo do bicho.Você é um MALA .

7. Você faz alguma piada quando alguém diz que é do signo de virgem.Vai ser MALA assim na casa do...

8. Você diz para um amigo: "Se esconde !!!" quando passa o carro da polícia.Você é um MALA .

9. Quando uma mulher diz que está "de saco cheio", você diz que isso não é possível porque ela não tem saco. Precisa dizer de novo ? Seu MALA!

10. Se a anfitriã anuncia: "Temos pavê de sobremesa" e você pergunta: "é pra vê ou pra comer?Além de xarope, como você é MALA !!!

11. Se você tiver medo de mandar este texto para seu amigo, aquele que se enquadra num montão destas possíveis situações, não só ele, mas você também!
Aê MALA !!!

segunda-feira, dezembro 13, 2010

EU LEVO OU DÊXO???...




- Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu
um barulho estranho vindo do seu quintal.

Foi averiguar e constatou haver um ladrão tentando levar
seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e,
surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono!!!...Não o interpelo pelo valor
intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, confuso, diz:

- Dotô, rezumino...eu levo ou dêxo os pato???...

domingo, dezembro 12, 2010

Um candidato a uma certa função, ao preencher o formulário, empacou quando chegou à pergunta: "Causa da morte do pai?". Acontece que o pai, um ladrão de cavalos, tinha sido enforcado. O candidato pensou, pensou e acabou respondendo: "Meu pai estava participando de uma cerimônia pública quando a plataforma cedeu".

sábado, dezembro 11, 2010

PARA DESCONTRAIR!


A Vingança da Empregada...

A família estava almoçando reunida, quando a dona da casa deu uma chamada na empregada:
- Maria, não gostei desta comida. Está horrível! Acho que até eu sou melhor do que você na cozinha.

E a empregada, cansada das reclamações da patroa, responde:

- É, pode ser. Mas a senhora fique sabendo, que eu sou bem melhor do que a senhora na cama!
- O quê? Mas o que é isso? E olha cheia de raiva para o marido, dizendo:
- André, seu cachorro! Não acredito que você..
E a empregada interrompe ligeiro, falando:
- Calma, madame. Quem disse isso foi o motorista...

quarta-feira, dezembro 08, 2010

terça-feira, dezembro 07, 2010

Prosa de um cão sem dono


Prosa de um cão sem dono
(Marcos Henrique)



Nasci no mundo. No suco do mundo;
Nasci para o mundo. No fundo do imundo;
Nasci para o mundo, sou filho do incerto;
Nasci no mundo, no acaso que me afaga, me bolina, me estraga;

Sou filho do nada. Sou só, apenas palavras frouxas em bocas sem dentes de lindas donzelas que rangem suas coxas, em sonhos ardentes.

Fui fruto do pecado estéril;
Do pecado mortal;
Do pecado que não pequei;
Do pecado com quem flertei;
Solidão a noite importa para dentro do nada, meu eu.

Sou fruto. O fruto podre que espera uma boca rasa para me deflorar. Não! Esqueçam, esqueçam tudo o que falo, sou apenas um louco que dorme em esquinas, que dorme e nunca é visto. Que apenas dorme e pronto.

Não quero que me entenda, apena me sinta;
Apenas me toque;
Apenas não me oprima com seu silêncio, com seus olhos sem vista para dentro de minha miséria, de minha trágica vida sem rimas exatas, sem métrica, sem regras a serem empregadas, apenas linhas mortas, porém minhas linhas, lindas e chocas. Palavras tolas são tudo o que tenho para te oferecer, e mesmo assim recusas.

Não quero que me entenda, apenas vá, siga, faça o que todos sempre fizeram. Não me note deitado ao chão, não me note fendendo ao chão;
Não me note;
Não me toque;
Não me veja;
Não chore;
Apenas siga, siga com o seu não.

Kaos!


Realmente o Brasil está um Kaos (com K mermo de tão feio que está a cosia), não bastasse os marginais provocarem pânico na sociedade, nem os animais escapam da criminalidade.

ISSO É UM ABSURDO!!!!

segunda-feira, dezembro 06, 2010

O poder da vírgula!!!!




Curtíssima e legal!!!



Vamos ver se somos bons em lingua portuguesa!

O poder da vírgula!


FRASE DO TESTE:

"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura."
Onde você colocará a virgula?


a) Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois da palavra "mulher".

b) Mas, se você for homem, certamente a colocou depois de "tem".

domingo, dezembro 05, 2010

Marido quase perfeito

O marido quase perfeito telefona para casa e...

- Oi, minha rainha! Como está o teu dia?

- Tudo ótimo.

- Que bom! E as crianças estão bem?

- Brincando sem parar, não se preocupe.

- Ótimo, perfeito! Elas já almoçaram? Se alimentaram bem?

- Sim! Comeram muito bem! Já fizeram a lição de casa e agora estão brincando.

- Que bom! E me conta, minha linda, o que vai ter no jantar hoje?

- O seu prato preferido e já coloquei a cerveja na geladeira...

- Uau! Bife à milanesa e cerveja! Por isso que eu te adoro tanto! Bom... está tudo tranqüilo em casa, então?

- Fique tranqüilo que está tudo bem.

- Ah, mais uma coisinha: você promete que, hoje à noite, colocará aquele babydoll preto pra mim?

- Faço tudo para te agradar... E não vou esquecer o perfume que você mais gosta.

- Mesmo? Obrigado meu tesão! É por isso te amo tanto...

- Sei, sei...

- Daqui a pouco te vejo, tá meu amor?

- Vou ficar esperando ansiosa...

- Agora me chama a patroa aí, tá?

sábado, dezembro 04, 2010

ROLETA AFRICANA

O embaixador Americano conversava com um diplomata Africano que elogiava os Russos:

- Eles construíram uma hidroelétrica, um aeroporto, um estádio, nos
ensinaram a tomar vodka e jogar Roleta Russa.

- Mas... Roleta Russa???!!!

É um jogo muito perigoso !!!

- Certo. Foi por isso que inventamos a Roleta Africana... Quer jogar?

- Não sei... Como é que se joga?

O diplomata Africano bateu palmas e 8 Lindas e Deliciosas Mulheres Negras, todas nuas, chegaram rebolando.
Aí o diplomata Africano disse:

- Escolha uma para lhe fazer Sexo Oral.

- Mas isso é bem melhor que Roleta Russa !

- É..., MAS, UMA DELAS É CANIBAL ... !!!

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Dá para ter um orgasmo dormindo?



É a mais pura verdade: enquanto você zzzzzz, seu corpo entra em combustão e pode levá-la a um ohhhhh poderoso. O que está esperando? Vá correndo pra cama!
Dora Moraes

A idéia talvez soe como uma espécie de conto da carochinha, mas os sexólogos garantem: nós, mulheres, podemos muito bem experimentar o êxtase total durante o sono ou, no mínimo, chegar tão perto dele a ponto de acordar no meio da noite morrendo de desejo. Diferentemente dos conhecidos "sonhos molhados" dos homens, que costumam ejacular durante o sono, no nosso caso os lençóis não servem como evidência. Mas os estudos na área da sexologia não deixam dúvidas: somos capazes de ter um orgasmo igual ou até mais intenso do que aquele que experimentamos quando estamos de olhos bem abertos. Como é possível? Enquanto você dorme, seu cérebro não pára de trabalhar. Ele se ocupa de manter o coração batendo e a produção contínua dos hormônios, monitorar movimentos e reflexos de diferentes partes do corpo, entre outras tarefas vitais.

A cada 90 minutos, entramos numa fase de sono profundo que os especialistas chamam de estágio REM (rapid eye moviment, ou movimento rápido dos olhos). Esse deslocamento é a senha de que estamos mergulhadas no universo dos sonhos, quando as projeções imaginárias do inconsciente tornam-se mais vívidas, parecendo reais. Também durante o sono REM, o cérebro determina que um maior fluxo de sangue percorra os órgãos sexuais, inclusive o útero, provocando espasmos e contrações involuntárias. Além disso, o aumento da pressão sanguínea faz com que o clitóris fique intumescido, exatamente como acontece quando nos excitamos — em várias mulheres, isso tudo desencadeia o orgasmo. É comum? É perfeitamente normal ter um (ou até mais de um) orgasmo enquanto dormimos, segundo o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Jr., delegado carioca da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash). "Nos homens, ocorre uma ereção seguida de ejaculação.

Nas mulheres, o sinal é a lubrificação pronunciada da vagina. Se você vai dormir excitada ou depois de ter pensamentos picantes, isso fica registrado no cérebro, que se ocupa do resto." Ao pesquisar a conduta sexual masculina e feminina, o sexólogo americano Alfred Kinsey constatou que 70% das mulheres entrevistadas tinham sonhos eróticos e metade delas chegava ao orgasmo. Em contrapartida, quase 100% dos homens de sua amostra vivenciaram a situação, com quase 85% culminando em ejaculação. Curiosamente, a maior incidência de sonhos com o bônus do orgasmo entre mulheres se dá por volta dos 40 anos, revelou o estudo. Nos homens, eles ocorrem na adolescência e também entre os 20 e os 30 anos. Mas vale dizer que tal experiência é possível e até mesmo comum em qualquer época da vida, para os dois sexos.

Algumas sortudas, por exemplo, relatam esse tipo de prazer por volta dos 21 anos — e outras até mesmo a partir dos 13. A melhor parte da história é que elas tendem a chegar lá mais de uma vez. Ou seja: nada impede que o paraíso surja em nossos sonhos noites e noites seguidas. E é bom? Bárbaro, só para dizer o mínimo. Segundo os sexólogos, o orgasmo noturno é conhecido por ser particularmente intenso. Em parte, porque durante o sono nosso corpo entra em profundo estado de relaxamento. Além disso, a intensidade do prazer aumenta graças a uma espécie de "garantia de privacidade". "As censuras adquiridas ao longo da vida interferem com menos intensidade durante o sono, deixando-nos entregues ao próprio devaneio", explica a carioca Sandra Baptista, psicóloga e sexóloga do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR). Outro ponto que torna esses orgasmos tão profundos é que as fantasias criadas pelo cérebro podem incluir condutas que jamais realizaríamos acordadas: por exemplo, práticas exibicionistas, sexo grupal ou até uma transa com alguém do mesmo sexo. Em resumo, no universo onírico tudo é permitido, inclusive explorar certas possibilidades sem nos preocupar com as conseqüências. Que tal? É saudável? Pode apostar que sim. Além de produzir uma lubrificação intensa e de manter seus órgãos sexuais azeitados, o orgasmo involuntário ajuda a aliviar a tensão. "Ele pode acontecer quando desejamos muito alguém e, por alguma razão, essa pessoa não está acessível. Ou, então, quando sentimos uma grande excitação e vamos dormir com essa energia represada", diz Sandra. Bônus extra para as mulheres que dormem acompanhadas: seu homem pode adorar a idéia de ser despertado por uma namorada incendiada pelo desejo. É rápido? "Um dos aspectos característicos dos sonhos sexuais é a rapidez com que eles levam uma pessoa ao orgasmo", afirma Sandra. "Embora um homem ou uma mulher possam ser lentos para atingir o clímax acordados, durante o sono ocorre justamente o contrário." Segundo os especialistas, há casos em que se pode experimentar um orgasmo noturno antes mesmo de vivenciar esse prazer estando desperto. No que é diferente do prazer noturno dele? A ejaculação noturna é quase um reflexo.

Ela tende a ser conseqüência de não ter ocorrido a descarga regular, especialmente se o homem não recorreu à masturbação. Funciona como uma válvula de escape para aquele esperma que vem sendo produzido e permanece guardado. Orgasmos femininos, por outro lado, pedem uma fantasia caprichada mesmo durante o sono. Ou seja: sem um enredo sensual e erótico, uma mulher não conseguirá ter um orgasmo, exatamente como acontece acordada. Como chegar lá? Alguns especialistas acreditam ser possível induzir qualquer tipo de sonho antes de ir para a cama. Quer tentar? Eles sugerem a você ler alguma coisa sexy minutos antes de dormir, assistir a um filme carregado de sensualidade ou, ainda, ter pensamentos eróticos com alguém especial. A masturbação (sem necessariamente chegar lá) antes de ir para debaixo do edredom pode ser outro gatilho eficiente. E se o orgasmo não acontecer? A verdade é que você pode nem se dar conta de que alcançou o clímax, principalmente se tem sono muito pesado.

"Mas, em geral, os espasmos e os movimentos dos músculos fazem com que a pessoa desperte", afirma Sandra. Porém, caso isso nunca aconteça, não é motivo para perder o sono. Ter ou não ter um orgasmo dormindo é perfeitamente normal.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Os Vírus da Mente


Os Vírus da Mente



O porto que todos o memes precisam alcançar é a mente humana, mas uma mente humana é apenas um artefato criado quando memes reestruturam um cérebro humano para fazê-lo um hábitat melhor para memes. Os caminhos para chegada e partida são modificados para ajustar-se às condições locais, e reforçados por vários dispositivos artificiais que aumentam a fidelidade e prolixidade da replicação: mentes chinesas nativas diferem dramaticamente de mentes francesas nativas, e as mentes alfabetizadas diferem de mentes analfabetas. O que os memes provêem em retorno aos organismos nos quais eles residem é uma quantidade incalculável de vantagens --- com alguns cavalos de Tróia misturados também. . .Daniel Dennett, Consciousness Explained

1 Forragem de duplicação

Uma linda criança próxima de mim, com seis anos e a menina dos olhos de seu pai, acredita que Thomas o Motor de Tanque [personagem de uma história infantil] realmente existe. Ela acredita em Papai Noel, e quando ela crescer sua ambição é ser uma fada do dente. Ela e seus amigos de escola acreditam na palavra solene de adultos respeitados de que fadas do dente e o Papai Noel realmente existem. Esta pequena menina está em uma idade de acreditar em tudo que você lhe contar. Se você lhe contar sobre bruxas transformando príncipes em sapos ela acreditará em você. Se você lhe contar que crianças más ardem eternamente no inferno, ela terá pesadelos. Eu descobri há pouco que sem o consentimento do pai dela esta criança de seis anos encantadora, confiante e crédula está sendo enviada, para instrução semanal, a uma freira católica romana. Que chances ela tem?
Uma criança humana é moldada pela evolução para se saturar da cultura de seu povo. Obviamente, ela aprende os essenciais do idioma de seu povo em questão de meses. Um dicionário grande de palavras para falar, uma enciclopédia de informação para falar sobre, regras sintáticas e semânticas complicadas para ordenar a fala são todos transferidos de cérebros mais velhos ao seu antes que ela alcance metade de seu tamanho adulto. Quando você é pré-programado para absorver informação útil a altas taxas, é difícil impedir ao mesmo tempo a entrada de informação perniciosa ou prejudicial. Com tantos bytes mentais para ser assimilados, tantos códons mentais para ser reproduzidos, não é nenhuma surpresa que cérebros de crianças sejam crédulos, abertos a quase qualquer sugestão, vulneráveis à subversão, presas fáceis para Moonies, Cientologistas e freiras. Como pacientes imuno-deficientes, crianças estão amplamente abertas a infecções mentais as quais adultos poderiam repelir sem esforço.
O DNA também inclui código parasitário. A maquinaria celular é extremamente boa em copiar DNA. No que tange o DNA, ele parece ter uma ânsia para copiar, parece ansioso em ser copiado. O núcleo da célula é um paraíso para o DNA, repleto de maquinaria de duplicação sofisticada, rápida e precisa.
A maquinaria celular é tão amigável para a duplicação de DNA que é pouca surpresa que células tornem-se hospedeiras de parasitas de DNA --- vírus, viróides, plasmídeos e um refugo de outros camaradas viajantes genéticos. O DNA parasitário até mesmo se torna emendado aos cromossomos de forma quase imperceptível. "Genes saltantes" e extensões de "DNA egoísta" se cortam ou copiam para fora de cromossomos e se colam em outro lugar. Oncogenes mortais são quase impossíveis de distinguir de genes legítimos entre os quais eles estão trançados. No tempo evolutivo, há provavelmente um tráfico ininterrupto de genes "legítimos" para genes "foras-da-lei", e de volta novamente (Dawkins, 1982). O DNA é só DNA. A única coisa que distingue DNA virótico do DNA hospedeiro é seu método esperado de passar para gerações futuras. DNA hospedeiro "legítimo" é apenas DNA que aspira passar para a próxima geração pela rota ortodoxa de espermatozóide ou óvulo. DNA parasitário "fora-da-lei" é só DNA que busca uma rota mais rápida e menos cooperativa ao futuro, por uma minúscula gotinha ou fragmento de sangue, em lugar de por um espermatozóide ou óvulo.
Para dados em um disquete, um computador é um paraíso da mesma maneira que núcleos de célula têm uma ânsia em duplicar DNA. Computadores e seus leitores de disco e fita associados são projetados com alta-fidelidade em mente. Como com moléculas de DNA, bytes magnetizados não "querem" literalmente ser copiados de forma fiel. Não obstante, você pode escrever um programa de computador que toma medidas para se duplicar. Não apenas duplicar a si mesmo dentro de um computador, mas se espalhar para outros computadores. Computadores são tão bons em copiar bytes, e tão bons em obedecer as instruções contidas nesses bytes fielmente, que são vítimas fáceis para programas auto-reprodutores: amplamente abertos à subversão por parasitas de software. Qualquer cínico familiar com a teoria de genes egoístas e memes teria sabido que computadores pessoais modernos, com seu tráfico promíscuo de disquetes e ligações de e-mail, estavam procurando por problemas. A única coisa surpreendente sobre a epidemia atual de vírus de computadores é que demorou tanto para ocorrer.


2 Vírus de computador:


um Modelo para uma Epidemiologia Informacional
Vírus de computador são pedaços de código que se enxertam em programas existentes e legítimos e subvertem as ações normais desses programas. Eles podem viajar em disquetes trocados, ou através de redes. Eles são tecnicamente distintos de "worms" [vermes] que são programas inteiros em seu próprio direito, normalmente viajando através de redes. Bastante diferentes são os "cavalos de Tróia", uma terceira categoria de programas destrutivos que não são auto-reprodutores, mas dependem de humanos para reproduzi-los por causa de seu conteúdo pornográfico ou atraente de outras formas. Vírus e worms são programas que de fato dizem, em linguagem de computador, "Duplique-me". Ambos podem fazer outras coisas que fazem sua presença percebida e talvez possam satisfazer a vaidade dos autores deles. Estes efeitos colaterais podem ser "humorísticos" (como o vírus que faz o alto-falante embutido do Macintosh enunciar as palavras "Não entre em pânico", com o previsível efeito oposto); maliciosos (como os numerosos vírus IBM que apagam o disco rígido depois de um anúncio na tela do desastre iminente); políticos (como os vírus Spanish Telecom e Beijing que protestam sobre custos de telefone e estudantes massacrados respectivamente); ou simplesmente inadvertidos (o programador é incompetente para controlar as chamadas de sistema de baixo nível exigidas para escrever um vírus ou worm efetivo). O famoso Internet Worm que paralisou muito do poder de computação dos Estados Unidos no dia 2 de novembro de 1988 não era projetado (muito) maliciosamente mas ficou fora de controle e, dentro de 24 horas, tinha congestionado 6.000 memórias de computador multiplicando exponencialmente cópias de si mesmo.
"Memes agora se espalham ao redor do mundo à velocidade da luz, e se reproduzem a taxas que fazem até mesmo a mosca de frutas e células de fermento parecerem glaciais em comparação. Eles saltam promiscuamente de veículo para veículo, e de meio para meio, e estão provando ser virtualmente impossíveis de colocar em quarentena" (Dennett 1990, p.131). Vírus não estão limitados a mídias eletrônicas como discos e linhas de dados. Em seu caminho de um computador para outro, um vírus pode atravessar a tinta de impressão, raios de luz em uma lente humana, impulsos de nervo óticos e contrações de músculos do dedo. Uma revista de aficcionados por computador que imprimiu o texto de um programa de vírus para o interesse de seus leitores foi extensamente condenada. De fato, tal é a atração da idéia de vírus a um certo tipo de mentalidade pueril (o gênero masculino é usado a conselho), que a publicação de qualquer tipo de informação sobre como projetar programas de vírus é vista imediatamente como um ato irresponsável.
Eu não vou publicar nenhum código de vírus. Mas há certos truques de design de vírus efetivos que são conhecidos suficientemente bem, até mesmo óbvios, que não fará nenhum mal mencioná-los, enquanto eu preciso fazer para desenvolver meu tema. Todos eles se originam da necessidade do vírus para escapar de descoberta enquanto estiver se espalhando.
Um vírus que clona a si mesmo de forma excessiva dentro de um computador será descoberto rapidamente porque os sintomas de congestionamento ficarão muito óbvios para ignorar. Por isto muitos programas de vírus checam, antes de infectar um sistema, para ter certeza se eles já não estão naquele sistema. Incidentalmente, isto abre um modo para defesa contra vírus que é análogo à imunização. Nos dias antes que um programa específico de antivírus estivesse disponível, eu mesmo respondi a uma infecção em meu próprio disco rígido por meio de uma primitiva "vacinação". Em vez de apagar o vírus que tinha descoberto, eu simplesmente incapacitei suas instruções codificadas, deixando a "casca" do vírus com sua "assinatura" externa característica intacta. Teoricamente, os membros subseqüentes das mesmas espécies de vírus que chegaram em meu sistema deveriam ter reconhecido a assinatura do seu próprio tipo e se abstido de tentar infectá-lo novamente. Eu não sei se esta imunização realmente funcionou, mas naqueles dias provavelmente valia a pena "destripar" um vírus e deixar sua casca em lugar de simplesmente isolá-lo. Hoje em dia é melhor entregar o problema para um dos programas de antivírus profissionalmente escritos.
Um vírus que é muito virulento será descoberto rapidamente e será eliminado. Um vírus que imediatamente e catastroficamente sabota todo computador no qual se encontra não se achará em muitos computadores. Pode ter um efeito muito agradável em um computador --- apagar uma tese de doutorado inteira ou algo igualmente frustrante --- mas não se espalhará como uma epidemia.
Então, alguns vírus são projetados para ter um efeito que é pequeno o bastante para ser difícil de detectar, mas que pode mesmo assim ser extremamente danoso. Há um tipo que, em vez de apagar todos os setores de disco, ataca só planilhas eletrônicas, fazendo algumas mudanças aleatórias dentro de quantidades (normalmente financeiras) inseridas em filas e colunas. Outros vírus evadem descoberta sendo ativados probabilisticamente, apagando por exemplo só um em 16 dos discos rígidos infectados. Já outros vírus empregam o princípio de bombas-relógio. A maioria dos computadores modernos está "ciente" da data, e vírus foram ativados para se manifestar ao redor do mundo em uma data particular como uma sexta-feira 13 ou o Dia da Mentira em 1 de abril. Do ponto de vista parasitário, não importa quão catastrófico o ataque eventual é, contanto que o vírus tenha tido bastante oportunidade para se espalhar primeiro (uma analogia perturbadora com a teoria de

