Eles são reais
(Marcos Henrique)
Estava sem sono, já passava das duas da madrugada, a única coisa que ouvia nitidamente era o som do relógio da sala de minha casa, tic,TAC,tic,TAC. No mais, tudo era silêncio total, não um silêncio desconfortável e sim um silêncio tranquilo, pura calmaria.
- Quase três horas da madrugada e eu aqui sem dormir – pensei enquanto cruzava os braços, estava um pouco frio.
Toda a cidade dormia, pelo menos uma boa parte dela. Apenas, deveriam estar acordadas as pessoas que tinham que viver da noite para ganhar a vida, e não me reviro somente a prostitutas, muita gente vara a noite trabalhando para poder sobreviver nessa selva moderna.
- Mas o que é aquilo? – pensei, quando vi aquela luz no céu, não era um clarão normal e se movimentava com tanta destreza – só pode ser um balão meteorológico – pensei, coçando o queixo com a barba por fazer.
Muitas pessoas veem coisas estranhas no céu, mas nunca Henrique, ele era cético com o assunto que beiravam o desconhecido, era uma ateu convicto e um cético respeitado por seus amigos, pois sempre tinha respostas para mistérios que deixava seus amigos desconcertados, mas suas respostas sempre dentro da razão, não davam para contestar.
- Só pode ser um balão ou um avião – pensou em vós alta, ele não poderia acreditar no que estava vendo, logo ele, que nunca acreditou em Deus, ou Papai Noel.
A luz foi ficando cada vez mais clara, cada vez mais perto de sua janela e uma forma arredondada se formou, uma espécie de nave, sem janelas ou turbinas para lhe manter planando. Henrique gostaria de correr, porém alguma coisa o impedia de fazer isso – Salve sua vida seu idiota! – não parava de ecoar esse pensamente em sua cabeça, mas ele não podia fazer nada, nem mesmo piscar os olhos. A única coisa que lhe passava pela cabeça, era como se fazia a saudação vulcana de Spock do filme jornada nas estrelas, talvez isso pudesse salvar sua vida.
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