As crianças
podem nos surpreender e, em segundos, se envolverem numa situação de
risco. Cortes, quedas, engasgos e queimaduras são alguns exemplos. Você
sabe como prestar os primeiros socorros a uma criança? Prestar os
primeiros socorros é muito diferente de medicar. Estamos falando da
primeira assistência a quem precisa. O passo seguinte é procurar um
hospital para se certificar que está tudo bem. Veja as orientações para
os procedimentos mais apropriados em situações de emergência.
Engasgos
O que fazer: a técnica indicada para crianças de até sete anos é a da tapotagem. Consiste em inclinar o corpo da criança para frente e, com as mãos em concha, bater nas costas, até que o corpo estranho saia pela boca.
Após essa idade, se aplica a Manobra de Heimlich,
conhecida como compressão abdominal. Essa técnica é parecida com
abraçar uma pessoa pelas costas e fazer compressão com a mão para dentro
e para cima, ao mesmo tempo. Antes dos sete anos, a manobra não é
indicada, por ser mais agressiva. Não aplicada corretamente, poderá
comprometer as costelas da criança.
O que NÃO fazer: o
reflexo imediato de muitas mães, de tentar tirar o que está obstruindo
as vias respiratórias, colocando o dedo na garganta da criança, não é
indicado caso o objeto não esteja visível e com fácil acesso. Isso pode fazer com que o problema se agrave.
Queimaduras
O que fazer: queimaduras
por líquido quente são frequentes em crianças. O mais indicado, se for
uma queimadura leve, é colocar a parte do corpo queimada debaixo de água
corrente por 15 minutos. Se a queimadura for muito grave e a pessoa não
estiver respirando, é preciso fazer respiração boca a boca. Nesses
casos, chame o SAMU (192) imediatamente.
O que NÃO fazer: ao contrário do que muita gente pensa, não se deve passar pasta de dente ou colocar pó de café.
Intoxicação
O que fazer: o mais indicado é levar a criança para um hospital. Se possível, leve também a embalagem do produto ingerido, para que os médicos possam prescrever os procedimentos mais eficazes.
O que NÃO fazer: uma coisa que muitos fazem
erradamente é dar leite para cortar o efeito. Não é indicado. Da mesma
forma, tentar fazer a criança vomitar também não é recomendável. O
melhor mesmo é levá-la a um médico.
Fratura e torção
O que fazer: o
único jeito de saber se houve ou não fratura, quando ela não é visível,
é fazer uma radiografia. O que se deve fazer inicialmente é colocar
gelo no local, observar o inchaço e verificar se tem hematoma (região
roxa). Se a inchação continuar e tiver muito hematoma, é possível que
tenha havido uma lesão óssea. Além de diminuir o inchaço, o gelo acalma a
dor. Se a dor persistir, procure um hospital.
Queda
O que fazer: se
bateu a cabeça, a criança deve ser examinada por um médico. Os
responsáveis devem ficar atentos a vômitos e ao estado geral da criança.
Se ela estiver entristecida, confusa ou não dormir bem, deve-se levá-la
ao hospital imediatamente.
O que NÃO fazer: não
deixar a criança dormir se ela bater a cabeça é um mito. Isso foi criado
porque pensavam que, nesses casos, ela poderia entrar em coma. Mas uma
pessoa dormindo, com respiração e batimentos cardíacos normais, é
diferente de quem está em processo de perda de consciência.
Corte
O que fazer: o
local deve ser lavado com água e sabão. Depois faça uma compressão com
gaze ou pano limpo, para estancar o sangramento. Se o corte não for
superficial, é melhor procurar um hospital para avaliar a necessidade de
dar pontos. Deixar para suturar depois pode inviabilizar o
procedimento, porque, em poucas horas, o risco de infecção aumenta e a
sutura deixa de ser recomendada.
Afogamento
O que fazer: a
primeira providência é verificar se a criança está respirando. Se não
estiver, deve-se iniciar um procedimento conhecido como Reanimação
Cardiopulmonar (RCP).
Essa
técnica é complexa e o ideal é aprendê-la através de um treinamento
específico. Se ninguém souber e não houver tempo para chamar socorro, a
respiração boca a boca é mais simples. Ventila-se duas vezes dentro da
boca da vítima, mantendo as narinas fechadas.
Transporte de vítima
O que fazer: chamar
a ambulância. Transportar, por conta própria, alguém que sofreu algum
tipo de trauma é perigoso. Em casos de fratura, o transporte deve ser
realizado com o membro fraturado sobre uma superfície plana. Em casos de
suspeita de trauma na coluna, deve-se evitar manipulações e solicitar
remoção por uma ambulância. Só o transporte feito por profissionais
treinados garante a estabilidade da vítima.
Fonte: Você sabia
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