Medawar

/Williams do envelhecimento: nós somos as vítimas de genes letais e sub-letais que só amadurecem depois que nós tenhamos tido bastante tempo para nos reproduzirmos (Williams, 1957)). Como defesa, algumas companhias grandes vão tão longe a ponto de utilizar um "canário de minerador" entre sua frota de computadores, e avançar o calendário interno deste computador uma semana de forma que qualquer vírus bomba-relógio revele-se prematuramente antes do dia fatídico.
Novamente de maneira previsível, a epidemia de vírus de computador desencadeou uma corrida de esforços. Software antivirótico está movimentando um comércio volumoso. Estes programas antídoto -- "Interferon", "Vaccine", "Gatekeeper" e outros --- empregam um arsenal diverso de truques. Alguns são escritos com vírus específicos em mente, conhecidos e nomeados. Outros interceptam qualquer tentativa de intrometimento em áreas de memória de sistema sensíveis e avisam o usuário.
O princípio do vírus pode, teoricamente, ser usado para propósitos não-maliciosos e até mesmo benéficos. Thimbleby (1991) cunhou o termo "liveware" [live = vivo] para seu uso já implementado do princípio de infecção para manter cópias múltiplas de bancos de dados atualizadas. Toda vez que um disco contendo um banco de dados é conectado a um computador, ele confere se já há outra cópia presente no disco rígido local. Se houver, cada cópia é atualizada à luz da outra. Assim, com um pouco de sorte, não importa que membro de um círculo de colegas insira, digamos, uma citação bibliográfica nova em seu disco pessoal. As informações recentemente inseridas dele infectarão os discos de seus colegas prontamente (porque seus colegas inserem promiscuamente os discos deles nos computadores uns dos outros) e se espalharão como uma epidemia pelo círculo. O liveware de Thimbleby não é inteiramente como um vírus: ele não pode se espalhar para o computador de qualquer pessoa e causar dano. Ele espalha dados apenas a cópias já existentes de seu próprio banco de dados; e você não será infectado pelo liveware a menos que você opte positivamente pela infecção.
Incidentalmente, Thimbleby, que está muito preocupado com a ameaça dos vírus, aponta que você pode ganhar um pouco de proteção usando sistemas de computador que outras pessoas não usam. A justificativa habitual para comprar o computador numericamente dominante de hoje é simples e unicamente a de que ele é numericamente dominante. Quase toda pessoa entendida concorda que, em termos de qualidade e especialmente facilidade de uso, o sistema rival, minoritário, é superior. Não obstante, a onipresença é celebrada como benéfica por si mesma, suficiente para superar em valor a mera qualidade. Compre o mesmo (embora inferior) computador que seus colegas, como dita o argumento, e você poderá se beneficiar de software compartilhado e de uma circulação geralmente grande de software disponível. A ironia é que, com o advento da praga de vírus, "benefício" não é tudo aquilo que você pode adquirir. Nós não só deveríamos ser muito hesitantes antes de aceitar um disco de um colega. Nós também deveríamos estar atentos que, se nós nos unimos a uma comunidade grande de usuários de uma particular marca computador, nós também estamos nos unindo a uma comunidade grande de vírus --- até mesmo, podemos descobrir, desproporcionalmente maior.
Voltando a possíveis usos de vírus para propósitos positivos, há propostas para explorar o princípio "trapaceador vira regulador", e "usar um ladrão para pegar um ladrão". Um modo simples seria tomar quaisquer dos programas antiviróticos existentes e carregá-lo como uma "ogiva" em um vírus auto-reprodutor inofensivo. De um ponto de vista de "saúde pública", uma epidemia de propagação de software antivirótico poderia ser especialmente benéfica porque os computadores mais vulneráveis a vírus malignos --- aqueles cujos donos são promíscuos na troca de programas pirateados --- também serão mais vulneráveis à infecção pelo antivírus curativo. Um antivírus mais penetrante pod e--- como no sistema imunológico --- "aprender" ou "evoluir" uma capacidade melhorada para atacar qualquer vírus que encontrar.
Eu posso imaginar outros usos do princípio de vírus de computador que, se não precisamente altruísticos, sejam pelo menos construtivos o bastante para escapar a acusação de puro vandalismo. Uma companhia de computador poderia desejar fazer pesquisa de mercado nos hábitos de seus clientes, com uma visão para melhorar o projeto de produtos futuros. Os usuários gostam de escolher arquivos através de ícone pictóricos, ou eles optam por exibi-los apenas através de seus nomes textuais? Como as pessoas encadeiam suas pastas (diretórios) uns dentro dos outros? As pessoas se contentam com uma sessão longa com só um programa, digamos um processador de textos, ou eles estão constantemente trocando de um lado para outro, digamos entre programas de redigir e desenhar? As pessoas têm sucesso movendo o ponteiro do mouse diretamente ao objetivo, ou eles vagam ao redor em movimentos que desperdiçam tempo que poderiam ser retificados por uma mudança em design?
A companhia poderia enviar um questionário que faz todas estas perguntas, mas os clientes que responderiam seriam uma amostra parcial e, em todo caso, a própria avaliação deles do seu comportamento de uso do computador poderia ser inexata. Uma solução melhor seria um programa de computador de pesquisa de mercado. Seria requisitado que os clientes carregassem este programa no sistema deles, onde ele funcionaria sem obstrução monitorando silenciosamente e contando as teclas pressionadas e os movimentos de mouse. Ao término de um ano, o cliente seria requisitado a enviar o arquivo de disco contendo todos os dados do programa de pesquisa de mercado. Mas novamente, a maioria das pessoas não se aborreceria em cooperar e alguns poderiam ver isto como uma invasão de privacidade e do espaço de seu disco.
A solução perfeita, do ponto de vista da companhia, seria um vírus. Como qualquer outro vírus, seria auto-reprodutor e sutil. Mas não seria destrutivo ou facetado como um vírus ordinário. Junto com seu propulsor auto-reprodutor conteria uma ogiva de pesquisa de mercado. O vírus seria liberado sorrateiramente na comunidade de usuários de computador. Como um vírus ordinário ele se espalharia, à medida que as pessoas trocassem disquetes e e-mails ao redor da comunidade. Enquanto o vírus se espalhasse de computador a computador, construiria estatísticas sobre o comportamento de usuários, monitorado secretamente dos bastidores dentro de uma sucessão de sistemas. De vez em quando, uma cópia dos vírus acharia seu caminho de volta a um dos computadores da própria companhia através de tráfico de epidemia normal. Lá seria examinado e seus dados colecionados com dados de outras cópias do vírus que tenham voltado à "casa".
Olhando para o futuro, não é fantástico imaginar um tempo em que vírus, tanto ruins quanto bons, tornem-se tão onipresentes que nós poderemos falar de uma comunidade ecológica de vírus e programas legítimos que coexistiriam na silicosfera. No momento, o software é anunciado como, digamos, "Compatível com o Sistema 7". No futuro, produtos podem ser anunciados como "Compatível com todos os vírus registrados no Censo Mundial de Vírus de 1998; imune a todos vírus virulentos listados; toma vantagem completa das instalações oferecidas pelos vírus benignos seguintes se presentes..." Softwares processadores de texto, digamos, podem entregar funções particulares, como contagem de palavras e cadeias, para vírus amigáveis que passem autonomamente pelo texto.
Olhando ainda mais adiante no futuro, sistemas de software integrados inteiros poderiam crescer, não através de design, mas por algo como o crescimento de uma comunidade ecológica como uma floresta tropical. Gangues de vírus mutuamente compatíveis poderiam crescer, da mesma maneira como genomas podem ser considerados como gangues de genes mutuamente compatíveis (Dawkins, 1982). De fato, eu sugeri até mesmo que nossos genomas deveriam ser considerados como colônias gigantescas de vírus (Dawkins, 1976). Genes cooperam uns com os outros em genomas porque a seleção natural favoreceu esses genes que prosperam na presença dos outros genes que eventualmente estão na mesma comunidade de genes. Comunidades de genes diferentes podem evoluir para combinações diferentes de genes mutuamente compatíveis. Eu vejo um tempo quando, da mesma forma, vírus de computador podem evoluir para compatibilidade com outros vírus, para formar comunidades ou gangues. Mas novamente, talvez não! De qualquer modo, eu acho a especulação mais alarmante que excitante.
No momento, vírus de computador não evoluem estritamente. Eles são inventados por programadores humanos, e se eles evoluem eles o fazem no mesmo senso fraco como carros ou aeroplanos evoluem. Projetistas derivam o carro deste ano como uma modificação leve do carro do último ano, e então pode, mais ou menos conscientemente, continuar uma tendência dos últimos anos --- achatar ainda mais a grade do radiador ou o que quer que seja. Projetistas de vírus de computador inventam truques cada vez mais intrincados para burlar os programadores de software de antivírus. Mas vírus de computador --- até agora --- não sofrem mutação e evoluem através de verdadeira seleção natural. Eles podem fazer isso no futuro. Quer eles evoluam através de seleção natural, ou quer a evolução deles seja guiada por projetistas humanos, pode não fazer muita diferença ao desempenho eventual deles. Por qualquer forma de evolução, nós esperamos que eles fiquem melhores em encobrimento e que eles fiquem sutilmente compatíveis com outros vírus que estão prosperando ao mesmo tempo na comunidade de computadores.
Vírus de DNA e vírus de computador se espalham pela mesma razão: um ambiente existe no qual há uma maquinaria bem montada para duplicar e espalhá-los por aí e para obedecer as instruções que os vírus embutem. Estes dois ambientes são, respectivamente, o ambiente da fisiologia celular e o ambiente provido por uma comunidade grande de computadores e maquinaria para lidar com dados. Há qualquer outro ambiente como estes, qualquer outro paraíso de replicação?


