sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Fragmentos do livro Poemas Suicidas - Diário de Moribundo

...ela entrou naquele bar de ambiente pesado, a visão da simetria, a certeza da existência de Deus e do fracasso do diabo, à maquiagem borrada estava manchando seu belo rosto, era como se ela tivesse chorado; meu Deus! Anjos choram! Sua face esquerda estava avermelhada, dando a entender que ela havia sido esbofeteada, maldito deus, não se bate num anjo! Sua roupa era a única coisa que ela não tinha de puro, seu busto era a visão que todo cirurgião plástico esperava ver um dia, seus seios não eram nem tão grandes, nem tão pequenos, eram rígidos, cabiam nas mãos, me veio uma vontade voraz de senti-los em meus lábios. Sentou-se sozinha numa mesa aonde às luzes das lâmpadas não chegavam com facilidade, estava nas trevas agora, fiquei a lhe admirar, eu não entendia como um anjo daquele havia sido expulso do paraíso, não tinha mais asas, nem pureza, poderia ser tocada por minhas mãos, minhas mãos tão sujas.


- Saia do bar! – falou o dono.
- Eu só vou ficar aqui um pouco, eu não vou demorar – respondeu à moça.
- Eu já disse que não quero gente como você aqui; suma! - falou o dono do bar num tom agressivo.
- Por favor, me deixe aqui só um pouco - implorou a moça.


Eu não poderia deixar aquilo continuar, não era justo; a justiça não é justa...!?

Quer ler mais? Então vá para o blog : http://poemasdecaverna.blogspot.com/



Nenhum comentário: