O aquecimento global poderá provocar a sexta onda de extinção de espécies nos próximos séculos, adverte um estudo que estabelece um vínculo entre o aumento das temperaturas e os desaparecimentos em massa de animais nos últimos 500 milhões de anos.
Cada um dos cinco períodos precedentes de queda brusca na biodiversidade - incluindo o que provocou o desaparecimento de 95% das espécies - corresponde a um período de aquecimento global, destaca o estudo publicado pela revista britânica Proceedings of the Royal Society.
PARIS (AFP) - O aquecimento global poderá provocar a sexta onda de extinção de espécies nos próximos séculos, adverte um estudo que estabelece um vínculo entre o aumento das temperaturas e os desaparecimentos em massa de animais nos últimos 500 milhões de anos.
Cada um dos cinco períodos precedentes de queda brusca na biodiversidade - incluindo o que provocou o desaparecimento de 95% das espécies - corresponde a um período de aquecimento global, destaca o estudo publicado pela revista britânica Proceedings of the Royal Society.
As altas de temperatura previstas para os próximos séculos são comparáveis às registradas nos picos do efeito estufa ocorridos no passado, destaca Peter Mayhew, principal autor do estudo, que prevê que "as extinções vão se multiplicar".
Segundo especialistas do painel da ONU sobre o clima, o aquecimento climático até o final do século será de entre 1,1°C e 6,4°C, em relação às temperaturas das últimas décadas do século XX.
Estudos precedentes permitiram estabelecer um modelo de mudança climática e encontrar as causas de certas extinções em massa, mas a correlação entre ambos ainda não havia sido estabelecida sistematicamente sobre um período muito longo.
O estudo divulgado hoje é baseado nos trabalhos de três cientistas da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, que calcularam a temperatura superficial dos oceanos a partir dos níveis de pH e oxigênio nos fósseis.
Determinaram assim as flutuações - ao longo de dezenas de milhões de anos - entre períodos "com efeito estufa" e períodos "glaciais".
Ao contrário do que poderia sugerir a abundância atual de fauna e flora nas regiões úmidas, a biodiversidade era maior durante os períodos frios.
O estudo não se concentra nas razões do aquecimento global - como a explosão de um vulcão gigante, impacto de um asteróide, ciclo natural ou atividade humana -, apenas em suas conseqüências.
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