3 A Mente Infectada
Eu já aludi à credulidade programada de uma criança, tão útil para aprender o idioma e sabedoria tradicional, e


tão facilmente subvertida pelas freiras, Moonies e sua laia. Mais geralmente, todos nós trocamos informação uns com os outros. Nós não inserimos exatamente disquetes em aberturas nos crânios uns dos outros, mas nós trocamos frases, tanto por nossos ouvidos quanto por nossos olhos. Nós notamos os estilos de mover e vestir uns dos outros e somos influenciados. Nós aceitamos jingles de propaganda, e somos presumivelmente persuadidos por eles, caso contrário os homens de negócios cabeças-dura não gastariam tanto dinheiro poluindo o ambiente com eles.
Pense nas duas qualidades que um vírus, ou qualquer tipo de replicador parasitário, precisa de um meio amigável. As duas qualidades que fazem a maquinaria celular tão amigável para o DNA parasitário, e que faz computadores tão amigáveis para vírus de computador. Estas qualidades são, primeiramente, uma prontidão para reproduzir informação com precisão, talvez com alguns enganos que são reproduzidos subseqüentemente com precisão; e, secundariamente, uma prontidão para obedecer a instruções codificadas na informação assim reproduzida.
A maquinaria celular e computadores eletrônicos se destacam em ambas estas qualidades amigáveis aos vírus. Como cérebros humanos se saem nestes aspectos? Como duplicadores fiéis, eles são certamente menos perfeitos que células ou computadores eletrônicos. Não obstante, eles ainda são muito bons, talvez tão confiáveis quanto um vírus de RNA, mas não tão bons quanto um DNA com todas suas medidas elaboradas de revisão contra degradação textual. Uma evidência da fidelidade de cérebros, especialmente cérebros de crianças, como duplicadores de dados é fornecida pela própria linguagem. O Professor Higgins de Shaw era capaz através apenas de ouvido de situar londrinos na rua onde eles cresceram. A ficção não é evidência para nada, mas todo mundo sabe que a habilidade fictícia de Higgins é só um exagero de algo que nós todos podemos fazer. Qualquer americano pode diferenciar o sotaque do Extremo Sul do sotaque do Meio oeste, o de New England do de Hillbilly. Qualquer nova-iorquino pode diferenciar o sotaque Bronx do Brooklyn. Afirmações equivalentes poderiam ser substanciadas para qualquer país. O que este fenômeno significa é que cérebros humanos são capazes de copiar muito precisamente (caso contrário os sotaques de, digamos, Newcastle não seriam estáveis o bastante para ser reconhecidos) mas com alguns enganos (caso contrário a pronúncia não evoluiria, e todos os falantes de um idioma herdariam exatamente os mesmos sotaques dos seus antepassados remotos). A língua evolui, porque tem tanto a grande estabilidade quanto a mutabilidade sutil que são condições prévias para qualquer sistema evolutivo.
A segunda exigência de um ambiente amigável a vírus --- que ele deva obedecer a um programa de instruções codificadas --- é mais uma vez apenas quantitativamente menos verdade para cérebros que para células ou computadores. Nós às vezes obedecemos ordens uns dos outros, mas também às vezes não o fazemos. Não obstante, é um fato revelador que, por todo o mundo, a vasta maioria das crianças segue a religião de seus pais em lugar de quaisquer das outras religiões disponíveis. Instruções para genuflectir, curvar-se para Meca, para acenar a cabeça ritmicamente perante um muro, de balançar como um louco, para "falar em línguas" [speak in tongues] --- a lista de tais padrões motores arbitrários e insensatos oferecida pela religião apenas é extensa--- são obedecidas, se não servilmente, pelo menos com uma probabilidade estatística razoavelmente alta.
Menos prejudicial, e novamente especialmente proeminente em crianças, a "moda" é um exemplo notável de comportamento que deve mais à epidemiologia que à escolha racional. Ioiôs, bambolês e pula-pulas, com as atitudes determinadas de comportamento associadas a eles, passam por escolas, e mais esporadicamente saltam de escola a escola, em padrões que não diferem de uma epidemia de sarampo em nenhum aspecto importante em particular. Dez anos atrás, você poderia ter viajado milhares de milhas pelos Estados Unidos e nunca poderia ter visto um boné de beisebol usado virado ao contrário. Hoje, o boné de beisebol virado é onipresente. Eu não sei qual foi precisamente o padrão de expansão geográfica do uso do boné de beisebol virado para trás, mas a epidemiologia está certamente entre as profissões mais qualificadas para estudar isto. Nós não temos que nos enveredar por argumentos sobre "determinismo"; nós não temos que alegar que as crianças são compelidas a imitar as modas de chapéu de seus colegas. É o bastante que o comportamento de usar chapéu delas, de fato, é estatisticamente afetado pelo comportamento de usar chapéu de seus colegas.
Trivial como elas são, modas nos provêem ainda mais evidência circunstancial de que mentes humanas, especialmente talvez as juvenis, têm as qualidades que nós destacamos como desejáveis para um parasita informacional. No mínimo a mente é uma candidata plausível para infecção por algo como um vírus de computador, até mesmo se não for exatamente um ambiente de sonhos para um parasita como um núcleo de célula ou um computador eletrônico.
É intrigante imaginar como seria, do interior, se a mente de uma pessoa fosse vítima de um "vírus". Este poderia ser um parasita deliberadamente projetado, como um vírus de computador atual. Ou poderia ser um parasita inadvertidamente transformado e inconscientemente evoluído. De qualquer modo, especialmente se o parasita evoluído era o descendente mêmico de uma linha longa de antepassados prósperos, nós somos intitulados a esperar que o vírus da mente "típico" seja muito bom em seu trabalho de reproduzir a si mesmo com sucesso.
Evolução progressiva de parasitas da mente mais efetivos terá dois aspectos. "Mutantes" novos (seja randomicamente ou projetados por humanos) que são melhores em se espalhar se tornarão mais numerosos. E haverá um agrupamento de idéias que florescem na presença umas das outras, idéias que mutuamente apóiam umas às outras da mesma maneira que genes o fazem e como especulei que vírus de computador podem um dia vir a fazer. Nós esperamos que replicadores irão juntos de cérebro para cérebro em gangues mutuamente compatíveis. Estas gangues irão constituir um pacote, que pode ser suficientemente estável para merecer um nome coletivo como Catolicismo Romano ou Vodu. Não importa muito se nós fizermos a analogia do pacote inteiro para um único vírus, ou a cada uma das partes componentes de um único vírus. A analogia não é tão precisa de qualquer maneira, como a distinção entre um vírus de computador e um verme [worm] de computador não é nada para ser considerado. O que importa é que as mentes são ambientes amigáveis para idéias ou informações parasitas, auto-reprodutoras, e que mentes são tipicamente infestadas de forma maciça.
Como vírus de computador, vírus da mente de sucesso tenderão a ser difíceis para suas vítimas descobrirem. Se você for a vítima de um, as chances são de que você não saberá disto, e pode até mesmo negar vigorosamente isto. Aceitando que um vírus poderia ser difícil de descobrir em sua própria mente, que sinais indicadores você poderia procurar? Eu responderei imaginando como um livro de medicina poderia descrever os sintomas típicos de um atingido (arbitrariamente assumido como do sexo masculino).


