sexta-feira, janeiro 09, 2009

Há mais chances de ser acertado por um raio do que ganhar na mega-sena



O
número de raios no País no ano passado também foi maior que em 2007, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, superando os 60 milhões, e a chance de ser atingido por um raio no Brasil foi de 1 em 2,5 milhões. Em São Paulo a chance foi de 1 em 2 milhões, possibilidade bem maior do que a de acertar a loteria com um palpite simples (1 em 50 milhões), segundo o Elat. De acordo com o órgão, é previsto para 2009 que o número de raios se mantenha nos níveis de 2008. Quatro mortes já ocorreram na Bahia.
Levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registrou um aumento no número de mortos por raios no País em 2008 em comparação ao ano anterior. Foram computadas 75 vítimas fatais em 2008 contra 47 casos em 2007. De acordo com o Elat, o total de mortos no ano passado é o maior da década. A maior incidência dos casos aconteceu entre homens adultos, com uma incidência de 76%, principalmente entre os que trabalhavam na zona rural, onde foram atingidos cerca de 30% do total das vítimas dos raios no Brasil. Cerca de 61% dos casos ocorreram no verão, seguido da primavera com 23%. Ainda, 83% dos casos ocorreram ao ar livre. Destes, a maioria, 63%, ocorreu na zona rural, outros 22% na zona urbana, 10% em rodovias e 5% no litoral. Por regiões, o Sudeste teve a maior porcentagem (39%), seguido pelo Nordeste (32%), pelo Sul (15%), pelo Centro-Oeste (9%) e pela região Norte (5%). São Paulo foi o Estado onde foram registrados o maior número de casos, chegando a 20 em 2008, seguido por Ceará (7), Minas Gerais e Alagoas (6) e Rio Grande do Sul (5). Quanto às circunstâncias mais comuns, os trabalhadores agropecuários no campo foram os mais atingidos (19%), seguidos pelos que estavam próximo de meios de transporte, mas não dentro, tais como motos (17%). Depois, estão os que estavam dentro de casa (17%) e os que estavam próximo a casas, mas não dentro (12%). Segundo o levantamento, duas situações merecem destaque. Ocorreram os primeiros casos no País de pessoas que morreram falando ao celular dentro de casa com o aparelho ligado na rede elétrica (4%) e foi registrado um pequeno número, relativamente, de casos de pessoas jogando futebol (5%).

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