1. O paciente se acha tipicamente impelido por alguma convicção profunda, interna, de que algo é verdade, ou correto, ou virtuoso: uma convicção que não parece dever nada à evidência ou razão, mas que, não obstante, ele sente como totalmente compelidora e convincente. Nós doutores nos referimos a tal convicção como "fé".


2. Pacientes tipicamente atribuem uma virtude positiva à fé ser forte e inabalável, apesar dela não ser baseada em evidência. De fato, eles podem sentir que quanto menos comprovada, mais virtuosa é a convicção (veja abaixo).
Esta idéia paradoxal de que a falta de evidência é uma virtude positiva no que tange a fé tem parte da qualidade de um programa que é auto-sustentando, porque é auto-referente (ver o capítulo "On Viral Sentences and Self-Replicating Structures" [Sobre Sentenças Virais e Estruturas Auto-Reprodutoras] em Hofstadter, 1985). Uma vez que a proposição é acreditada, ela automaticamente mina a oposição a si mesma. A idéia de que a "falta de evidência é uma virtude" poderia ser uma sócia admirável, agrupando-se à própria fé em um grupo exclusivo de programas viróticos mutuamente encorajadores.


3. Um sintoma relacionado que um afligido pela fé também pode apresentar é a convicção de que o "mistério", per se, é uma coisa boa. Não é uma virtude resolver mistérios. Ao contrário, nós deveríamos desfrutá-los, até mesmo nos divertir com sua insolubilidade.
Qualquer impulso para resolver mistérios poderia ser um inimigo sério para a expansão de um vírus da mente. Então, não seria surpreendente se a idéia de que "mistérios são melhores não-resolvidos" fosse um membro favorecido de uma gangue mutuamente apoiadora de vírus. Tome o "Mistério da Transubstanciação". É fácil e não-misterioso acreditar que em algum senso simbólico ou metafórico o vinho eucarístico se transforme no sangue de Cristo. A doutrina católica romana de transubstanciação, porém, alega muito mais. A "substância inteira" do vinho é convertida no sangue de Cristo; a aparência de vinho que permanece é "meramente acidental", "não derivando de nenhuma substância" (Kenny, 1986, pág. 72). A transubstanciação é coloquialmente ensinada como significando que o vinho se transforma "literalmente" no sangue de Cristo. Quer em seu Aristotélico obfuscatório ou em sua forma coloquial mais franca, a alegação de transubstanciação só pode ser feita se nós cometermos uma violência séria aos significados normais de palavras como "substância" e "literalmente". Redefinir palavras não é um pecado, mas se nós usamos palavras como "substância inteira" e "literalmente" para este caso, que palavra vamos usar quando nós realmente e verdadeiramente quisermos dizer que algo aconteceu de fato? Como Anthony Kenny observou de seu próprio questionamento quando era um seminarista jovem, "Até onde podia dizer, minha máquina de escrever poderia ser Benjamim Disraeli transubstanciado..."
Católicos romanos, cuja crença na autoridade infalível os compele a aceitar que o vinho se transforma fisicamente em sangue apesar de todas as aparências, referem-se ao "mistério" da transubstanciação. Chamar isto de um mistério torna tudo certo, entende? Pelo menos, funciona bem para uma mente bem preparada por uma infecção secundária. Exatamente o mesmo truque é realizado no "mistério" da Trindade. Mistérios não foram feitos para ser resolvidos, eles foram feitos para criar fascinação. A idéia de que o "mistério é uma virtude" vem à ajuda do católico, que do contrário acharia intolerável a obrigação de acreditar na tolice óbvia da transubstanciação e do "três-em-um". Novamente, a convicção de que o "mistério é uma virtude" tem um elo auto-referente. Como Hofstadter poderia dizer, o mesmo mistério da crença move o crente a perpetuar o mistério.
Um sintoma extremo da infecção do "mistério é uma virtude" é o "Certum est quia impossibile est" de Tertullian ("É certo porque é impossível"). Desse modo a loucura chega. Uma pessoa pode ficar tentada a citar a Rainha Branca de Lewis Carroll que, em resposta à frase de Alice "Uma pessoa não pode acreditar em coisas impossíveis" disse "eu ouso dizer que você não teve muita prática... Quando eu tinha sua idade, eu sempre fazia isto durante meia-hora por dia. Por que, às vezes eu acreditei em tanto quanto seis coisas impossíveis antes do café da manhã". Ou o Monge Elétrico de Douglas Adams, um dispositivo poupador de trabalho programado para acreditar por você que era capaz de "acreditar em coisas que eles teriam dificuldade em acreditar em Salt Lake City" e o qual, no momento de ser apresentado ao leitor, acreditava ao contrário de toda a evidência, que tudo no mundo era uma sombra uniforme de cor-de-rosa. Mas as Rainhas Brancas e os Monges Elétricos ficam menos engraçados quando você perceber que estes grandes crentes são na vida real indistinguíveis de teólogos venerados. "É para ser acreditado de todas as formas, porque é absurdo" (Tertullian novamente). Sir Thomas Browne (1635) cita Tertullian com aprovação, e vai mais adiante: "Eu acho que não há impossibilidades o bastante na religião para uma fé ativa”. E "eu desejo exercitar minha fé no ponto mais difícil; já que acreditar nos objetos ordinários e visíveis não é fé, mas persuasão”.
Eu sinto que há algo mais interessante acontecendo aqui que apenas simples insanidade ou nonsense surrealista, algo similar à admiração que nós sentimos quando assistimos um ilusionista em uma corda bamba. É como se o fiel ganhasse mais prestígio por conseguir acreditar em coisas mais impossíveis que seus rivais conseguem acreditar. Será que estas pessoas estão testando --- exercitando --- seus músculos de acreditar, treinando a si mesmos para acreditar em coisas impossíveis de forma que eles possam encarar facilmente as coisas meramente improváveis que eles são chamados a acreditar ordinariamente?
Enquanto eu estava escrevendo isto, o Guardian (29 de julho de 1991) fortuitamente mostrava um belo exemplo. Ele veio em uma entrevista com um rabino executando a tarefa estranha de atestar pureza kosher de produtos de comida até às últimas origens dos seus minutos ingredientes . Ele estava agonizando atualmente sobre se iria até a China para examinar o mentol que compõe pastilhas para tosse. "Você já tentou verificar mentol chinês... era extremamente difícil, especialmente já que a primeira carta que nós enviamos recebido a resposta no melhor inglês chinês, `O produto não contém nenhum kosher'... A China só começou recentemente a se abrir a investigadores kosher. O mentol deve estar certo, mas você nunca pode estar absolutamente seguro a menos que você visite". Estes investigadores kosher gerenciam uma linha de atendimento por telefone na qual alertas em tempo real de suspeita contra barras de chocolate e óleo de fígado de bacalhau são registradas. O rabino lamenta que a tendência inspirada ecologicamente de distanciamento de cores artificiais e sabores "tornam a vida miserável no campo kosher porque você tem que seguir todas estas coisas até sua origem". Quando o entrevistador lhe pergunta por que ele se aborrece neste exercício obviamente insensato, ele deixa muito claro que o ponto é precisamente que não há nenhum ponto:
Que a maioria das leis Kashrut são ordenações divinas sem razão dada é 100 por cento o ponto. É muito fácil não assassinar as pessoas. Muito fácil. É um pouco mais duro não roubar porque uma pessoa é tentada ocasionalmente. De forma que não é nenhuma grande prova que eu acredito em Deus ou estou cumprindo o Seu desejo. Mas, se Ele me diz que não devo tomar uma xícara de café com leite na minha hora do almoço com minha carne moída, isto é um teste. A única razão para que eu estou esteja fazendo isso é porque me disseram para fazer isso. É algo difícil.
Helena Cronin sugeriu a mim que pode haver uma analogia aqui para a teoria de deficiência de Zahavi de seleção sexual e a evolução de sinais (Zahavi, 1975). Há muito antiquada, até mesmo ridicularizada (Dawkins, 1976), a teoria de Zahavi foi reabilitada recentemente de forma inteligente (Grafen, 1990 a, b) e é considerada agora seriamente por biólogos evolutivos (Dawkins, 1989). Por exemplo, Zahavi sugere que pavões evoluíram suas caudas absurdamente penosas e suas cores ridiculamente notáveis (para predadores), precisamente porque elas são penosas e perigosas, e portanto impressionantes a fêmeas. O pavão está, em efeito, dizendo: "Veja o quão forte e adaptado eu devo ser, já que eu posso levar este rabo absurdamente penoso por aí".
Para evitar um mal entendido do idioma subjetivo no qual Zahavi gosta de fazer suas observações, eu devo acrescentar que a convenção do biólogo de personificar as ações inconscientes da seleção natural é um pressuposto não mencionado aqui. Grafen traduziu o argumento em um modelo matemático Darwiniano ortodoxo, e ele funciona. Nenhuma reivindicação está sendo feita aqui sobre a intencionalidade ou consciência de pavões e pavoas. Eles podem ser tão involuntários ou intencionais quanto você desejar (Dennett, 1983, 1984). Além disso, a teoria de Zahavi é geral o bastante para não depender de um apoio Darwiniano. Uma flor que anuncia seu néctar a uma abelha "cética" poderia se beneficiar do princípio de Zahavi. Mas assim também poderia um vendedor humano que busca impressionar um cliente.
A premissa da idéia de Zahavi é que a seleção natural favorecerá o ceticismo entre fêmeas (ou entre recipientes de mensagens de anúncio). O único modo de um macho (ou qualquer anunciante) autenticar a sua ostentação de força (qualidade, ou o que for) é provar que ela é verdade ao carregar um fardo verdadeiramente pesado --- uma deficiência que só um macho genuinamente forte (de qualidade alta, etc.) poderia agüentar. Pode ser chamado o princípio da autenticação custosa. E agora ao ponto. É possível que algumas doutrinas religiosas não sejam favorecidas apesar de serem ridículas, mas precisamente porque elas sejam ridículas? Qualquer iniciante em religião poderia acreditar que simbolicamente o pão representa o corpo de Cristo, mas é preciso um verdadeiro cristão de sangue para acreditar em algo tão bizarro quanto a transubstanciação. Se você acredita que pode acreditar em qualquer coisa, e (testemunhe a história de Thomas, o cético), estas pessoas são treinadas para ver isto como uma virtude.
Vamos retornar à nossa lista de sintomas que alguém afligido com o vírus mental da fé, e sua gangue acompanhante de infecções secundárias, pode esperar experimentar.


4. O atingido pode se achar comportando-se de forma intolerante a vetores de fés de rivais, em casos extremos até mesmo matando-os ou defendendo suas mortes. Ele pode ser similarmente violento em sua disposição para com apóstatas (as pessoas que uma vez celebraram a fé, mas renunciaram isto); ou para com hereges (as pessoas que defendem uma versão diferente --- freqüentemente, talvez significativamente, apenas ligeiramente diferente --- da fé). Ele também pode se sentir hostil para com outros modos de pensamento que são potencialmente inimigos à sua fé, como o método de razão científica que pode funcionar quase como um software antivirótico.
A ameaça de matar o distinto novelista Salman Rushdie é só o mais recente em uma linha longa de exemplos tristes. No mesmo dia em que eu escrevi isto, o tradutor japonês de Os Versos Satânicos foi encontrado assassinado, uma semana depois de um ataque quase fatal ao tradutor italiano do mesmo livro. A propósito, o sintoma aparentemente oposto de "simpatia" para a "dor" muçulmana, expressada pelo Arcebispo de Canterbury e outros líderes Cristãos (beirando, no caso do Vaticano, a clara cumplicidade criminal) é, claramente, uma manifestação do sintoma que nós discutimos anteriormente: a ilusão de que a fé, por mais danosos que sejam seus resultados, tem que ser respeitada simplesmente porque é fé.
Assassinato é um extremo, é claro. Mas há até mesmo um sintoma mais extremo, e é o suicídio no serviço militante de uma fé. Como uma formiga-soldado programada para sacrificar a vida dela por cópias de genes que fizeram a programação, um árabe ou japonês (??!) jovem é ensinado que morrer em uma guerra santa é o caminho mais rápido para o céu. Se os líderes que o exploram acreditam nisto não diminui o poder brutal que o "vírus de missão suicida" carrega em nome da fé. É claro que o suicídio, como o assassinato, é uma bênção parcial: aqueles que poderiam ser convertidos podem ser repelidos, ou podem tratar com desprezo uma fé que é percebida como insegura o bastante para precisar de tais táticas.
Mais obviamente, se muitos indivíduos se sacrificam a provisão de crentes poderia tornar-se baixa. Isto foi verdade em um exemplo notório de suicídio inspirado pela fé, embora este caso não tenha sido nenhuma morte "kamikaze" em batalha. A seita do Templo do Povo se extinguiu quando seu líder, o Reverendo Jim Jones, conduziu a maior parte dos seguidores dele nos Estados Unidos para a Terra Prometida de "Jonestown" na selva de Guiana, onde ele persuadiu mais de 900 deles, as crianças primeiro, a beber cianeto. O caso macabro foi investigado inteiramente por uma equipe do San Francisco Chronicle (Kilduff e Javers, 1978).
Jones, "o Pai", tinha chamado seu rebanho a uma reunião e tinha lhes falado que estava na hora de partir para o céu."Nós vamos nos encontrar", ele prometeu, "em outro lugar".As palavras continuaram soando nos alto-falantes do acampamento."Há grande dignidade em morrer. É uma grande demonstração para todos morrer".
Incidentalmente, não escapa à mente treinada do sociobiologista alerta que Jones, nos primórdios de sua seita, "proclamou a si mesmo a única pessoa que podia praticar sexo" (presumivelmente suas parceiras também podiam). "Uma secretária organizaria os encontros de Jones. Ela chamaria e diria, `O Pai odeia fazer isto, mas ele tem este tremendo desejo e você poderia por favor...?'" Suas vítimas não eram apenas mulheres. Um rapaz de 17 anos, dos dias em que a comunidade de Jones ainda estava em São Francisco, contou como ele foi levado durante fins de semana pervertidos para um hotel onde Jones recebeu "o desconto de um ministro do Rev. Jim Jones e filho". O mesmo rapaz disse: "Eu realmente o venerava. Ele era mais que um pai. Eu teria matado meus pais por ele". O que é notável sobre o Reverendo Jim Jones não é seu comportamento voltado a servir ele mesmo, mas a credulidade quase sobre-humana de seus seguidores. Tendo à disposição tal credulidade prodigiosa, que pessoa pode duvidar que as mentes humanas não estão prontas para infecção maligna?
Admitidamente, o Reverendo Jones enganou só alguns milhares de pessoas. Mas o caso dele é um extremo, a ponta de um iceberg. A mesma ânsia de ser enganado por líderes religiosos é difundida. A maioria de nós estaria preparado para apostar que ninguém escaparia ao ir na televisão e dizer, com todas as palavras, "Envie-me seu dinheiro, de forma que eu possa usá-lo para persuadir outros babacas a me enviar seu dinheiro também". No entanto hoje, em qualquer grande cidade nos Estados Unidos, você pode achar pelo menos um canal evangelista de televisão completamente dedicado para este evidente truque de confiança. E eles escapam disto cheios de dinheiro. Defrontados com esta credulidade burra temerosa, é difícil não sentir uma simpatia invejosa com os vigaristas bem vestidos. Até que você perceba que nem todos os crédulos são ricos, e que é freqüentemente das heranças de viúvas que os evangelistas estão enriquecendo. Eu ouvi até mesmo um deles invocando explicitamente o princípio que eu identifico agora com o princípio de Zahavi de autenticação custosa. Deus aprecia realmente uma doação, ele disse com sinceridade apaixonada, somente quando essa doação é tão grande que machuca. Pobres anciãos eram colocados em rodas para testemunhar quanto mais felizes eles se sentiam desde que eles tinham doado todo o pouco que tinham para o Reverendo, quem quer que ele fosse.


5. O paciente pode notar que as convicções particulares que ele mantém, embora não tenham nada a ver com evidência, de fato parecem ter muito ver com a epidemiologia. Por que, ele pode desejar saber, eu mantenho este conjunto convicções em lugar daquele outro? Será porque eu examinei todas as fés do mundo e escolhi aquela cujas alegações pareciam as mais convincentes? Quase certamente não. Se você tiver uma fé, é de forma estatística esmagadoramente provável que seja a mesma fé que seus pais e avós mantinham. Não há nenhuma dúvida de que erguer catedrais, criar música, histórias comoventes e parábolas ajuda um pouco. Mas sem dúvida a variável mais importante que determina sua religião é o acaso do nascimento. As convicções que você mantém tão apaixonadamente teriam sido um conjunto de convicções completamente diferente, e largamente contraditório, se você tivesse simplesmente nascido em um lugar diferente. Epidemiologia, não evidência.


6. Se o paciente for uma das exceções raras que seguem uma religião diferente de seus pais, a explicação ainda pode ser epidemiológica. É verdade, é possível que ele tenha examinado desapaixonadamente as fés do mundo e escolheu a mais convincente. Mas é estatisticamente mais provável que ele tenha sido exposto a um agente infeccioso particularmente potente --- um John Wesley, um Jim Jones ou um São Paulo. Aqui nós estamos falando sobre transmissão horizontal, como no sarampo. Antes, a epidemiologia era a de transmissão vertical, como a Chorea de Huntington.


7. As sensações internas do paciente podem ser incrivelmente remanescentes àquelas normalmente associadas com o amor sexual. Esta é uma força extremamente potente no cérebro, e não é surpreendente que alguns vírus evoluíram para explorá-la. A famosa visão orgástica de Santa Teresa de Ávila é muito notória para precisar ser citada novamente. Mais seriamente, e em um plano menos cruamente sensual, o filósofo Anthony Kenny provê o testemunho comovente ao puro prazer que espera aqueles que conseguem acreditar no mistério da transubstanciação. Depois de descrever sua ordenação como um padre católico romano, capacitado a celebrar Missa pelo toque de mãos, ele adiciona que recorda vividamente
a exaltação dos primeiros meses durante os quais eu tive o poder para rezar a Missa. Sendo que eu normalmente sou preguiçoso e lento para acordar, eu saltaria cedo para fora da cama, completamente desperto e cheio de excitação ao pensamento do ato momentoso que fui privilegiado para executar. Eu raramente rezava a Missa de Comunidade pública: a maioria dos dias eu celebrei sozinho em um altar lateral com um membro novato do Colégio para servir como o assistente e congregação. Mas isso não fez diferença à solenidade do sacrifício ou à validez da consagração.
Era tocar o corpo de Cristo, a proximidade do padre a Jesus que mais me atraiu. Eu contemplaria o Anfitrião depois das palavras de consagração, com os olhos ternos como um amante que olha nos olhos de sua amada... Esses primeiros dias como um padre permanecem em minha memória como dias de complitude e felicidade trêmula; algo precioso, e ainda muito frágil para durar, como um caso de amor romântico tornado curto pela realidade de um matrimônio mal arranjado. (Kenny, 1986, pp. 101-2)
O doutor Kenny é inclinado a acreditar que parecia a ele, como um padre jovem, como se ele estivesse apaixonado pelo anfitrião consagrado. Que vírus brilhantemente próspero! Na mesma página, incidentalmente, Kenny nos mostra também que o vírus é transmitido de forma contagiosa --- se não literalmente então pelo menos em algum senso --- da palma da mão do bispo infectado ao topo da cabeça do padre novo:
Se a doutrina católica é verdadeira, todo padre validamente ordenado deriva suas ordens de uma linha ininterrupta de toques de mãos, através do bispo que o ordena de volta a um dos doze Apóstolos... devem haver cadeias registradas de toques de mãos de séculos. Surpreende-me que os padres nunca pareçam se importar em localizar a ascendência espiritual deles deste modo, encontrando quem ordenou o seu bispo, e quem o ordenou, e assim por diante até Júlio II ou Celestina V ou Hildebrando, ou Gregório o Grande, talvez. (Kenny, 1986, pág. 101)
Isso também me surpreende.


4 A Ciência é um Vírus?



Não. Não a menos que todos os programas de computador sejam vírus. Programas bons, úteis, se espalham porque as pessoas os avaliam, recomendam e repassam. Vírus de computador se espalham somente porque eles embutem as instruções codificadas: "Me espalhe". Idéias científicas, como todos os memes, estão sujeitas a um tipo de seleção natural, e isto poderia parecer superficialmente como um vírus. Mas as forças seletivas que examinam as idéias científicas não são arbitrárias e caprichosas. Elas são regras de precisão, bem avaliadas, e não favorecem o comportamento egoísta insensato. Elas favorecem todas as virtudes expostas em livros padrão de ensino de metodologia: testabilidade, apoio de evidências, precisão, quantificabilidade, consistência, intersubjectividade, reproducibilidade, universalidade, progressividade, independência do ambiente cultural e assim por diante. A fé se espalha a despeito de uma total falta de qualquer uma destas virtudes.
Você pode achar elementos de epidemiologia na expansão de idéias científicas, mas será epidemiologia largamente descritiva. A expansão rápida de uma boa idéia pela comunidade científica pode até se parecer com a descrição de uma epidemia de sarampo. Mas quando você examina as razões subjacentes você descobre que elas são boas, satisfazendo os padrões exigentes do método científico. Na história da expansão da fé você achará pouco mais que epidemiologia, e ainda mais epidemiologia causal. A razão porque uma pessoa A acredita em uma coisa e uma B acredita em outra é simples e unicamente que A nasceu em um continente e B em outro. Testabilidade, apoio evidencial e tudo mais não é nem mesmo remotamente considerado. Para a crença científica, a epidemiologia vem meramente muito depois e descreve a história de sua aceitação. Para a crença religiosa, a epidemiologia é a causa raiz.


5 Epílogo



Felizmente, os vírus não ganham sempre. Muitas crianças emergem incólumes do pior que as freiras e mulás podem jogar nelas. A própria história de Anthony Kenny tem um final feliz. Ele eventualmente renunciou suas ordens porque já não podia tolerar as contradições óbvias dentro da crença católica, e ele é agora um estudioso altamente respeitado. Mas uma pessoa não pode deixar de observar que realmente deve ser uma infecção poderosa porque de fato foi preciso a um homem da sabedoria e inteligência dele --- o Presidente da Academia britânica, nada menos --- três décadas para superar. Sou indevidamente alarmista ao temer pela alma de minha inocente de seis anos?
Agradecimento
Com agradecimentos a Helena Cronin por sugestão detalhada sobre o conteúdo e estilo em cada página.